sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Cabeça: um vereador com sete mandatos

Vereador Cabeça
Seu nome: Francisco Furtado Penha, mais conhecido como “Cabeça”, acaba de se eleger para o sétimo mandato de vereador consecutivo, feito este só conseguido até então pelo ex-vereador Santinho Gomes que igualmente colecionou sete mandatos como vereador de São João Batista.

Cabeça elegeu-se para seu primeiro mandato nas eleições de 1992. Na condição de motorista da “Marinete”, um caminhãozinho três-quarto da Prefeitura de São João Batista, que no primeiro mandato de Zequinha Soares (1989-1992), fazia o transporte de passageiros e cargas para São Luís, Cabeça ganhou popularidade. A partir de então, uma vez eleito, cabeça definiu suas bases eleitorais e foi conseguindo um mandato após o outro. Em tempo: a denominação “Marinete”, deveu-se a uma referência a um veículo de transporte de passageiro que existiu na novela global, Tiêta, exibida à época.

Ao longo desses 24 anos de mandato, são muitas as histórias relacionadas ao vereador. Uma dessas histórias, diz respeito a uma de suas eleições quando ainda o voto era através da cédulas eleitorais. O então juiz eleitoral da comarca de São João Batista, Dr. Martinho, certa vez interpretou de modo hilário um determinado voto, dado por um determinado eleitor, a um também candidato à época denominado Piruca. Na confusão, e por não ter o candidato feito tal registro, o Meritíssimo decidiu que o voto seria do vereador Cabeça, pois, segundo ele, é “em cabeça que se bota peruca”.  A decisão causou perplexidade e risos. Mas prevaleceu a sorte do vereador...

Muitos dos seus mandatos foi elegendo-se pelo PMDB. Com passagem por outros partidos, para este sétimo mandato, o vereador acaba de eleger-se pelo PRP.

Cabeça no exercício do mandato, procura ser prestativo e atencioso com seus eleitores. Para este mandato o vereador recebeu 362 votos. Não foi a melhor de suas votações já obtidas ao longo de todos os seus mandatos, mas ainda assim, esta quantidade de votos lhe rendeu um eleição garantida.

Ao nobre vereador - a quem tivemos a honra de ombreá-lo no parlamento joanino, na legislatura de  1997 a 2000 - queremos desejar sucesso no exercício de mais um mandato.

À guisa de informação estes são os mandatos (legislaturas) conquistadas pelo vereador Francisco Furtado Penha (Cabeça): (1993 – 1996), (1997 – 2000), (2001 – 2004), (2005 – 2008), (2009 – 2012), (2013 – 2016) e (2017 – 2020).

                            

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Erros e acertos na eleição para vereadores

Só agora rescaldados os focos dos incêndios passionais e acalmados os ânimos e as decepções dos que concorreram a cargos de vereadores das eleições municipais de São Joao Batista, o Blog volta ao assunto a respeito das previsões aqui feitas.

Dissemos na ocasião que se tratava de uma prospecção e que não tinha base estatística, científica, aritmética ou qualquer fundamento legal, como se insurgiu uma certa criatura. Era pura intuição mesmo, ou no máximo, a consolidação daquilo que muitas vezes é batido e debatido nos quatro cantos da cidade. E assim previmos! Erramos e acertamos! Era natural que assim fosse..., afinal esta foi uma eleição de muitos acontecimentos e que certamente vai ficar pra história.

Afirmamos que a renovação na câmara passava da casa dos 50%. E passou. Chegou a cerca de 80% (e isto foi bom, apesar de surpreendente). Haja vista que dos 11 vereadores, apenas 03 (três) renovaram seus mandatos. Há de se considerar aqui que, dos oito, três não concorreram às vagas de vereadores.

De todos os eleitos só um nome não fora mencionado por nós: Lurdilene, a vereadora eleita numa, até então, impensável segunda vaga conquistada pela coligação “A mudança somos nós”. Todos os demais eleitos foram relacionados por nós como prováveis eleitos, independente da ordem, como fizemos questão de frisar. Neste ponto acertamos. Entretanto erramos quanto ao número de vagas a serem preenchidas pelas coligações. Nosso maior erro foi no número de vagas a serem conquistadas pelo chapão. Falamos em número de seis, mas somente quatro vagas couberam para essa coligação. Para a coligação “Unidos pela liberdade” projetamos a possibilidade de duas vagas, mas terminaram por conseguir 03 (três), conseguidas pelos mesmos candidatos por nós mencionados. Aqui, deveu-se à espetacular votação dos eleitos e dos demais da coligação.

Pelo PP, cujos candidatos concorriam sozinhos sem coligação, projetamos a possibilidade de elegerem 02 (dois) vereadores. 01 (uma) era dada como certa. Aqui também prevaleceu a boa e surpreendente votação dos que se elegeram: Jorge de Baduca e Thales Pinheiro, que ultrapassaram a que havíamos projetado como a primeira da coligação, no caso Jussiane.

De alguma forma acertamos em grande parte nos nomes que estariam na composição da nova câmara de vereadores de São João Batista. Dos dezoito nomes sugeridos, dez garantiram vagas, das onze que compõem a câmara.  

Aos eleitos, almejamos sucesso no desempenho das funções legislativas, que imaginamos, a estas alturas, sejam da apropriação de todos, sem esquecerem que, os mandatos são não sua essência “um crédito de confiança” que será cobrado daqui a quatro anos.

À propósito de nossas previsões, elas continuarão a ser feitas, sem mácula ou transgressão legal, muito menos com propósitos só imagináveis por quem nada ou pouco sabem de legislação eleitoral.


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Assim pode ser a nova Câmara de Vereadores

A menos de cinco dias para as eleições municipais e considerando os últimos “vai-e-vem” de alguns candidatos e as movimentações indesejadas de outros, vamos nos propor a uma análise dos prováveis eleitos para a nova câmara municipal de São Joao Batista.

