Hoje nos tempos modernos ingratidão e política
costumam andar lado a lado. Os últimos acontecimentos têm provado isso. Estamos
caminhando para uma mercantilização do voto.
A fragmentação que ora se observa da classe
política pode nos trazer consequências danosas. Fizeram do município um
verdadeiro mercado de votos. Vendem o que na verdade não lhes pertencem. Aqui
em São João Batista cada uma “dita” liderança política tem um candidato. Isto
até que é permitido num estado democrático. Entretanto o que devemos observar é
que esta prática não fortalece a ninguém, muito menos o município. Pelo
contrário, todos se fragilizam.
Mesmo não sendo uma característica exclusiva
daqui, mas é aqui que nos importa. Vejo com tristeza que neófitas forças
políticas se sobreponham aos interesses maiores do município, pelo simples afã
de “se darem bem”, renegando às verdadeiras lideranças que lhes garantem o apoio
cotidiano.
Os grandes líderes do passado garantiram força e
algum benefício ao município, seja de ordem federal ou estadual, quando coesos
provaram unidade e força eleitoral. O prefeito Amarildo Pinheiro tem se
empenhado e muito para garantir esta unidade. Tem honrado seus compromissos e
pretende dar aos seus candidatos expressiva votação. O prefeito usa de gratidão
àqueles que lhes tem garantido apoio.
Não se pode dizer o mesmo de alguns outros
políticos daqui, infelizmente.
O mau exemplo
incontido...
Eduardo com Trinchão... |
De todos os apoios e apoiados pela classe
política de São João Batista, o que mais causa estranheza e repulsa é o de
Eduardo Dominice, ex-prefeito, cassado em 2010, pela então segunda colocada
Surama Soares. Eduardo (pasmem!) não apoia para Deputado Federal, o seu tio
legítimo, o ex-governador Zé Reinaldo.
Perguntado por que razão não está apoiando o seu
tio, que no passado lhe cedeu, às cegas, a estrutura do governo estadual para
eleger-se prefeito da cidade de São João Batista, ele respondeu que “Zé
Reinaldo não tinha dinheiro, que estava liso e que por isso estava apoiando para
Deputado Federal, Claudio Trinchão”. A declaração
causou em quem ouviu um misto de repulsa e vergonha. Justamente porque esta é a
prova de um mau exemplo que pode dar um político.
... e Zé Reinaldo sozinho. |
Eduardo, um ilustre desconhecido, foi elevado à condição
de prefeito, na eleição de 2004, embalado pela força política de Amarildo
Pinheiro. Mas quem lhe garantiu a condição financeira para “torna-lo” aceitável
ao gosto do eleitor, fora o então governador do estado, Zé Reinaldo. Nada mais
justo que agora, Eduardo pudesse retribuir tamanha ajuda recebida em outros
tempos.
Mas qual nada... O que prevaleceu neste caso foi
o próprio interesse.
Políticos assim criados só provam ao eleitor a
máxima franciscana, que é “dando que se recebe”. A isto se chama a “mercantilização
do voto”.
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