quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Assim pode ser a nova Câmara de Vereadores

A menos de cinco dias para as eleições municipais e considerando os últimos “vai-e-vem” de alguns candidatos e as movimentações indesejadas de outros, vamos nos propor a uma análise dos prováveis eleitos para a nova câmara municipal de São Joao Batista.

Nossa análise é baseada no perfil político de cada candidato dentro do seu respectivo partido ou coligação. Esta avaliação está sujeita a variações de ordem. Não pretendemos cravar os resultados que sairão das urnas no próximo domingo, mas tão somente prospectar aqueles que no desenrolar do seus projetos políticos despertaram no eleitorado o interesse pelo voto.

Adiantamos que a renovação na câmara ultrapassa a casa dos cinquenta por cento. Isto é alimentado de saída, porque três dos atuais vereadores não concorrem ao mesmo cargo. Mecinho e Luiz Everton concorrem a cargos majoritários, isto é, são candidatos a prefeito, enquanto o vereador Rui Serra, abdicou da candidatura em favor de sua esposa, a Professora Zilmara.

O coeficiente eleitoral

Chama-se coeficiente eleitoral a soma dos votos bons (votos válidos dados aos candidatos + os votos dados por ventura só à legenda), divididos pelo número de vaga na câmara de vereadores. Especula-se que, nestas eleições, o coeficiente eleitoral chegue a 1.400 votos mais ou menos. Desta forma, o partido elegerá um vereador ao atingir o coeficiente eleitoral, desde que esse candidato atinja 10% dos votos do coeficiente eleitoral, como consta da nova regra eleitoral para estas eleições. Isto significa dizer que, mesmo que um partido ou coligação atinja o coeficiente eleitoral, um vereador deste partido ou coligação só estará eleito se conseguir no mínimo 140 votos, ou seja 10% dos votos do coeficiente.

As previsões pessimistas

Sem nenhum espírito de maldade, avaliamos que apenas quatro coligações/partidos poderão alcançar o coeficiente eleitoral e consequentemente eleger vereadores. A coligação PPL/PPS sequer existiu de fato. Não elege ninguém. Também assim a coligação São João Batista para todos (PMDB/PSL/PR) não atingirá o coeficiente eleitoral, e por isso também não elege ninguém. Os partidos Rede Sustentabilidade e o PMN cumprem apenas um desejo de suas candidaturas majoritárias, e assim também não elegem ninguém para a câmara municipal. A coligação Unidos pelo povo (PV/SD/PROS/PSD), a considerar a performance eleitoral dos seus candidatos, dificilmente fará o coeficiente eleitoral, mesmo tendo o vereador Ivan (o mais votado na eleição passada) e que certamente, pela conjuntura atual, não repetirá a mesma votação.


As previsões otimistas

A coligação Unidos pela liberdade (PSDB/PTB), apesar das defecções sofridas ainda faz o coeficiente eleitoral e projeta a possibilidade de eleger 02 (dois) vereadores, mesmo que tenha perdido cerca de 700 votos que lhes deixaram de ser auferidos pela impugnação de Valdeci Pinto, falecimento do ex-vereador Nonatinho e algumas desistências. Deve ser o mais votado da coligação e se eleger Assis Araújo. Júnior de Valdez, na segunda vaga é seguido bem perto por Isaac.

Por sua vez a coligação do candidato Mecinho que traz os partidos PRP/PRB/PSB e PEN denominada de “A mudança somos nós”, tem a possibilidade de eleger (01) vereador, com maior possibilidade para o experimentado vereador Cabeça, salvo alguma supressa pouco improvável.

O Partido Progressista (PP) reuniu candidatos bastante equilibrados eleitoralmente, e poderia certamente eleger 01 (um) vereador e ainda ficar com uma sobra razoável para brigar pela última cadeira, entretanto vitimados pelos revezes da política, alguns dos seus postulantes podem não mais merecer o voto dos eleitores, sacrificando assim a possibilidade de conseguir a segunda vaga. Ainda assim garante a eleição de (01) um vereador e, em permanecendo as previsões anteriores, briga por uma segunda vaga. Deve eleger-se a candidata Jussiane Cutrim. Numa possibilidade de uma segunda vaga, disputam essa vaga os candidatos Jorge de Baduca, Tales e Claudia Gomes.

O embate mais ferrenho está reservado ao chapão.   Lá a briga é de foice, martelo, rosa mística e outros elementos simbólicos, uma vez que a coligação é forte e seria muito mais se de fato houvesse uma concreta união. Ainda assim cognominada de “Unidos somos fortes”, esta coligação elege o maior número de vereadores. Deve ficar com 06 (seis) ou 07 (sete) vagas das 11 (onze) cadeiras da câmara. Numa disputa autofágica, cerca de 10 (dez) candidatos disputam estas vagas. Devem garantir vaga nesta coligação e reeleitos os vereadores Louro (que pode ser o mais votado), Aguiar, Uira e a estreante Zilmara. Para as demais vagas (sendo 02 ou 03), estarão na disputa Renato Machado, Rico Pinheiro, Chico de Nhozinho, Dezinho, Marçal e Cristina. Aqui, uns com mais outros com menos chances.

Como se observa, esta deve ser a nova configuração da câmara municipal. Esperamos estar certo. Entretanto diante de tantas incertezas que foi esta eleição, de tantos fatos inimagináveis, tudo pode acontecer. Inclusive nada.

Esta nossa análise está embasada puramente no conhecimento empírico, na experiência e vivência de quem conhece os políticos e os eleitores de minha terra.  E eu acho que os conheço.



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