Por Marcondes Serra Ribeiro
É indiscutível a importância do voto e o histórico dessa conquista social tão relevante, principalmente às classes menos abastadas financeiramente, torna-o bem mais valoroso, porque não foi fácil – foi conseguido com muita luta, com o propósito de assegurar o direito do povo de eleger seus representantes, os gestores do patrimônio público, promotores do “Bem Comum”, que deve se direcionar à contemplação da melhoria da qualidade de vida de todos, através da aplicação das políticas públicas resolutivas dos problemas sociais persistentes.
O
exercício digno da cidadania consolida o verdadeiro sentido da democracia e o
direito de votar deve servir para expressar a vontade da maioria, mas é fundamental
que seja exercido com a respeitável liberdade de escolha e plena consciência,
após análise dos candidatos, sem quaisquer influências corruptivas.
É
lamentável que esse importante direito configure-se tradicionalmente como uma
situação de difícil associação entre a atitude e suas consequências, enquanto o
eleitor não se conscientizar do importante valor de seu voto, enquanto o
restringir à insignificância de ser apenas um e que não fará a menor diferença,
porque todos os candidatos são considerados
iguais, quando há, de verdade, embora raramente, trigo em meio a tanto
joio, enquanto os eleitores esquecerem que muitos outros pensam e votam nos
mesmos moldes e que centenas de votos com essa mesma identidade desvalorizada,
quando somados, decidem um pleito e elegem
aqueles que se revelam corruptos, estaremos sofrendo e reclamando-nos
dos próprios erros.
O
certo e comprovável é que existe um significativo grupo de pessoas descrente da
política – com justas e facilmente
comprováveis razões, como também
os oportunistas aproveitadores da situação dos políticos que empreendem a
necessária “caça ao voto”, sem
preocupações com a ética e a legalidade
e, em vez de conquistarem-no com projetos de trabalho público, fazem ofertas
negociadoras de compra e ofertas de vantagens pessoais, como cargos
comissionados, empregos com salários completamente ilícitos e benesses
“informais” - totalmente ilegais junto
ao poder público.
São detalhes importantes que denotam um certo patrimonialismo - ainda presente na cultura politiqueira brasileira, sem distinção entre bens públicos e privados, num joguinho direcionado a contemplar determinadas pessoas, como se fossem cartas marcadas de um baralho adulterado para consecução dos resultados previstos. Políticos menores são manobrados pelos maiores e pelas grandes empresas, os reais possuidores do poder, mas também aqueles que militam diretamente nas bases, manobram com a maioria incauta constituída por um povo desinstruído e bem disponibilizado ao antigo cabresto.
Sem
sombras de dúvidas, um voto consciente sempre será melhor do que um voto
negociado, vendido, anulado, ou atribuído como uma brincadeira passageira. A
responsabilidade cidadã não deve ser subestimada, porque a atenção ao Bem Comum
precisa estar acima das questões pessoais, portanto, que prevaleça o bom senso
e o voto seja dado com a mais absoluta consciência de justeza e boa
intenção!
Nestas
eleições, seja um digno e responsável cidadão e vote consciente!
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