Ex-Vereador Nonatinho Diniz |
A
notícia do falecimento de Nonatinho chocou a muitos conterrâneos e amigos da
nossa cidade. Ainda que estivesse lutando contra um câncer na perna, que às
vezes o fazia caxingar, Nonatinho estava em plena campanha por mais um mandato
à câmara de vereadores.
Concorria
pelo PTB, partido pelo qual se iniciou na política quando da sua primeira
disputa à Câmara de Vereadores, no fim dos anos 80, mais precisamente nas
eleições de 1988, quando integrava o grupo de candidatos do então candidato a
Prefeito Dr. Ferreira.
Raimundo
Nonato Diniz, natural de capim-açu, era um apaixonado pela política. Era
daqueles que fazia a boa política, a política solidária. Respeitador, humilde e
íntegro são algumas de suas muitas características.
O
seu caráter humanitário e sempre prestativo o conduziu à câmara de vereadores
em sua segunda tentativa. Elegeu-se na eleição de 1992, para a legislatura de
93 a 96, chegando inclusive a eleger-se como Presidente da Câmara do segundo
biênio. Concorreu à reeleição e novamente se elegeu com uma expressiva votação.
À
frente da presidência da Câmara fora até então o mais cuidadoso com suas
responsabilidades. É de sua lavra a aquisição de “birôs” para cada um vereador,
bem como, foi na sua gestão que a Câmara passou a ser reconhecida como entidade
jurídica. Até então o mobiliário de que
se utilizavam os vereadores eram carteiras escolares cedidas pela Escola
Cenecista, onde funcionava agregada a Câmara de Vereadores.
Sua
trajetória política é marcada de muitos episódios. Dizem que não media esforços
para tirar o último centavo do seu bolso para ajudar a quem lhe pedia por
necessidade. Certa vez, contam alguns, levava para casa alguns mantimentos para
o almoço do dia de sua família, e ao encostar na casa de alguém que alegara não
ter o que comer naquele dia, ele prontamente ofertou o que levava e foi pra
casa de mãos vazias. Era assim
Nonatinho. Tinha prazer em servir. Um homem que fez da simplicidade sua marca
registrada.
Nas
últimas eleições não logrou êxito nas urnas, apesar de sempre garantir uma boa
votação. Na última eleição municipal, concorrendo pelo PT (Partido dos
Trabalhadores), ele ficou na segunda suplência, chegando inclusive a
assumir uma cadeira na Câmara por 3 meses.
Em
vida, sempre foi um incansável. Fazia política comunitária por convicção. Tinha
algumas limitações é verdade, mas sabia muito bem o princípio da política. Não era
de acordos, conchavos, nem fazia acordos que denegrissem a sua honra. Não tratava
na cozinha de lideranças políticas. Seu compromisso era sempre notório. E por
esta razão e performance tinha admiração de muitos.
A
política joanina perde um dos grandes nomes.
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