Nossa análise é baseada no perfil político de cada candidato dentro do seu respectivo partido ou coligação. Esta avaliação está sujeita a variações de ordem. Não pretendemos cravar os resultados que sairão das urnas no próximo domingo, mas tão somente prospectar aqueles que no desenrolar do seus projetos políticos despertaram no eleitorado o interesse pelo voto.

Adiantamos que a renovação na câmara ultrapassa a casa dos cinquenta por cento. Isto é alimentado de saída, porque três dos atuais vereadores não concorrem ao mesmo cargo. Mecinho e Luiz Everton concorrem a cargos majoritários, isto é, são candidatos a prefeito, enquanto o vereador Rui Serra, abdicou da candidatura em favor de sua esposa, a Professora Zilmara.

O coeficiente eleitoral

Chama-se coeficiente eleitoral a soma dos votos bons (votos válidos dados aos candidatos + os votos dados por ventura só à legenda), divididos pelo número de vaga na câmara de vereadores. Especula-se que, nestas eleições, o coeficiente eleitoral chegue a 1.400 votos mais ou menos. Desta forma, o partido elegerá um vereador ao atingir o coeficiente eleitoral, desde que esse candidato atinja 10% dos votos do coeficiente eleitoral, como consta da nova regra eleitoral para estas eleições. Isto significa dizer que, mesmo que um partido ou coligação atinja o coeficiente eleitoral, um vereador deste partido ou coligação só estará eleito se conseguir no mínimo 140 votos, ou seja 10% dos votos do coeficiente.

As previsões pessimistas

Sem nenhum espírito de maldade, avaliamos que apenas quatro coligações/partidos poderão alcançar o coeficiente eleitoral e consequentemente eleger vereadores. A coligação PPL/PPS sequer existiu de fato. Não elege ninguém. Também assim a coligação São João Batista para todos (PMDB/PSL/PR) não atingirá o coeficiente eleitoral, e por isso também não elege ninguém. Os partidos Rede Sustentabilidade e o PMN cumprem apenas um desejo de suas candidaturas majoritárias, e assim também não elegem ninguém para a câmara municipal. A coligação Unidos pelo povo (PV/SD/PROS/PSD), a considerar a performance eleitoral dos seus candidatos, dificilmente fará o coeficiente eleitoral, mesmo tendo o vereador Ivan (o mais votado na eleição passada) e que certamente, pela conjuntura atual, não repetirá a mesma votação.


As previsões otimistas

A coligação Unidos pela liberdade (PSDB/PTB), apesar das defecções sofridas ainda faz o coeficiente eleitoral e projeta a possibilidade de eleger 02 (dois) vereadores, mesmo que tenha perdido cerca de 700 votos que lhes deixaram de ser auferidos pela impugnação de Valdeci Pinto, falecimento do ex-vereador Nonatinho e algumas desistências. Deve ser o mais votado da coligação e se eleger Assis Araújo. Júnior de Valdez, na segunda vaga é seguido bem perto por Isaac.

Por sua vez a coligação do candidato Mecinho que traz os partidos PRP/PRB/PSB e PEN denominada de “A mudança somos nós”, tem a possibilidade de eleger (01) vereador, com maior possibilidade para o experimentado vereador Cabeça, salvo alguma supressa pouco improvável.

O Partido Progressista (PP) reuniu candidatos bastante equilibrados eleitoralmente, e poderia certamente eleger 01 (um) vereador e ainda ficar com uma sobra razoável para brigar pela última cadeira, entretanto vitimados pelos revezes da política, alguns dos seus postulantes podem não mais merecer o voto dos eleitores, sacrificando assim a possibilidade de conseguir a segunda vaga. Ainda assim garante a eleição de (01) um vereador e, em permanecendo as previsões anteriores, briga por uma segunda vaga. Deve eleger-se a candidata Jussiane Cutrim. Numa possibilidade de uma segunda vaga, disputam essa vaga os candidatos Jorge de Baduca, Tales e Claudia Gomes.

O embate mais ferrenho está reservado ao chapão.   Lá a briga é de foice, martelo, rosa mística e outros elementos simbólicos, uma vez que a coligação é forte e seria muito mais se de fato houvesse uma concreta união. Ainda assim cognominada de “Unidos somos fortes”, esta coligação elege o maior número de vereadores. Deve ficar com 06 (seis) ou 07 (sete) vagas das 11 (onze) cadeiras da câmara. Numa disputa autofágica, cerca de 10 (dez) candidatos disputam estas vagas. Devem garantir vaga nesta coligação e reeleitos os vereadores Louro (que pode ser o mais votado), Aguiar, Uira e a estreante Zilmara. Para as demais vagas (sendo 02 ou 03), estarão na disputa Renato Machado, Rico Pinheiro, Chico de Nhozinho, Dezinho, Marçal e Cristina. Aqui, uns com mais outros com menos chances.

Como se observa, esta deve ser a nova configuração da câmara municipal. Esperamos estar certo. Entretanto diante de tantas incertezas que foi esta eleição, de tantos fatos inimagináveis, tudo pode acontecer. Inclusive nada.

Esta nossa análise está embasada puramente no conhecimento empírico, na experiência e vivência de quem conhece os políticos e os eleitores de minha terra.  E eu acho que os conheço.



domingo, 25 de setembro de 2016

Anajatuba: Traição do vice Sydnei a Helder Aragão custou caro ao município

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Um levantamento feito no pequeno município de Anajatuba, a 120 km de São Luís, seria suficiente para se constatar que a gestão do prefeito Helder Aragão, que assumiu a 1° de janeiro de 2013 e foi afastado no dia 9 de outubro de 2015 (dois anos e 10 meses), deixou um saldo positivo, especialmente no setor da educação. Reforma de todas as escolas, construção de quadras nos povoados Afoga, Bacabal e no bairro Limirique, objetivou tirar do mundo das drogas a juventude anajatubense. Outras obras nessa área, também tiveram sua construção começada, mas, não houve tempo para a conclusão e o substituto de Helder simplesmente as abandonou.

O transporte escolar funcionava com normalidade, merenda escolar era oferecida com fartura, os professores eram pagos religiosamente em dia e o respeito aos servidores em geral, passou a ser regra na administração que desenvolveu, ainda, significativo trabalho nas áreas social e de saúde.

