O verso que inicia e eternizou a canção de Gonzaguinha bem que poderia se adequar a vida de Antonio Carlos Campos Abreu, ou simplesmente Tonho Abreu. Afinal de contas foi assim que ele sempre viveu a vida: com alegria. E era assim que ele encarava a vida: sem vergonha de ser feliz.
Nascido no povoado Alegre (Morros), Tonho trazia na personalidade a etimologia do lugar onde nascera: a alegria, a simpatia, a cordialidade. Estas qualidades, diga-se de passagem, são atributos da família. Fiz-me amigo de Tonho Abreu por intermédio do meu dileto companheiro de 8ª série, o seu irmão José Guilherme Campos Abreu, por quem até hoje tenho profunda amizade.
Pois Tonho era assim. Tinha amizade verdadeira por seus amigos. Alegre, comedido, gentil e respeitador eram algumas das suas muitas qualidades. Aliás, estas qualidades o acompanharão certamente em sua nova missão.
Tonho Abreu era assim: um eterno aprendiz... ainda que fosse mestre na arte de ensinar.
Mas e a vida? O que é a vida, meu irmão? Será a batida de um coração? Ou será uma doce ilusão? O poeta nos brinda mais uma vez. Será maravilha, será sofrimento?
Um dia, passaremos as cortinas do tempo e seremos lembrança. O meu amigo Tonho Abreu hoje é lembrança, afinal, do outro lado, quis o Divino Criador que ele semeasse os versos da nossa gente, e ele se foi.
“Há quem fale que a vida da gente é um nada no mundo, é uma gota, é um tempo que não dá um segundo...”, é.., pode ser, pois nos desprendemos do corpo numa fração de segundo. Foi assim com Tonho. Mas certamente nos eternizaremos nas boas ações que realizamos e nas amizades que cultivamos. Tonho Abreu fez e fez bem as duas coisas.
Agora, com certeza, haverá de ministrar aulas no céu. Será certamente um dos professores da escola do grande Mestre. E entre anjos de luz velará, lá de cima, os nossos passos aqui na Terra. Enquanto isso nós, simples mortais, queremos crer que assim é a vida , cá e lá, e ela é bonita, é bonita, e é bonita!
Aplausos pelo que foste e sempre será!
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