Parte do artigo de Jersan
Araújo publicado no Jornal Pequeno, edição deste domingo 18 de setembro.
'FUNÇÕES'
Torna-se cada vez mais acintoso no Brasil
o envolvimento de magistrados e membros de órgãos fiscalizadores – como os
tribunais de contas – na política partidária. E no Maranhão não é diferente.
Genros, filhos, parentes e afilhados dessas autoridades disputam cargos
eletivos respaldados pelo poder e pela influência dessas autoridades em
“convencer” prefeitos e vereadores do interior a os apoiarem.
Sabe-se que a maioria dos gestores
públicos quando não tem pendências no Poder Judiciário, fatalmente se enrolam
nos tribunais de contas. Orientação daqui, acertos dali e as coisas vão
entrando nos eixos para a alegria dos “agentes” envolvidos nesse processo
espúrio que nunca chega plenamente ao conhecimento do povo nem do eleitor que
vota, em sua grande maioria, por indicação do chefe político do seu município.
Há magistrado (a) com genro deputado,
ministro do TCE com filho prefeito e, nas eleições do próximo ano o número de
candidatos ligados familiarmente a essas autoridades deve crescer bastante. E
assim e aos poucos esse grupo de poderosos que deveriam fiscalizar e punir os
corruptos, direta ou indiretamente, apóia a malandragem dos políticos
desonestos e esquece as suas primordiais funções, especialmente aquela de
salvaguardar o direito do cidadão.
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