Vendido como um
homem acima de qualquer suspeita, Bolsonaro elegeu-se Presidente do Brasil,
mesmo depois de ter uma atuação pífia nas quase três décadas como deputado
federal. Sempre integrou o chamado baixo clero e ficou mais conhecido pelos
destemperos verbais e pelas muitas confusões em que se meteu do que por
qualquer outra atitude louvável. Mesmo assim fora visto como novidade. E deu no
que deu.
Eis que agora
ele se vê em meio a um redemoinho até então inexplicável e controverso, às
vésperas de sua posse. Trata-se do caso em que um ex-assessor de seu filho, o
deputado estadual, Flávio Bolsonaro, eleito agora senador pelo Rio de Janeiro,
foi identificado pelo Coaf como alguém que movimentou mais de 1 milhão de reais
em um ano em sua conta pessoal, sem que tenha proventos suficientes ´para isso.
Estas relações
entre familiares do ex-assessor e os Bolsonaros chega também até o presidente
eleito, Jair Bolsonaro, uma vez que uma filha do ex-assessor também esteve
lotada nos gabinetes do filho e do pai, inclusive sem a devida comprovação de
que realmente dava expediente.
A suspeita é de
que uma velha prática que ocorre nas casas legislativas também fora praticada
pelo clã de quem sempre se disse impecável e estritamente correto, a de
empregar funcionários em seus gabinetes e reordenar salários desses servidores,
ou seja, o funcionário recebe o salário pago em contracheque e repassar metade
para o parlamentar, via algum assessor de confiança.
Se nisto não há
ilegalidade, no mínimo tem imoralidade e como se vê, Bolsonaro é só mais um,
igualzinho a muitos políticos por este país afora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário