quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Redes sociais e preconceito


Drª Andrea Ramal
A onda de comentários ofensivos contra os nordestinos que se alastrou nas redes sociais logo após o resultado das eleições revela que o país não está dividido somente pela opção política, mas também por um preconceito latente, pronto para explodir diante da primeira oportunidade.
O que surpreende é que as redes sociais, embora sejam frequentadas por pessoas de todas as idades, são o espaço privilegiado dos jovens. Como então sonhar com mudanças, se uma parte importante da juventude, em vez de ousar e ir contra a corrente, apresenta a mais conservadora e grosseira das atitudes?
De onde vem tal preconceito, a estas alturas? Os caminhos que explicam são muitos e um deles passa pela educação recebida, tanto em casa como na escola.
Muitas vezes, até sem perceber, os pais podem ensinar atitudes preconceituosas às crianças menores. Quando, por exemplo, se referem a alguém pejorativamente como “aquele paraíba”, “o cabeça chata”, “o ceará”. Somados a outros adjetivos e comparações que a família possa empregar no cotidiano (“todo baiano é preguiçoso”, “o ebola só podia vir da África”, “só não gosto de argentinos”) e pronto, está fértil o terreno para criar uma cabecinha preconceituosa e xenófoba, presa aos estereótipos do século passado.
Mais tarde, na escola, o estudante pode acabar reforçando visões discriminatórias, como por exemplo com as mensagens (mesmo implícitas) dos livros didáticos. Neles, o Nordeste é quase sempre retratado como lugar pobre e de privações, onde se sofre pela seca. Pouca diferença se faz entre um estado e outro, como se o Nordeste fosse um amálgama sem identidades, definido só pelos mapas. O nordestino é descrito, até nas ilustrações, como migrante e retirante.
Em muitos livros didáticos vi uma imagem similar: o personagem maltrapilho desenhado sob um sol escaldante, a terra cheia de sulcos e aridez, ele com uma trouxinha, acompanhado de uma mulher grávida com outra criança no colo, e uma legenda explicando que “nordestinos partem em busca de melhor destino”.

Um certo livro escolar dá como título ao capítulo que fala do Nordeste “Penando na terra”, com imagens de seca e sertão. Enquanto isso, ao apresentar o Sudeste, o capítulo seguinte traz fotos de cenas urbanas, contextos industriais e desenvolvimento.
Esse discurso reforça uma suposta condição de inferioridade daquele que nasce numa “região-problema”, “afligida” por um fenômeno climático. Sugere passividade das populações e vitimização irremediável.
Nas festas juninas, que são das poucas ocasiões em que a cultura nordestina é trazida para o interior das escolas das demais regiões, as crianças são fantasiadas de um modo que ridiculariza o homem do campo. O “caipira” é caracterizado com a roupa remendada, sem combinar as cores, e lhe faltam dentes, ou dança com as pernas tortas. É a cultura urbana debochando da cultura rural.
Pouco se fala, no currículo escolar, da riqueza e da heterogeneidade da cultura nordestina, com sua música, danças, culinária, arte, manifestações religiosas, as belas festas populares, os grandes nomes da literatura, da política, da dramaturgia, da indústria, da educação, e da tantas outras esferas.
Qual seria o motivo de tanta agressividade nos comentários registrados contra os nordestinos? Talvez – é apenas uma hipótese – o fato de que nesta eleição, os “pequenos” e condenados ao esquecimento hajam tido um papel protagonista, o que colocou em xeque uma noção de hierarquia regional cristalizada por longas gerações.

Cabe a nós, pais e educadores, criar oportunidades para educar numa lógica diferente. Afastar os velhos paradigmas que rotulam regiões e seus habitantes. Estimular um modelo mental que combine mais com o mundo de hoje, das redes e interconexões, em que as pessoas precisam trabalhar em grupos multidisciplinares, aprender com as diferenças e interagir o tempo todo com empatia e respeito.

(*) Andrea Ramal é colunista do G1 e doutora em Educação pela PUC-RJ


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Poucas e boas...

Repudiando o ódio

É para repudiar qualquer manifestação de ódio advinda dos muitos idiotas que fazem uso das redes sociais para destilarem seu veneno contra os eleitores que votaram na presidenta eleita Dilma Rousseff, sobretudo os nordestinos, como se fossem estes os grandes responsáveis pela vitória da petista.
Logo após a vitória da presidenta Dilma as redes sociais foram invadidas com o desabafo de muitos eleitores de Aécio, execrando e escarrando sobre os nordestinos por terem sido estes, no entendimentos de tais idiotas, os responsáveis pela vitória de Dilma Rousseff. Esquecem estes neofacistas que vivemos em um único país e que a presidenta reeleita teve votos de todas as regiões do território nacional. É bem verdade que a grande maioria do povo pobre deste país, beneficiada com os programas sociais do governo, votaram em Dilma. Mas e daí? Na verdade estes eleitores votaram no candidato do governo, fosse ele Aécio, ou Dilma, ou Dilma, ou Lula, ou eu.
Quem assim pensa ou compartilha de tal pensamento se esquece de que este discurso xenofóbico só traz cisão ao país e ao povo brasileiro. Certamente não sabem que o “nordestino’ é antes de tudo um forte, um bravo, e que reconhece que apesar dos desmandos lá de cima, viu sua vida melhorar aqui em baixo.
Há que se respeitar a vontade da maioria. É assim a primeira lição da democracia.


Demissão no governo estadual

A governadora Roseana Sarney está fazendo uma verdadeira degola nos muitos “comissionados” do governo. Muitos destes nomeados por ocasião das eleições, tinham cargos de “assessores sênior”, com lotação na folha do gabinete da governadoria, bem como na Casa Civil. Ao que se sabe e é dito por muitos órgãos da imprensa estadual, estes assessores nunca puseram o pé, nos seus locais de trabalho, aliás, nem sabiam onde ficavam.
Nos blogs de Raimundo Garrone  e Marrapá (http://marrapa.com/roseana-exonera-mais-92-celebridades-da-casa-civil/), você tem a lista dos mais recentes demitidos. Além desta, outras também são esperadas nos demais órgãos do governo do estado. É esperar pra conferir...


Anacleto Araújo

Anacleto Araújo
O conterrâneo e amigo, radialista Anacleto Araújo, está internado no hospital do servidor do estado. O estado de saúde de Anacleto, que é irmão do jornalista Jersan Araújo, inspira cuidados. O radialista que é diabético e possui dois “stents” nas veias coronárias, foi acometido de dois infartos.
Informações dos familiares dão conta de que Anacleto está em coma induzido, mas que apresenta uma ligeira melhora.
Pedimos a Deus pela recuperação do nosso amigo e conterrâneo, Anacleto Araújo.


Faltando merenda escolar...

imagem ilustrativa
O ex-vereador Chico de Lindoca, esposa da então vereadora Cristina Figueiredo, anda “tiririca” com os responsáveis pela merenda escolar no município. É que, segundo o vereador, nunca mais teve merenda na região dos campos, onde o vereador tem um significativo trabalho político. A reclamação é constante dos alunos e pais de alunos de Beira da Baixa, Ervanço, Pirapendiba, Tesozinho  e Coroatá, e confirmada pelo supervisor da área Raimundinho Cutrim.
A vereadora Cristina solicita o imediato envio da merenda escolar para os alunos de todas as escolas do campo. 
O Blog estende esta solicitação a todas as escolas municipais onde quer que elas estejam, caso esteja em falta.




Belágua e Miami

Por Dr.Rosinha
Congresso em Foco



Dr. Rosinha
Até domingo à noite, dia 26, não tinha ouvido falar em Belágua. Melhor dizer, nunca tinha ouvido falar esta palavra e tampouco sei o significado dela. Fui procurar nos dicionários (Aurélio e Houaiss) e não encontrei. Belágua é o nome de um município no estado do Maranhão.

Agora, Miami, já ouço falar há muitos anos. Só não ouvi falar essa palavra ainda no útero de minha mãe porque em 1950, no interior do município de Rolândia, essa palavra dificilmente devia ser dita.

Conferindo no site do Uol o resultado da eleição para presidente, encontro a seguinte manchete: “Dilma tem vitória mais folgada em Belágua (MA); a de Aécio é em Miami”. A manchete me chamou a atenção pela conjuntura que vivemos e pela simbologia. Ela é o símbolo da eleição que acabamos de disputar.

Dilma Roussef venceu em Belágua. Ela fez 93,93% dos votos válidos do município, contra 6,07% do tucano. Já Aécio venceu em Miami (EUA), onde fez 91,79% dos votos válidos contra 8,21% de Dilma.

Belágua, segundo o IBGE, tem uma das piores rendas per capita do Brasil, mas quem lá vive sabe que no passado recente, período em que o PSDB governou o país, a situação era pior e não havia a mínima perspectiva de vida melhor. Não havia oportunidades.

Miami é um tipo de paraíso para os ricos (alguns deles corruptos, como Ricardo Teixeira, amigo da Globo e ex-mandatário da CBF) do Brasil que lá vão morar ou passar algum período do ano. Também é o paraíso dos turistas consumistas. Aqueles que reclamam que o Brasil não está bom, mas sempre tem dinheiro sobrando para dar um pulinho em Miami, fazer algumas compras.

Foram esses dois Brasis que se “digladiaram” nestas eleições. De um lado, (Dilma) Belágua, do outro (Aécio) Miami. De um lado (Dilma) o Brasil do crescimento com distribuição de renda e inclusão social; e, do outro lado, (Aécio) o Brasil da especulação financeira, do preconceito, da irresponsabilidade e da exclusão. De um lado, a construção de um Brasil soberano. De outro o Brasil de joelhos aos EUA.

A maioria do povo brasileiro foi sábia: disse não aos Estados Unidos (Miami) e ficou com o Brasil. O Brasil do baixo desemprego, da inflação controlada, da distribuição de renda, da inclusão social. Com o Brasil que acabou com a fome endêmica.

A maioria derrotou a elite (que, infelizmente, fez a cabeça de parte importante da população), que procurou vilipendiar nosso país para entregá-lo aos (EUA) financistas.

A maioria derrotou a mentira, o ódio, a intolerância e o preconceito. Derrotou a maioria dos meios de comunicação, principalmente a revista Veja, os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. Derrotou as TVs, principalmente a Globo, o SBT e a Band.  Derrotou a hipocrisia e a canalhice que circulou na internet. Ou não é canalhice divulgar no dia da eleição que Youssef tinha morrido envenenado, sugerindo que nós, do PT, o teríamos envenenado?