No ano que Hélder Aragão assumiu a prefeitura (2013) o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) era um dos menores do Maranhão (215° posição). Então ele tomou a iniciativa de contratar o Sistema Aprende Brasil, da Editora Positivo para assistir a equipe multiprofissional responsável pela gestão da educação, qualificando professores, por meio de formações pedagógicas realizadas por profissionais da mais alta competência trazidos de São Paulo-SP e Curitiba-PR e fornecendo material didático de qualidade associado a sistemas informatizados. O resultado dessa ação foi que em 2013 Anajatuba alcançou o índice de 4.4 e em 2015 4.8 saltando positivamente do 215° para o 26° lugar, no Maranhão.

Essas informações constam da página oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Quando o prefeito Helder Aragão foi afastado do cargo, o seu vice Sydnei Pereira, apontado como o autor das denúncias que culminou com o afastamento do titular, limitou-se a tocar a administração de forma desinteressada, desmerecendo a população e de modo especial a juventude que demonstra satisfação com os feitos de Helder Aragão, principalmente na educação e nos esportes.

As várias obras iniciadas não foram concluídas por falta de tempo. Mas a primeira parcela da verba (convênio com o governo federal) ficou depositada nas contas da Prefeitura como foi o caso da creche do bairro Limirique, o prefeito em exercício, porém, sequer se interessou em realizar as licitações para a construção ou aquisição do material, não se sabendo, portanto, o que foi feito com o dinheiro.

É recebida com naturalidade a decisão de a Justiça afastar um prefeito por irregularidades praticadas no cargo, mesmo que seja por inexperiência ou vontade exagerada de fazer. O que não é admissível é o substituto, no caso o vice-prefeito assumir a Prefeitura como se fosse uma empresa de sua propriedade, abandonar as obras iniciadas, e a cidade como um todo; praticar desmandos, cooptar cabos eleitorais com benesses oferecidas pelo poder público na tentativa de se eleger novamente, sem considerar a responsabilidade que o cargo exige.

O vice-prefeito deveria comportar-se como auxiliar do titular, ajudá-lo a realizar uma administração visando os interesses maiores da população. Nunca ficar na espreita aguardando o prefeito errar, para denunciá-lo e se apoderar do cargo para tirar proveitos pessoais, como acontece hoje. Isso são traição e mau-caratismo - piores sentimentos do homem. 

A legislação brasileira, para impedir essa “indústria” que beneficia, às vezes, quem “se elege” à sombra de outrem, deveria determinar que no caso de irregularidades praticadas pelo prefeito, a cassação atingisse os dois e promover novas eleições. Nesse caso o vice só poderia assumir o cargo por licença, renúncia ou morte do titular. A culpa por prática de atos ilegais seria atribuída a ambos e dar-se-ia, assim, fim às traições políticas que variam de acordo com interesses pessoais dos parasitas do poder.

Mas quando a autoridade decide pelo afastamento de um prefeito, como é o caso, parece não se importar com o que o substituto é capaz de fazer. Comporta-se (o beneficiado) com o poder de quem recebeu um salvo conduto, imune à denúncia do órgão fiscalizador. Por isso, como se diz em Anajatuba, Sidnei “está deitando e rolando!”... E o que é mais grave: sobre a população.  Seria oportuno alertar, inclusive, o representante do Ministério Público Eleitoral, para esse comportamento abominável de Sydney Pereira que tenta, a qualquer custo, cooptar cabos eleitorais visando à eleição do próximo domingo.

Ademais quando é sabido que ele é indiciado pela Polícia Federal como beneficiário de supostas irregularidades envolvendo as empresas que ensejaram o afastamento do prefeito Helder Aragão, em 2015. Apesar disso Sydney insiste na prática do arbítrio obrigando funcionários, empresários, comerciantes e fornecedores a declararem apoio à sua candidatura, sob pena de não receberem pagamentos a que tem direito. Pesa sobre Sydnei a denúncia de que agora, às vésperas da eleição, “contratou verbalmente” um morador de cada casa do povoado Bacabal – um dos maiores do município. Um absurdo. 
(Da Coluna do Jersan - Edição deste domingo 25.09.206)

sábado, 24 de setembro de 2016

Nonatinho Diniz, para sempre um nobre vereador!

Ex-Vereador Nonatinho Diniz
A notícia do falecimento de Nonatinho chocou a muitos conterrâneos e amigos da nossa cidade. Ainda que estivesse lutando contra um câncer na perna, que às vezes o fazia caxingar, Nonatinho estava em plena campanha por mais um mandato à câmara de vereadores.

Concorria pelo PTB, partido pelo qual se iniciou na política quando da sua primeira disputa à Câmara de Vereadores, no fim dos anos 80, mais precisamente nas eleições de 1988, quando integrava o grupo de candidatos do então candidato a Prefeito Dr. Ferreira.

Raimundo Nonato Diniz, natural de capim-açu, era um apaixonado pela política. Era daqueles que fazia a boa política, a política solidária. Respeitador, humilde e íntegro são algumas de suas muitas características.

O seu caráter humanitário e sempre prestativo o conduziu à câmara de vereadores em sua segunda tentativa. Elegeu-se na eleição de 1992, para a legislatura de 93 a 96, chegando inclusive a eleger-se como Presidente da Câmara do segundo biênio. Concorreu à reeleição e novamente se elegeu com uma expressiva votação.

À frente da presidência da Câmara fora até então o mais cuidadoso com suas responsabilidades. É de sua lavra a aquisição de “birôs” para cada um vereador, bem como, foi na sua gestão que a Câmara passou a ser reconhecida como entidade jurídica.  Até então o mobiliário de que se utilizavam os vereadores eram carteiras escolares cedidas pela Escola Cenecista, onde funcionava agregada a Câmara de Vereadores.

Sua trajetória política é marcada de muitos episódios. Dizem que não media esforços para tirar o último centavo do seu bolso para ajudar a quem lhe pedia por necessidade. Certa vez, contam alguns, levava para casa alguns mantimentos para o almoço do dia de sua família, e ao encostar na casa de alguém que alegara não ter o que comer naquele dia, ele prontamente ofertou o que levava e foi pra casa de mãos vazias.  Era assim Nonatinho. Tinha prazer em servir. Um homem que fez da simplicidade sua marca registrada.

Nas últimas eleições não logrou êxito nas urnas, apesar de sempre garantir uma boa votação. Na última eleição municipal, concorrendo pelo PT (Partido dos Trabalhadores), ele ficou na segunda suplência, chegando inclusive a assumir uma cadeira na Câmara por 3 meses.

Em vida, sempre foi um incansável. Fazia política comunitária por convicção. Tinha algumas limitações é verdade, mas sabia muito bem o princípio da política. Não era de acordos, conchavos, nem fazia acordos que denegrissem a sua honra. Não tratava na cozinha de lideranças políticas. Seu compromisso era sempre notório. E por esta razão e performance tinha admiração de muitos.

A política joanina perde um dos grandes nomes.



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A política nossa de cada dia

A palavra “política” provém do grego “politiká”. Tal palavra era usada para se referir a tudo relacionado à Polis (cidade-estado) e à vida em coletividade. Sendo assim a política está diretamente relacionada com a vida em sociedade, no sentido de fazer com que cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos sem que isso seja transformado em um caos social.

A grande maioria das pessoas acha que política é uma atividade relacionada com governo, partidos políticos, esfera pública, ideologia, etc. Quem assim pensa ou pensou até hoje, não entendeu e não entende nada de política, e nessa esteira, o nosso universo político está cheio.

A política não está presente só na vida pública. A política é uma atividade humana. Portanto, dentro de casa, nos negócios, nas empresas, nas escolas entre alunos e professores, entre marido e mulher, em todos esses ambientes a política está presente. E com ética deve ser exercida.

Exatamente isto é o que se deve exigir de um político quando pensamos em lhe creditar o voto: que ele seja ético, que pense no coletivo e que tenha uma visão plural das políticas públicas a serem implantadas no espaço que pretende representar. Lamentavelmente não é o que se vê, em particular na nossa política.

Ora, se nos sentimos enojado com a política que é feita sobre as nossas cabeças, lá em cima, seria de boa ética que aqui embaixo pudéssemos agir de modo diferente. Isto cabe aos dois personagens desta epopeia: ao político e ao eleitor. Seria o caso de punir os corruptos que querem renovar seus mandatos, mas nem sempre é isso que acontece. Muitas vezes os reelegemos. Daí, depois de nada adianta reclamar quando os políticos sem ética começarem a aprontar suas presepadas. Por outro lado, o político calça-curta, nos rincões interioranos também se espelha nos políticos de altas patentes.

Está em moda, neste tempos de eleições municipais, uma modalidade da “política” e de “useiros da política”: a trairagem. Esta consiste em expor o caráter vil daqueles que precisavam ser éticos e se postam como verdadeiros enlatados de prateleiras, ou simplesmente mercadorias. Vão-se ao sabor do vil metal, do “quem dá mais”. Então há de se perguntar: são esses os políticos que nós queremos? São esses os políticos que precisamos? Certamente que não!

Só teremos bons gestores quando verdadeiramente soubermos escolher os nossos representantes na sua plenitude, sejam para o executivo ou para o legislativo. É hora de banir os que se locupletam, os que só olham para seus umbigos. Não cabe mais na política os que não possuem ideologia, os que mudam ao sabor das ofertas, os que não suportam os revezes da própria conjuntura política. A política é feita de situações, e para enfrentá-las, o agente político precisa ter postura.

A retidão de caráter deve ser a maior das virtudes daqueles que se dispõem a ser representante do povo. Se não, como confiar o voto a quem não preza à moral e à condição de homem público? Que ideia faz aquele que foi persuasivo junto ao político que age com desonestidade e venalidade? Quem compra e quem vende apoio/votos são igualmente merecedores da repulsa do eleitor.

Na política, perder ou ganhar é parte que cabe aos agentes da política. E é preciso resistir. Vencer deve ser mérito e prerrogativa do povo apenas. Ao eleitor cabe o julgamento dos políticos que queremos.

E o eleitor é povo.

P.S.: Qualquer associação ou semelhança com algum caso que você conheça não terá sido mera coincidência.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

À propósito do impeachment de Dilma Roussef

Por Lucenilton Martins Popito (*)

Lucenilton Martins
Finalmente o desfecho de uma farsa chamada Impeachment. Quem quiser ou puder, que leia a postagem até o fim e não apenas o cabeçalho para não tirar conclusões precipitadas e não julgar equivocadamente meu posicionamento.

Em 2014 eu votaria em Eduardo Campos para presidente se não tivesse falecido tragicamente. Votei em branco. No segundo turno votaria em Marina se ela tivesse disputado. Votaria neles não por achar que seriam os redentores da nação, mas por um misto de falta de opção com alternância de dirigentes no país, embora tivesse certeza que nenhum os fosse.

Sobrou-nos a temida escolha do "menos pior". Acabei optando por Dilma, não por ela, mas pelo que vivenciei em minha adolescência e juventude quando o projeto que Aécio representa quase entregou o país à colonização Norte Americana nos anos 90. Quando a Dilma venceu novamente não foi nada que me fizesse comemorar pois o maior erro do PT foi as temerosas alianças que fizera com caquéticas oligarquias que só permitiram a governabilidade do PT enquanto Lula conseguiu funcionar como uma espécie de conciliador de classes. Ou seja, enquanto no seu governo, pobres melhoraram sua condição humana e ricos conseguiam ganhar ou pelo menos não perder muito e isso é muito difícil num país de histórica deficiência na distribuição de renda. Depois da crise foi " farinha pouca meu pirão primeiro" lá em Brasília. 

Esses dois projetos políticos PT/ PSDB polarizaram as disputas eleitorais no Brasil por 20 anos. É muita coisa! Nós brasileiros temos uma péssima cultura de escolher mal nossos representantes e cobrar errado e até injustamente quando os políticos não correspondem aos interesses da população. A carga sempre pesa no Poder Executivo que toma as principais decisões. Mas esquecemos que muitas coisas dependem das discussões no Legislativo e aí que ocorre muitas vezes, com raríssimas exceções, o pacto da mediocridade política com negociatas e chantagens nocivas aos interesses populares. E quando interesses de poderosos são contrariados sempre sobra para o lado mais fraco, o do povo!

A crise política atual não ocorreu somente por culpa de uma duas ou meia dúzia de pessoas. Foi o contexto geral tendo como pano de fundo o fato de um desses projetos políticos não suportarem mais estarem fora do comando do país.

Sempre me posicionei contra a farsa do Impeachment por vários motivos, sendo os principais: A falta de embasamento jurídico; a incompetência moral dos julgadores; a parcialidade das instituições que contribuíram para a obtenção desse pseudo resultado do afastamento definitivo da presidenta Dilma eleita pela vontade popular mesmo com pouquíssima diferença; a seletividade na indignação popular e a sórdida contribuição dos meios de comunicação que tomaram as dores e trataram de preparar o território para esse GOLPE de estado!

A pressa para acabar com esse processo tem uma explicação lógica: EDUARDO CUNHA! Traduzindo: Ou os golpistas deixam o caminho livre com o Impeachment e deixem Cunha cair no esquecimento OU todo mundo viveria o maior inferno astral de suas vidas nas mãos de Cunha se fosse cassado! Quase todos os ministros de Temer caíram por corrupção ou foram indiciados em menos de um mês de governo ilegítimo.

Deixo bem claro que não se trata de defender a Dilma ou Lula ou PT até por que não tenho político de estimação. Me preocupo com as graves consequências e perigosos precedentes jurídicos que só servirão para por em risco a democracia. Eu por exemplo, como advogado poderei no futuro pedir a quebra de sigilo de investigação se for para beneficiar meu cliente, como fez o parcial juiz Moro no diálogo entre Lula e Dilma e irei sempre citar esse precedente mesmo sendo ilegal. 

Multidões foram às ruas entendendo estar conscientes do que estavam fazendo pediam a deposição de uma presidente e prisão de um ex presidente meramente como vingança, algo abominável no mundo jurídico. Fizeram adesivos de Dilma com pernas abertas no tanque de combustível. Fizeram bonecos presidiários de Lula e Dilma, tudo graças à democracia que eles lutaram a favor. Mas o curioso é que quanto mais próximo ficou esse desfecho, mais as multidões iam conhecendo os "juízes" do Impeachment e menos gente ia às ruas não sei se por vergonha ou perplexidade.

As figuras que julgaram Dilma, possuem doutorado em corrupção inclusive todos figurando na outra farsa chamada lava jato! Em menos de três meses de governo fajuta fomos "presenteados" com extinção de direitos trabalhistas, previdenciários, extinção da universalidade da saúde pública e do SAMU, fim do ensino superior gratuito para pós graduação, aumento proposital de gêneros alimentícios de largo consumo como o feijão causado pela bancada do agro negócio em detrimento do pequeno produtor; porteira livre para políticos corruptos com a revogação da Lei da Ficha Limpa que é parte do acordo entre golpistas e o judiciário. Ah e por falar em judiciário, vamos lembrar do incrível milagre de concessão de reajuste no vencimento dos ministros do STF em plena crise e rombo nas costas so país. Interessante não?

Se a Dilma tivesse vencido o golpe eu não estaria comemorando nem o mínimo possível e sim cobrando de forma geral, serviço desse congresso parasita que nos últimos dois anos tem apenas discutido interesses particulares e poder pelo poder com pautas bombas que só fizeram o país sofrer.

E a vergonha de quem apoiou tudo isso é visível pois não estão nas ruas hoje comemorando o que tanto queriam, demonstrando até certa ingratidão com os padrinhos do tão sonhado Impeachment: Temer, Eduardo Cunha, Cassio Cunha Lima, Aécio, Romero Jucá, Serra, Alckmim, Pauderney Avelino, Gilmar Mendes, Anastasia, Janaina. É só fazer a busca pelos passados de cada um e veremos quem irá dar as cartas em nossa "Nova" República.

Aí alguém pode dizer "cuidado com essa opinião, Popito, vc pode perder votos por que 70% do Brasil queria o Impeachment".

Não tenho esse medo, pois política não é lugar para covardes e hipócritas (embora isso prevaleça). Antes de ser político sou um cidadão comum com direito à democrática exposição de convicção. Além disso a História e o tempo irão se encarregar de me absolver. 

(*) Lucenilton Martins Popito é advogado com atuação na cidade de São Bento. É candidato a vereador naquela cidade.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Luiz Everton arrasta multidão para sua convenção

O partido do governador do estado, PC do B, lançou o nome do vereador Luiz Everton para o cargo de prefeito de São João Batista. Em convenção bastante concorrida e com a participação de milhares de pessoas, o grupo comandado por Amarildo Pinheiro fechou questão e Luiz Everton foi homologado como o candidato a prefeito. Para vice, foi escolhido o nome do professor Israel Melônio. A convenção foi realizada no auditório do Sindicato dos Pescadores e reuniu milhares de pessoas, autoridades municipais e lideranças políticas.
Na oportunidade, dezenas de pré-candidatos também foram lançados para disputar as onze vagas no Legislativo Municipal. Estiveram presentes o prefeito Amarildo Pinheiro; os 08 vereadores de sua base de apoio e os principais suplentes de vereadores. Numa demonstração de força e peso político, o grupo fechou questão em torno de Luiz Everton. Com o auditório cheio, a convenção reuniu partidos como PC do B, PP, PTN, PSDC, PT, PSC e PDT e quase 30 candidatos a vereador. Por lá, estiveram presentes o deputado e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão; o prefeito Amarildo Pinheiro, secretários municipais, convencionais e familiares do candidato a prefeito, além de simpatizantes e eleitores. Das oito convenções realizadas em São João Batista, esta foi a maior convenção.
O ato político começou com a fala dos quase 30 candidatos a vereador e a fala das autoridades presentes. Em seu pronunciamento, o prefeito Amarildo Pinheiro falou sobre a sua desistência e disse está feliz que sob a sua coordenação, o grupo escolheu o vereador Luiz Everton para disputar as eleições pelo partido do governador, o qual informou que apoia a candidatura do PC do B em São João Batista. O gestor municipal também fez duras críticas a oposição, principalmente ao candidato do PSDB, João Dominici, o qual disse que não ter compromissos com a nossa cidade e que seu único desejo é livrar a cara do filho, Eduardo Dominici. Por fim, Amarildo disse que a cidade agora tem uma opção viável, que terá seu apoio e apoio do governador do Maranhão e que dentro de alguns dias, já verá a diferença.
Na mesma linha, o deputado federal Waldir Maranhão exaltou a figura de Luiz Everton e disse que está pronto para ajudar o grupo político a conquistar mais esta batalha. Maranhão também aproveitou para sobre a situação recente envolvendo sua ascensão como presidente da câmara e afirmou sofrer perseguição política. Aplaudido de pé, Luiz Everton usou da palavra e falou por quase meia hora sobre a sua trajetória política e sobre o seu projeto para a nossa cidade. Enaltecendo a serenidade do prefeito, Everton disse está preparado para fazer uma gestão voltada para o bem está do povo joanino e que saberá, se eleito, ouvir todas vozes e destacou a juventude como ponto principal.
Agradecendo o apoio dos 8 vereadores, do prefeito, dos suplentes de vereadores e de todos os candidatos a vereador, e principalmente da população e de sua família, Luiz Everton destacou a educação, saúde, infraestrutura e juventude como pontos principais de seu projeto. Ele também falou sobre a conversa que teve com o governador Flávio Dino. Everton afirmou que com certeza que terá o apoio necessário para a sua campanha e lembrou que já foi secretário de seu pai, Sálvio Dino e em nossa cidade apoiou a eleição de Flávio Dino para o governo do estado. Por último, Everton agradeceu a presença de cada um dos que na convenção estiveram presentes e os convidou para fazer parte do projeto político novo para a nossa cidade e dizer não a volta de velhos coronéis.
Luiz Everton é vereador de terceiro mandato. Ainda bem jovem, em João Lisboa foi secretário municipal no governo de Sálvio Dino, pai de Flávio Dino. Em 2014 trabalhou grandemente para a eleição do atual governador, o que levou o governador a ter mais de 7 mil votos.
Do Blog Folha de São João Batista/Jailson Mendes


domingo, 31 de julho de 2016

Para a Coluna do Jersan


A república em balanço

Mais de cem deputados, senadores e ministros foram citados durante negociações preliminares de acordos de delação premiada firmados com executivos da Odebrecht. Entre os nomes apontados como beneficiários diretos de desvios de dinheiro público ou de outras vantagens, como doações de campanha, estão pelo menos dez governadores e ex-governadores. Segundo o jornal O Globo, entre eles estão o peemedebista Luiz Fernando Pezão (governador do Rio de Janeiro), o tucano Geraldo Alckmin (governador de São Paulo) e o petista Fernando Pimentel (governador de Minas Gerais).
Detalhes sobre as circunstâncias em que os nomes dos três aparecem ainda são desconhecidos. O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) também aparece na relação de políticos mencionados.  O peemedebista já foi citado por outros delatores do esquema de desvio de recursos da Petrobrás, como o ex-diretor Paulo Roberto Costa.
As negociações de acordo de delação premiada com a maior empreiteira do país têm avançado nos últimos meses. Na atual etapa, os investigadores conversam diretamente com os réus – e não mais com seus advogados – para saber exatamente o que eles têm a dizer.
Os acordos de delação de Marcelo Odebrecht e de outros diretores da empresa são os mais temidos desde o início da Operação Lava-Jato, há dois anos. Estas delações devem balançar ainda mais as já carcomidas estruturas da república brasileira. São inúmeros os políticos que já puseram suas barbas de molho.

Será que os nossos, daqui, aparecerão? Vamos ficar de olho!

Sem reajuste

Os professores da rede estadual de ensino estarão de volta das férias nesta segunda feira, amanhã, dia 1º de agosto, e ao que tudo indica sem nenhuma resposta quanto ao reajuste salarial esperado e autorizado elo MEC, desde o início do ano, com um percentual de 11,63%. O que mais causa insatisfação na classe de docentes é que  o sindicato que representa a classe, o Simpoessema, nada faz, nada diz sobre a situação. Já na rede municipal, após uma greve sem muita razão de ter ocorrido, foi assegurado um reajuste da ordem de 10,54%, dividido em duas parcelas. No retorno, a retomada do calendário escolar e a reposição dos dias parados. Antes pouco do que nada.

E os vices...?

Até quando fechávamos esta coluna não se tinha com exatidão quem seriam os vices dos candidatos a prefeito de São Luís, que realizam convenções neste fim de semana e por toda a semana, até o prazo final, 05 de agosto. Especula-se, nos últimos dias, que para a chapa de Edivaldo Holanda Júnior, que concorre à reeleição, o jovem vereador Roberto Rocha Júnior, seria o indicado. Para a candidata do PPS, a Dep. Eliziane Gama, que fará convenção no dia 05, sexta-feira, as negociações ainda estão em andamento. Os demais candidatos seguem o mesmo ritmo. Estaria difícil achar um bom companheiro de chapa? Certamente! Em tempos de baixa credibilidade da classe política, todo cuidado é pouco. O vice tem que ser alguém que agregue votos, capacidade e acima de tudo, que seja de confiança.

Dos novos vereadores...

Muito se fala que a renovação na Câmara Municipal para as eleições deste ano, chegará a casa dos cinquenta por cento. Talvez mais que isso. Muitos candidatos novos estão na luta por uma cadeira no parlamento municipal, embalados por este vento de mudança e renovação. Um candidato que tem fácil penetração nas camadas populares e boa desenvoltura é Gilvan Sá. Empresário do ramo de comércio e distribuição de gêneros alimentícios, atua também como fornecedor junto às escolas estaduais, municipais e comunitárias. Gilvan Sá que é natural de Sucupira do Riachão, é acima de tudo um lutador. Sem dúvida é também uma boa opção à Câmara Municipal.

