Por Marcondes Serra Ribeiro
Todo trabalho com boas músicas é proveitoso, por isso gosto da arte musical e das outras formas artísticas nas escolas, compondo as atividades do processo educacional!
As músicas, com poesias
maravilhosas e arranjos de sons geniais, inspiradas no amor, exaltantes dos
bons relacionamentos, que contextualizam lições de vida, trabalhadas com
expressivo lirismo e esmerada construção, às vezes, levam-nos à análise
detalhada da mensagem e consequente admiração da sensibilidade, habilidade, da
inteligência artística dos grandes compositores. Isto se torna especialmente
prazeroso quando se tem amigos que se afinam conosco pelo mesmo gosto musical, com os quais se
possa desfrutar momentos melodiosos, discutir, argumentar sobre a obra,
estender as ideias e concluir o quanto há de belo e poético na genialidade
d’algumas citações, que podemos comprovar em nosso cotidiano.
Assim é que cultuo admirações gratas por tão
poucos compositores nacionais, independentemente de suas pessoalidades, ligado
unicamente em suas expressivas artes musicais encantadoras, significativas: Caetano,
Gilberto Gil, Belchior, Geraldo Azevedo,
Milton, Chico, Djavan, Zé Ramalho, Gonzaguinha, Jorge Vercillo, Zeca Baleiro,
Luís Gonzaga, Renato Russo, Cazuza e o próprio Roberto em sua
coerente e límpida simplicidade de musicalizar o amor, a amizade e a fé!
Natural e perfeitamente fácil de
entender é o senso aguçado e apurado da sensibilidade que nos toma e domina por
completo, quando escutamos algumas músicas que nos transportam no tempo,
fazem-nos saudosos dos amores vividos, dos cenários onde transcorreram e
deixam-nos ansiosos por revivê-los.
Certas músicas tornam-se tão
apropriadas, perfeitas e encaixadas em nosso viver sentimental, que nos induzem
a apropriarmo-nos delas como se realmente fossem de nossa autoria. Se se
referem ao amor e pararmos para tentar interpretar, entender esse nobre
sentimento, o mais fácil é personifica-lo em alguém que amamos, porque serão
tentativas vãs - já diziam os grandes e sensíveis escritores em suas
investiduras poéticas.
Mas ... O que é mesmo o amor?
Tentar explicá-lo com lembranças
é atribuir-lhe um dorido tom nostálgico, pois invariavelmente incidente sobre
alguém que o personifique, porque não se saberia interpreta-lo de outra forma, sem a indutora
simbologia. Qualquer tentativa será falha em algum ponto, e quando
tentamos demonstra-lo, também não o
fazemos devidamente. Algo que o compõe fica retido pelas circunstâncias do momento,
do próprio ser que ama ou daquele que é amado. Melhor mesmo é amar da forma que
é possível, no presente, ou sonhar em construí-lo, tentando sempre mais uma vez
amar!
Por isso é que se deve cativar
quem nos encanta, e isto é bem mais fácil quando se aproveita o embalo do
instante mágico e envolvente de boas músicas!
Domingo é um dia bem propício ao
deleite musical. Aproveitemo-lo!
Marcondes Serra Ribeiro é professor e poeta joanino.
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