Tenho uma teoria: canalha sempre acompanha canalha.

Passada a eleição, faço um pedido àqueles que se deixaram levar pela elite: abram os olhos, tirem o ódio que foi incutido no seu coração e parem para pensar.

Comecem pensando em como eram a sua vida e a vida de sua família em 2002 e como é neste final de 2014. Verão que o Brasil mudou para melhor e a vida de sua família também. Comparem a inflação do mesmo período: o Brasil fechará o ano com a inflação controlada. Será o décimo ano consecutivo com a inflação dentro da meta estabelecida. Continuará a política de distribuição de renda e geração de empregos.

A vitória da Dilma significa que você e o Brasil de Belágua continuarão sonhando e com a esperança viva de conquistas e vida digna. A vitória de Dilma também pode significar que um maior número de brasileiros poderá se mudar para Miami, como alguns moradores do Leblon, bairro do Rio de Janeiro, com o metro quadrado mais caro do Brasil.

Segundo a Folha de S. Paulo de domingo, o artista plástico Zeca Albuquerque, morador do Leblon, declarou que se a Dilma ganhasse, ele iria morar em Miami.


Zeca, leve junto o Lobão, e boa viagem.


(*) Dr. Rosinha é deputado federal pelo PT, do Paraná.

domingo, 26 de outubro de 2014

Uma boa reflexão...

À guisa de sustentar o seu pensamento acerca do momento político por que passa o país, e notadamente como particular colaboração a este Blog, publico com satisfação o texto do amigo e conterrâneo João Batista Campos, emérito executivo do Banco Safra, ora atuando em Fortaleza, no estado do Ceará.

Brasil, privatizações e macroeconomia.

(*) Por João Batista Campos

1- Privatização
-        Precisamos extirpar esse mito criado pelo PT, como se fosse algo ruim. As melhores economias do mundo, Estados Unidos e Alemanha, possuem todos os            os setores privatizados com exceção de: Saúde, Educação, Segurança e Transporte.
-        Importantes e estratégicos setores da economia brasileira foram privatizados a exemplo de Siderurgia, Energia e Financeiro, quando podemos citar como exemplos: Vale, CSN, Bancos e Companhias Energéticas Estaduais. No Maranhão especificamente Cemar e BEM, que eram comandados pela família Sarney, deixaram o banco quebrado cheio de escândalos e a Companhia Energética sem valor nenhum e tecnicamente foi vendida por R$1,00.
-        Hoje a Vale, é uma das maiores mineradoras do mundo, gerando muito mais empregos atualmente 119.000, impostos aos brasileiros e cotada na bolsa de valores por R$156,6 bilhões. CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), estava quebrada, passou a dar lucro no primeiro ano de privatização, hoje cotada na bolsa R$14,4 bilhões e gera 19.000 empregos. Imagine se estas empresas estivessem sob o controle do PT, a exemplo de Petrobras, Correios e Banco do Brasil, estas três últimas envolvidas em escândalos e máfias com verdadeiras quadrilhas infiltradas nos comandos.
-        Todas as petrolíferas do mundo são privatizadas e como agravante a Petrobras é atualmente a mais endividada do setor. Hoje somos autossuficientes na produção de petróleo e incompetentes em refinarias, não temos o bastante para transformar petróleo em gasolina.  Chegamos ao absurdo de exportar petróleo e importar gasolina e para mascarar a inflação a Petrobras vende gasolina mais barato que importa, consequentemente se autodestruindo. Repito, a Petrobras vende gasolina por um valor menor do que compra. Como se não bastasse, somos o único país que adiciona álcool na gasolina na proporção de 25%, o que elevaria o preço real na bomba para R$3,30. Pagamos R$2,80 no litro de gasolina que nesse litro 25% é álcool, o preço real chega a R$3,30, uma vez que o álcool é mais barato.

2- Macroeconomia
-        PIB (Produto Interno Bruto). Brasil anda de lado e não cresce. O ministro da fazenda (Guido Mantega), que serve de chacota em rodas de conversas, anunciou mais uma vez que o crescimento deste ano ficaria em  2,5%. Os mercados, bancos e até o Banco Central já refizeram as previsões e numa visão otimista talvez cresceremos 0,4%. PIB de lado ou com tendência de redução, é uma condição muito próximo da famigerada recessão.

-        Taxa de juros e Inflação. Oficialmente vivemos num regime chamado de meta de inflação, que na prática significa controlar a inflação com a taxa básica de juros, atualmente em 11% ao ano, taxa esta que é anunciada todos os meses pelo COPOM (Comitê de política monetária), formado por componentes do Banco Central e Ministério da fazenda.
-         O governo na sua incompetência fica entre a cruz e a espada, ou seja: Para aumentar o PIB, precisa reduzir a taxa de juros e assim gerar mais negócios, só que reduzindo os juros gera inflação que oficialmente está próxima de 7% ao ano e na prática muito maior. Temos uma das maiores taxas reais de juros do mundo (Taxa real é quando descontamos a inflação dos juros praticados).
-        A inflação de 1993 que FHC recebeu era de 2.477% ao ano e entregou em 2002 com 12,53% ao ano e na média de 1994 a 2002 foi 9,24% ao ano. Portanto, FHC herdou um país detonado e criou um plano vencedor (Real), que até hoje é moderno e adequado ao País.  O PT como diz Aécio Neves, surfou na onda do real e agora não tem competência para as atuais demandas administrativas que precisamos. Por oportuno, o PT votou contra o PLANO REAL e todas as demais reformas que o PSDB fez ou tentou fazer no Brasil.


-        Reserva Cambial. Quanto maior melhor, a nossa atualmente US$380 bilhões de dólares.    A primeira melhor forma de gerar reserva cambial é com exportação superior a importação.  Em 2014 fruto de nossas industrias que estão sucateadas fechamos setembro negativo em US$690 milhões de dólares e estamos acumulando no ano R$3,7 bilhões de dólares negativos e vamos fechar negativo, algo que não acontecia há muitos anos. A segunda melhor forma, fruto de investimentos externos. Exemplo: Uma determinada industria estrangeira abrindo uma unidade no Brasil, algo que diminuiu muito ou inexiste no momento, uma vez que o país está desacreditado, tanto que bastou Aécio Neves ir para o segundo turno, o mercado entendeu como possibilidade de uma nova gestão, o dólar caiu e a Petrobras se valorizou na bolsa.
-         
-        Dívida Interna. O governo FHC, deixou a dívida interna próximo a R$640 bilhões de reais e atualmente beira R$2 trilhões de reais. Fruto de governos que necessitam de recursos, sobretudo na esfera federal, para cobrir os gaps/falta de caixa ou seja, gasta mais que arrecada. Na prática, os poupadores pessoas físicas e jurídicas aplicam dinheiro em bancos aplicações estas lastreados em títulos da dívida pública. A dívida interna tem como parâmetro de correção a taxa básica. Portanto, quando o COPOM aumenta a taxa básica para combater a inflação, consequentemente acelera a dívida interna.

-        Dívida Externa. O PT informa aos brasileiros que a dívida externa está paga, o que não é verdade. Atualmente a dívida se aproxima de US$340 bilhões de dólares e mensalmente só pagamos os juros. No Jornal Nacional, escutamos sempre a informação do superavit primário, que é o resultado da arrecadação menos as despesas, antes do pagamento dos juros da dívida externa. Hoje temos uma reserva cambial superior a dívida externa, mas jamais poderíamos usá-la para quitar, uma vez que deixaríamos o país sem reserva cambial e vulnerável a qualquer problema de economia no mundo, algo que nos atingiria e não teríamos como nos financiar.

-        Taxa de Câmbio (Valor do dólar). Lembre-se que já falei que as exportações são muito importantes e geram a melhor reserva cambial. Quanto maior o dólar melhor para os exportadores e para nação esta condição só é importante quando exportamos mais que importamos, o que não acontece agora. Portanto, o dólar alto como está no momento próximo a R$2,40 e uma vez que estamos importando mais que exportando, os preços nas prateleiras dos supermercados se elevam e perdemos reserva cambial. Vale salientar também que somos exportadores de commodities e isso no nosso ponto de vista é péssimo uma vez que importamos de volta na condição de produtos acabados. Exemplo de commodities (Minério de ferro, Soja, Milho, Café) etc. Quanto a minério de ferro, exportamos a tonelada em média a US$80 dólares e importamos bens fabricados com o próprio minério que exportamos, numa relação perversa uma vez que vendemos commodities baratas e importamos produtos acabados caros devido ao dólar alto. O ideal, construir industrias locais com capacidade de atender as nossas demandas e exportar somente as sobras das commodities.

-        Sistema Financeiro. Uma nação pra ser forte necessita de um sistema financeiro forte e temos hoje um sistema literalmente forte com excelentes instituições bancárias e com o maior banco da América Latina (Itaú). Quando FHC assumiu em 1994 era literalmente o contrário, com bancos quebrando (Nacional, Econômico, Bamerindus) etc. Sabiamente não deixou o sistema desmoronar e deixar os brasileiros sem suas reservas, mesma atitude dos Estados Unidos, quando o governo de OBAMA, financiou o CitiBank na crise do subprime em 2008. Os bancos brasileiros não sofreram com o subprime não por excelência e sim por não necessitar desses títulos americanos que apesar da excelente rentabilidade para o resto do mundo, era pouco para os bancos brasileiros que já navegam em rentabilidades de títulos brasileiros com retornos bem maiores. Obs.: Os banqueiros brasileiros ganharam muito mais dinheiro na era do PT. 


Observem que as práticas do governo FHC, que eram literalmente criticadas pelo PT, são as mesmas praticadas no governo Dilma, exemplos:
-        a) Quando a inflação cresce, eleva-se a taxa de juros. (Regime de meta de inflação).
-        b) Dólar sobe muito, Banco Central vende Dólar.
-        c) Dólar cai muito, Banco Central compra Dólar.


(*) João Batista Campos é natural de São João Batista. Bancário por profissão, é atualmente um dos grandes executivos do Banco Safra, agência do Nordeste, com sede em Fortaleza, Ceará.