Em São João Batista (I)

Dr. João Dominice
Aconteceu ontem a convenção do PSDB que homologou a candidatura do Dr. João Dominice à prefeito de São João Batista. Numa composição com o PTB, e PTdoB, o candidato pretende chegar à vitória, uma vez que os índices das várias pesquisas já realizadas, o apontam na frente dos demais candidatos. Compõe a chapa como vice, a Assistente Social Mayara Pinheiro (PTdoB). Dr. João Dominice, que sempre atuou nos bastidores da política, resolveu enfrentar as urnas desta vez. Na convenção estiveram presentes o ex-deputado Marcelo Tavares e o Dep. Federal Jóse Reinaldo Tavares.
Vale ressaltar também que as últimas movimentações de lideranças políticas, tem equilibrado a disputa. Os dois outros grupos, o do ex-prefeito Zequinha Soares, que tem como candidata, sua esposa, Surama Soares, e o grupo do prefeito Amarildo Pinheiro, adiaram suas convenções para o prazo final, ou seja dia 05 de agosto, sexta-feira próxima, exatamente por conta das alianças que estão em trâmite.

Em São João Batista (II)

Luis Everton e Rico Pinheiro
O partido do governador PCdoB poderá ter candidatura própria a prefeito em São João Batista. É o que se observa depois da movimentação política das últimas semanas. Dois nomes surgem como prováveis candidatos: o vereador Luiz Everton e o Engº Civil Rico Pinheiro. A possibilidade de uma candidatura própria depende ainda de acertos e entendimentos com membros do grupo político que ambos pertencem, que é o mesmo grupo do atual prefeito Amarildo Pinheiro. A convenção do PCdoB está marcada para o próximo dia 05 de agosto, sexta-feira.
Outros grupos menores também buscam entendimentos no sentido de comporem alianças satisfatórias. O imprevisível sempre fez parte do tempero da política joanina. Estes dias da reta final para as convenções partidárias serão decisivos. É esperar pra ver!


terça-feira, 28 de junho de 2016

Vai com Deus, Dinor...

Dinor e suas netas
Valdino Pereira Assunção. Mas todos o conheciam por Dinor (ou Dinô). Este nome caseiro certamente veio da intimidade da família e dos amigos de infância. Mas se tornou um nome forte, dado ao caráter e a personalidade de quem por este nome era conhecido. Um cidadão honesto. Trabalhador. Exímio pai de família. Um amigo verdadeiro. Desses que a canção manda guardar no lado esquerdo do peito.

Conheci mais de perto Dinor e ficamos amigos por volta do ano de 1979. Éramos apenas dois adolescentes perdidos em sonhos e fantasias, mas já focados com uma boa dose de responsabilidade. Nunca soube ao certo sua idade, sempre achei que eu fosse mais velho do que ele. Nessa época eu contava com meus dezoito anos incompletos. Eu tinha concluído o segundo grau e tropecei na primeira tentativa de transpor a barreira para a academia. Era difícil, uma verdadeira guerra, cujas batalhas precisavam ser continuadas. Foi nesse momento, de volta à casa paterna, que, ao assumir uma função na Câmara de Vereadores, fui companheiro de Dinor, que à época era uma espécie de ASG da Prefeitura, onde trabalhava com um outro amigo, que também se foi antes do combinado, Zeca de Neco. Foi um tempo bom.

Dinor sempre foi muito responsável. Mas também era chegado a uma brincadeira com os amigos. Era de um riso fácil. Com os amigos sempre usava de uma pilhéria. Mas sem nunca ultrapassar os limites da amizade. Comigo sempre foi assim. Selamos uma grande amizade.
Um ano depois àquela convivência de trabalho e amizade nos afastamos por força do destino. Vim prosseguir meus estudos na capital e ele ficara lá, na nossa terra. Perdemos o elo que nos unia, porém a amizade não. Só fui reencontrá-lo novamente, alguns anos depois, quando ele também já morando em São Luis, trabalhava no Armazém Gonçalves Dias, onde começou como contínuo e chegando até ao posto de gerente de loja.

Após alguns anos de trabalho e dedicação, inclusive gerenciando nas cidades de Santa Inês e Bacabal, Dinor, voltando pra sua terra, quis ter seu próprio negócio. Foi arrojado e montou sua própria loja de confecção: Lojas Mayara. Era uma homenagem à sua primeira filha, fruto do casamento com Ana. Aliás até nisso meu amigo demonstrou arrojo e coragem, casou-se ainda muito cedo, aos vinte anos de idade. E essa trajetória toda já se passara com a família constituída.

Certa vez combinamos uma pescaria de piabas na beira de João Baixinho. Era época delas. Tava fácil a pescaria. Ali mesmo montamos o fogão improvisado. Uma lata de flandres era a nossa chapa e tudo que precisávamos, além de uns limões e sal. Com algumas cervejas a nossa conversa corria solta e as gargalhadas fluíam mais facilmente.  Era o momento para colocarmos a conversa em dia. E assim passamos parte do dia: rindo, comendo piabas assadas e tomando cervejas. Sempre guardei aquele dia no baú das minhas lembranças...

E a vida seguiu seu rumo. Há cerca de alguns anos soube que meu amigo vivia um quadro depressivo. Ainda o visitei. Já não tinha o mesmo brilho nos olhos. Saí então meio triste. Pensei em como é a vida. O que fomos, o que somos e o que seremos.

Por fim vencido, Dinor perdeu o gosto pelo colorido das manhãs. Pouco ou quase nada fazia sentido. O mal do século o consumia. E o consumiu.

O meu amigo, sempre destemido, partiu antes do combinado. E em meio às lágrimas, foi aí que eu descobri, que tínhamos a mesma idade.