 



   

As eleições no segundo turno

Texto originalmente produzido para a Coluna do Jersan, publicado na edição de hoje do Jornal Pequeno)

Chegou a hora. Acontece hoje a eleição que vai escolher o nosso novo presidente da República. Ou fica com Dilma Rousseff para um mandato de mais quatro anos, garantindo assim a força petista, ou fica com o PSDB, de Aécio Neves, neto de Tancredo Neves, que depois das derrotas de José Serra e Geraldo Alckim, se firma como uma nova força política da oposição. De fato é uma eleição como há muito não se via. O PSDB tem reais chances de voltar ao poder, e o PT estremece na base ao ver que pode perder o poder. A campanha, sobretudo neste segundo turno, foi marcada principalmente pela manifestação dos eleitores através das redes sociais. Foi significativa a guerra de vídeos que buscavam mostrar as razões pelas quais devia se votar, ou não votar, neste ou naquele candidato. A campanha deliberadamente assumida pelas celebridades do mundo artístico, bem como do esporte, também foi fundamental para quem a recebeu. Neste particular, o candidato Aécio levou vantagem, pois recebeu a manifestação de figuras extremamente populares e consagradas como Zezé de Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Eduardo Costa, Zico, Lima Duarte, Fafá de Belém, e muitos outros. O time pró-Dilma pareceu em menor número, além de Chico Buarque, Zeca Baleiro, Caetano Veloso, Alcione, Chico Diaz, inclusive o ator americano Danny Glover, que manifestou preferência de voto pela presidenta. No entanto o maior cabo eleitoral ainda foi o ex-presidente Lula que engrenou uma marcha de força agora no segundo turno à campanha da candidata petista.
Campanha realizada, promessas feitas, agora é esperar o resultado das urnas. Que esta possa ser para o eleito ou reeleito, uma eleição de muitas lições, principalmente a de que o povo brasileiro merece mais respeito.

O segundo turno aqui no Maranhão
Foi um desinteresse só a campanha eleitoral para presidente neste segundo turno aqui no Maranhão. Não teve bandeiraço, não teve carreata, comício nem pensar. Até parecia que aqui não haveria mais eleição. Nenhum dos lados quis onerar-se com campanha eleitoral. Nem quem ganhou, nem quem perdeu. Quando muito aproveitaram a vinda de algumas engravatados e fizeram uma leve caminhada ou uma breve reunião. Isto aconteceu com o prefeito Edivaldo Holanda que se diz eleitor da presidenta Dilma e fez caminhada com o senador cearense do PCdoB Inácio Arruda e com o ministro de Relações Institucionais Ricardo Berzoini.
Quem também fez a coruja de estar empenhada na reeleição da presidenta Dilma, foi a quase ex-governadora Roseana Sarney. Esta fez uma reunião-almoço com uma meia dúzia de prefeitos, alguns deputados reeleitos e outros derrotados para pedir empenho dos mesmos para a reeleição da presidenta. Dizem que a governador ouviu poucas e boas. Depois de encherem as panças, saíram todos como chegaram, ou seja, sem nenhum interesse pela eleição.
A propósito este segundo turno aqui no Maranhão pode ter a maior abstenção do país, uma vez que não há interesse de ninguém a custear uma passagem sequer para o eleitor se deslocar para o interior e votar.
Se quem ganhou não demostrou empenho, avalie quem perdeu...

Correndo contra o tempo
A governadora Roseana Sarney corre contra o tempo que lhe resta para entregar algumas das obras do seu governo que ainda não estão concluídas, como a Avenida Quatocentenário (antes Avenida Beira Rio, na época do ex-governador Jackson Lago) e a Via Expressa. Depois dos serviços de conclusão destas obras andarem a passos de cágado, a ordem agora é botar pra concluir, pois a governadora quer entrega-las até o final de novembro. Será de grande importância para a cidade a entrega destas obras, que sem dúvida permitirão uma maior e melhor mobilidade à população ludovicense. 
Obras como estas são por demais necessárias em nossa capital. A governadora Roseana Sarney, pelo tempo que esteve no comando do governo, cerca de 14 anos, em quatro mandatos alternados, apesar de ter feito grandes obras na capital, como avenidas, viadutos, entre outras, bem que poderia ter feito mais. De qualquer maneira a história haverá de julgar os nossos governantes, e Roseana como todos os outros não passará incólume.

Um caso hilário
Adicionar legenda
Num assalto frustrado a Agência dos Correios de Miranda do Norte uma cena foi por demais hilária. Os ladrões após ficarem presos na agência com reféns, jogaram maços de dinheiro para o lado de fora que se espalhou com o vento. As cédulas ficaram ali intactas, enquanto os policiais faziam o cerco aos meliantes. Mas quando os ladrões se entregaram e a situação ficou resolvida, a população que se mantinha afastada, caiu em tremenda algazarra juntando o dinheiro. Alguns policiais também juntavam as cédulas, e, disseram alguns presente, que cantavam aquela velha música de Luiz Gonzaga: “...uma pra mim, uma pra tu, uma pra mim, outra pra mim...”
Quanto foi recuperado do dinheiro ninguém soube ao certo, mas muitos acharam louvável a atitude dos assaltantes de meia-tigela, que deram uma de Robin Hood em solo mirandense.

Expectativa a vista
É de expectativa a indicação dos secretários do governo de Flávio Dino. Toda semana, o governador eleito indica um nome pela rede social facebook. A expectativa maior está para os cargos de secretários de Educação, Saúde e Fazenda. A bolsa de apostas está aberta. Espera-se que em particular o Secretário de Educação seja alguém que realmente seja professor e entenda de educação.





sexta-feira, 24 de outubro de 2014

AMARILDO TRABALHANDO: ruas ganham asfalto...

A Prefeitura Municipal de São João Batista iniciou hoje, 24 de outubro, a colocação da última camada de asfalto nas ruas da cidade e trechos de povoados. Serão mais de 4 quilômetros de asfaltos nas ruas da cidade que nunca receberam nenhum atenção do Governo Municipal, numa parceria firmada entre o Governo Municipal e o Governo do Estado, num convênio assinado no meio deste ano.
Uma empresa responsável começou hoje a colocar a última camada asfáltica e a obra começou no povoado Guaribal. Outras ruas receberão asfaltos até o próximo mês, completando assim as mais de 10 ruas da cidade de São João Batista, que receberão asfalto. Em conversa com o Portal Folha de SJB, o prefeito falou sobre a obra.
Ao comemorar a colocação da última camada, Amarildo Pinheiro disse que está é uma mais uma certeza que ele está bem intencionado e que o povo ainda acredita em sua administração. “Com certeza é um sonho que está virando realidade. Estamos fazendo em apenas dois anos de mandato, o que os outros gestores não fizeram em mais de 50 anos de mandato”, frisou o gestor.
Além disso, estão sendo recuperadas diversas estradas vicinais, que estão, também, em fase de conclusão. “Além de darmos atenção especial à infraestrutura do município, estamos implantando um verdadeiro canteiro de obras. Soma-se a isso a construção de duas UBS, dois ginásios poliesportivos, creches, escolas, CRAS, academia de saúde, praças e tantas outras obras de menores portes para entregarmos à nossa população”, disse.
Folha de SJB


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Os espinhos de uma administração pública...

A  literatura administrativa evidencia que as instituições e organizações públicas no Brasil, dispersas nos três níveis de governo: União, Estados e municípios, interagem de forma precária entre si. O Estado brasileiro possui uma administração pública ampla e complexa, cuja ação governamental é implementada por meio de um elevado conjunto de órgãos, o que tende a dificultar a execução de planos, programas e projetos, mesmo quando existe disponibilidade de recursos financeiros para implantá-los, é o que a firma o pós-Doutor José Matias Pereira, professor da Universidade de Brasília. Doravante, as dificuldades se tornam imensas, sobretudo ao gestores municipais, quando, dependentes única e exclusivamente de transferências constitucionais, arcam com muitas despesas, na maioria das vezes lhes imputadas por outros agentes.

É assim que têm vivido o prefeito Amarildo Pinheiro e a maioria dos prefeitos do Maranhão em suas administrações. Todos ou quase todos vivem dias difíceis em suas administrações. Entretanto, apesar de todas as dificuldades, sobretudo a de repasses constitucionais, o município de São João Batista por meio de convênios junto aos governos estadual e federal tem realizado um número considerável de obras, muitas já em fase de conclusão. Isto é preciso ser dito!

Os espinhos maiores ficam por conta de poder honrar o pagamento dos muitos servidores contratados os prestadores de serviços, com uma arrecadação cada vez mais insuficiente. Esta demanda, diga-se de passagem, atendeu num primeiro momento aos compromissos de toda uma classe política, que há décadas vem se valendo de “tais” arranjos. Isto também é preciso ser dito!

Assim, constata-se que a Prefeitura Municipal tem enormes dificuldades para tornar efetivas as suas ações. Isso reflete na baixa capacidade de resposta da administração pública no atendimento das demandas da população. Realizar essas ações governamentais, entretanto, não é uma tarefa fácil. Fazer cortes e reduzir despesas públicas, não se concretizam apenas pela manifestação da vontade do governante. É preciso ter o entendimento dos demais membros da administração (Secretários) e sobretudo da classe política. E desse entendimento, nos parece, devem partilhar o poder judiciário e o ministério público.

Com vistas ao enxugamento da folha de pagamento já é compreensão de alguns, ainda que poucos, que o empreguismo não traz nenhum benefício à administração pública. Foi assim em todos os mandatos anteriormente cumpridos por todos os ex-prefeitos. O concurso público, na medida de vagas que cabe a demanda dos serviços públicos, deve ser o norte de qualquer administração. Convicto desse propósito, o Prefeito Amarildo já firmou contrato com a Fundação Sousândrade para a realização do concurso público, com publicação de edital prevista ainda para o mês de novembro, atendendo assim, termo de compromisso firmado com o Ministério Público.

Um Plano de cargos e salários, respeitando os limites impostos pela LRF, deve também ser imediatamente implementado, afim de que se promova a isonomia e se faça justiça. Investir na formação do servidor público, afim de que este tenha responsabilidade com suas funções públicas, também nos parece ser bastante oportuno. Enfim, devem ser estas as decisões a serem tomadas pela administração pública.

A propósito do que alegou a representante do MP, em ação que pede o afastamento do Prefeito Amarildo, ao que parece, mesmo no cumprimento de seus deveres, aliás, também cabível em outras demandas municipais, não levou em conta nenhuma dificuldade vivida pela atual administração. Entretanto, afora as manifestações daqueles que torcem “para o quanto pior, melhor”, a Promotora de Justiça cumpre seu papel, e o prefeito Amarildo, apesar dos espinhos, também busca cumprir o dele: o de bem administrar o seu município.


domingo, 5 de outubro de 2014

Veja os Deputados Estaduais eleitos no Maranhão










Veja os resultados dos 10 mais votados em São João Batista

Para Deputado Estadual

Glaubert Cutrim  -  1.784 votos
Edson Araujo  -  1573 votos
Raimundo Cutrim   -  1277
Graça Paz   -  941 votos
Fernando Furtado  -  938 votos
Jota Pinto   -   798 votos
Edivaldo Holanda -  655 votos
Toca Serra  -  506 votos
Stênio Rezende   -  319 votos
Marcos Caldas  -  231 votos


Para Deputado Federal

Waldir Maranhão  -  2.393 votos
Julião Amim -  1.930 votos
Víctor Mendes   -   1.510 votos
Trinchão -  797 votos
Pereirinha  -  518 votos
Hildo Rocha  -  415 votos
Juscelino Filho   -  392 votos
Dalton Arruda   -  373 votos
Zé Reinaldo   -   356 votos
Eliziane Gama   -  253 votos

Em próximos post tentaremos relacionar os mentores destas votações.


Amarildo é o grande vencedor nas eleições em São João Batista

O prefeito Amarildo Pinheiro é o grande vencedor das eleições em São João Batista. Isto porque seus candidatos a Deputado Estadual e Federal foram os primeiros colocados entre muitos candidatos, inclusive apoiados por alguns vereadores de sua base de apoio e secretários municipais.

Mesmo apesar dos percalços e dificuldades enfrentadas ao longo de sua administração e sobretudo em sua própria base de apoio, o Prefeito deu prova de força eleitoral, principalmente se forem agregadas as votações de vereadores e secretários de sua administração que resolveram diversificar dos candidatos do Prefeito Amarildo.

A grande disputa se observava entre os candidatos apoiados por Amarildo e os candidatos apoiados pelos seus opositores, no caso os três ex-prefeitos Dr. Zequinha e Surama Soares e Eduardo Dominice que juntos apoiavam o Deputado Raimundo Cutrim, que diga-se de passagem é filho da terra. Pra Deputado federal o casal Soares apoiou o Deputado Federal Victor Mendes enquanto Eduardo apoiou Claudio Trinchão, que também fora apoiado pelo vereador Mecinho.


O prefeito apoiou Glaubert Cutrim e Waldir Maranhão.

Carta ao futuro governador

Faço minhas as angústias de muitos maranhenses.

Já é hora de o nosso Estado ter o reconhecimento que merece, como uma terra de povo inteligente. Temos um povo que trabalha e se orgulha de ter nascido nesta terra. Temos terras férteis, muitos rios, muitas praias. Um litoral muito extenso. O que nos tem faltado nestes tempos são governantes que tenham a coragem de um desbravador. Que possa governar este Estado com os olhos voltados para a coletividade que se espalha por este imenso território. O povo, por sua vez, anda sequioso de bons governantes. Alguém que verdadeiramente exale o cheiro do povo. Que faça valer a pena a escolha, o voto. Que não gere nem desconfiança, nem arrependimento, pelo contrário, que gere orgulho.

Queremos sobretudo um governo forte. Que eleve o nome do Estado no cenário nacional. Que possamos sair dos últimos lugares de tudo: da péssima condição de saúde, da péssima qualidade da educação, da frágil estrutura das cidades e das nossas estradas, do saneamento básico inexistente, da segurança pública caótica e da falta de emprego, entre outras mazelas que nos acometem.

O povo maranhense quer um governante que passe confiança e orgulho à sua gente. Que possa tirar o Estado da condição de Estado pobre, valendo-se das riquezas naturais espalhadas de norte a sul de suas terras. Queremos um governante que trabalhe em parceria com os municípios, tirando-os verdadeiramente do isolamento e do estado de mendicância. Queremos um governador que possa transformar a nossa capital (São Luís) numa cidade moderna, com obras estruturantes, e que potencialize sua vocação de cidade turística, respeitando e conservando as belezas históricas.

Espera-se que o futuro governador deste Estado deva ser alguém que verdadeiramente priorize a educação em todos os níveis. Que não deixe uma sala de aula sequer sem o professor, e que este seja respeitado em seus direitos, sobretudo em seus proventos. Que as escolas possam ser dotadas de estruturas que venham garantir a permanência do aluno. Para tanto espera-se que possam haver concursos para professores, supervisores escolares, bibliotecários, secretários escolares e pessoal administrativo.

Espera-se também que acima de qualquer vaidade, o futuro governador tenha vontade política de realizar sempre mais pelo Estado, sem retaliação a qualquer grupo ou segmento político. O futuro governador tem que ser depois de eleito, governador de todos os maranhenses, e assim se orgulhar de ter sido escolhido pelos seus compatriotas, e não governador de um partido, de um grupo ou de seus partidários.

O respeito ao cidadão que paga seus impostos também deve ser a marca daquele que deverá ser o futuro governador do Maranhão. Todas as nossas deficiências devem ser sanadas... É preciso que o povo maranhense volte a viver dias de tranquilidade e confiança. Para tanto urge que o novo governador seja enérgico no cumprimento das leis; que não permita nem corrupto nem corruptores no seu governo. Os que transgridem devem sentir a mão pesada da justiça. A ordem e a moral devem ser marcas de um bom governo.

Assim, espera-se que aquele que seja o novo governador, possa fazer muito pelo nosso Estado.

Esta é a verdadeira mudança que queremos!


                                                                       

No apagar das luzes...

Estamos assistindo a um espetáculo deprimente na política maranhense. Não bastasse a campanha que não manifestou nenhum entusiasmo no eleitor, com candidatos sem proposta, com os mesmos e velhos discursos surrados, alguns inclusive carregam consigo o discurso dos tempos de faculdade; não bastasse o chato horário eleitoral apresentando candidatos de aparência bizarra, corruptos se mostrando honestos e candidatos tomando para si, as conquistas de lutas classistas, vê-se agora no fim da campanha cenas de “trairagem” – como se diz na política, recheadas de denúncias de locupletação e uso do cargo público para eleger seus candidatos. E o que é pior. Desonestos pulando de lado e sendo recebidos do outro lado, como exemplos de ética e moralidade pública. Pobre Maranhão!

Não era de se estranhar que fatos desta natureza pudesse acontecer. Estamos verdadeiramente vivendo um processo de transformação, onde homens e instituições se desintegram pela ambição do poder. Políticos que usam e abusam do poder que tem, e que cujos olhos só veem seu próprio umbigo.

No afã de permanecerem sob o manto do poder, alguns políticos (deputados, prefeitos, vereadores e até alguns togados) se desonram, encharcando-se no lamaçal da injúria, da falsidade e da falta de ética.

Como confiar o voto a pessoas de tal estirpe? É..., a política mudou muito. Já não se faz políticos como antigamente. Os últimos acontecimentos envolvendo o Presidente do Tribunal de Contas do Estado é um exemplo de como a política maranhense anda podre. A bem da ética e da moral espera-se que posturas e decisões sejam tomadas no propósito de esclarecer mais esta vergonha nacional.

É por estas e outras que o povo não acredita mais na classe política.

sábado, 4 de outubro de 2014

Os políticos e seus apoios

Hoje nos tempos modernos ingratidão e política costumam andar lado a lado. Os últimos acontecimentos têm provado isso. Estamos caminhando para uma mercantilização do voto.
A fragmentação que ora se observa da classe política pode nos trazer consequências danosas. Fizeram do município um verdadeiro mercado de votos. Vendem o que na verdade não lhes pertencem. Aqui em São João Batista cada uma “dita” liderança política tem um candidato. Isto até que é permitido num estado democrático. Entretanto o que devemos observar é que esta prática não fortalece a ninguém, muito menos o município. Pelo contrário, todos se fragilizam.

Mesmo não sendo uma característica exclusiva daqui, mas é aqui que nos importa. Vejo com tristeza que neófitas forças políticas se sobreponham aos interesses maiores do município, pelo simples afã de “se darem bem”, renegando às verdadeiras lideranças que lhes garantem o apoio cotidiano.

Os grandes líderes do passado garantiram força e algum benefício ao município, seja de ordem federal ou estadual, quando coesos provaram unidade e força eleitoral. O prefeito Amarildo Pinheiro tem se empenhado e muito para garantir esta unidade. Tem honrado seus compromissos e pretende dar aos seus candidatos expressiva votação. O prefeito usa de gratidão àqueles que lhes tem garantido apoio.

Não se pode dizer o mesmo de alguns outros políticos daqui, infelizmente.



O mau exemplo incontido...


Eduardo com Trinchão...
De todos os apoios e apoiados pela classe política de São João Batista, o que mais causa estranheza e repulsa é o de Eduardo Dominice, ex-prefeito, cassado em 2010, pela então segunda colocada Surama Soares. Eduardo (pasmem!) não apoia para Deputado Federal, o seu tio legítimo, o ex-governador Zé Reinaldo.

Perguntado por que razão não está apoiando o seu tio, que no passado lhe cedeu, às cegas, a estrutura do governo estadual para eleger-se prefeito da cidade de São João Batista, ele respondeu que “Zé Reinaldo não tinha dinheiro, que estava liso e que por isso estava apoiando para Deputado Federal, Claudio Trinchão”.  A declaração causou em quem ouviu um misto de repulsa e vergonha. Justamente porque esta é a prova de um mau exemplo que pode dar um político.

... e Zé Reinaldo sozinho.
Eduardo, um ilustre desconhecido, foi elevado à condição de prefeito, na eleição de 2004, embalado pela força política de Amarildo Pinheiro. Mas quem lhe garantiu a condição financeira para “torna-lo” aceitável ao gosto do eleitor, fora o então governador do estado, Zé Reinaldo. Nada mais justo que agora, Eduardo pudesse retribuir tamanha ajuda recebida em outros tempos.

Mas qual nada... O que prevaleceu neste caso foi o próprio interesse.

Políticos assim criados só provam ao eleitor a máxima franciscana, que é “dando que se recebe”. A isto se chama a “mercantilização do voto”.