E eu, aqui sentado neste apartamento, com os olhos marejados, encarando a vida, só posso dizer: vai com Deus, Dinor!





sábado, 25 de junho de 2016

Quando a porca torce o rabo

Nós que somos do nordeste somos adeptos dessa linguagem metafórica. Usamos por demais. Não seria diferente de nós interioranos, acostumados com a linguagem rápida e sem por menores do caboclo dos rincões deste Brasil, fazer uso destas preciosidades de gosto popular, quando queremos nos referir a outrem ou alguma coisa. No caso desta expressão em particular, diz-se que, “quando a porca torce o rabo” é quando chegou o ponto mais problemático de uma situação. Em nosso caso, queremos nos referir à interminável novela-real da corrupção no Brasil. Os últimos acontecimentos nos dão a verdadeira certeza de que muitos apêndices caldais ainda haverão de ser torcidos. E pelo que se vê, faltarão suínos para representarem os de quem verdadeiramente estamos falando. A corrupção vai tomando forma desproporcional, vai abrindo veredas. A Lava Jato é a incrível operação que desmontou esquema de corrupção e propinas na Petrobrás. Deflagrada em março de 2014, a operação mandou para a cadeia doleiros, lobistas e empreiteiros das maiores construtoras do país que amargam uma temporada na Custódia da Polícia Federal no Paraná. Embora enraizada na cultura política brasileira, a corrupção pode sim ser debelada, porém, isto somente será conseguido se os órgãos de fiscalização e controle deixarem de ter postura meramente repressiva dos atos de corrupção e passarem a ter enfoque preventivo, para fulminar os esquemas de corrupção no seu nascedouro, antes de causar danos ao Patrimônio público. Ou assim se faz, ou haveremos de ver muitos rabos torcidos e retorcidos. E haja corrupção!

Uma senhora mancada

O deputado Glaubert Cutrim, então candidato mais votado do município de São João Batista nas eleições de 2014, cometeu uma tremenda mancada. Ele usou uma foto de uma outra cidade para homenagear o município, que no último dia 14 de junho completou 58 anos de emancipação política. E para acabar com tudo, o parlamentar errou até quantos anos a cidade estava fazendo. No facebook, o deputado postou uma foto comemorando o aniversário da cidade. Porém a foto usada é do município de São João Batista do Glória, cidade do interior de Minas Gerais. E para piorar, Glaubert Cutrim diz que o município completou 56 anos, quando na verdade completou foi 58.
E olha que o Deputado tem raízes e até parentes no município. Certamente, o nobre Deputado e seus assessores não conhecem muito bem a cidade que lhe deu cerca de 1700 votos na última eleição.


Ironia do destino

Kátia Bogéa esteve à frente do IPHAN, no Maranhão, por muitos anos, algo não muito comum na administração pública, graças à sua competência. Pois bem. Ocorre que no início deste ano, por obra e graça do Dep. Waldir Maranhão, ela fora demitida e substituída por Alfredo Costa Neto. Mas por prestígio e conhecimento, recentemente, a experiente Kátia Bogéa, assumiu a direção do IPHAN nacional e imediatamente promoveu a substituição do seu sucessor, por Maurício Itapary, que é funcionário do quadro do IPHAN.
O órgão no Maranhão que estava ocupado por manifestantes, já teve suas dependências liberadas por ação da Polícia Federal, que deixou o ambiente em condições para o retorno ao trabalho dos funcionários lotados naquele instituto.


Agiotagem

Foram presos na manhã desta sexta-feira, 24, Domingos Sávio Fonseca Silva (ex-prefeito de Turilândia, conhecido como Domingos Curió) e sua esposa, Ângela Maria Everton, que ocupou o cargo de secretária municipal na gestão do marido. Os dois são investigados pelos crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, peculato, associação criminosa, entre outros.
As prisões partiram de pedido do Ministério Público do Maranhão, com base nas investigações realizadas pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) sobre o esquema de agiotagem envolvendo diversas prefeituras no estado.
Além da prisão temporária dos ex-gestores, a decisão da 1ª Vara da Comarca de Santa Helena também determinou a realização de operações de busca e apreensão em diversos endereços ligados a Domingos Curió, Ângela Everton e ao filho do casal, José Paulo Dantas Silva Neto, em Turilândia e São Luís. Foi determinada, ainda, a quebra de sigilo bancário e fiscal dos três envolvidos, da Prefeitura de Turilândia, da Construtora Única (pertencente a Domingos Sávio e José Paulo Dantas) e da Associação de Moradores do Bairro Bacabeira, em Turilândia, da qual Domingos Curió foi presidente.


Enquanto isso...

Por aqui as eleições se aproximam e a situação do Prefeito Edivaldo Holanda Júnior fica cada dia mais complicada. O prefeito tem hoje sua reeleição seriamente ameaçada. Como se não bastasse as inúmeras reclamações advindas dos quatro cantos da cidade, e a incapacidade de dar uma resposta (entenda-se solução) a esses problemas, o gestor enfrenta uma greve de professores, a insatisfação de milhares de funcionários municipais que tiveram um mísero reajuste de 2% apenas nos seus vencimentos. Como se não bastasse isso, já se observa uma significativa debandada de vereadores que o apoiavam, e que agora dizem que são Eliziane desde criancinhas. As últimas pesquisas confirmam este nosso ponto de vista.
É preciso uma reação urgente do Prefeito, sobretudo no que diz respeito à infraestrutura da cidade. Caso contrário a vaca vai pro brejo.


Era uma vez...

Sempre tivemos as nossas Festas Juninas bem animadas, ao logo do mês de Junho inteiro. Os arraiais eram inúmeros ao longo dos bairros. A festança era descentralizada...  Tudo fazia jus ao grande universo das nossa tradições culturais. Batalhões de bumba-meu-boi, quadrilhas, danças portuguesas, do boiadeiro, cacuriás, danças do côco, dança do pau de fita, tambor de crioula e muitas outras manifestações dispunham de muitos espaços para suas apresentações. Hoje, por algumas razões, tudo isso foi reduzido. E o nosso São João ficou mais pobre, desanimado, e os nossos arraiais muito pouco frequentado. Seria o efeito da crise? Alguns dizem que não..., mas isto é outra história!
Valei-nos Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal!