Em 1987 Renato Russo lançou a
música que se intitula “Que país é esse?” E nos últimos dias uma boa parte dos
brasileiros também se perguntou: Que país é este? Em que se transformou o Brasil?
O que poderá acontecer com o Brasil? A
avassaladora onda de manifestações pró e contra o governo e pró e contra o
ex-presidente Lula dividiram as opiniões, acirraram os ânimos e puseram
cidadãos comuns em pé de guerra. Incendiados pela mídia global, as pessoas
tomaram partido sem sequer saber realmente o que é que está acontecendo. Afinal
qual é o crime de Lula? E por que estão condenando a presidenta Dilma? Afinal,
desde quando atrasar pagamentos constitui um crime capaz de gerar um
“impeachment” de um chefe de estado? Ou estamos fazendo julgamento político? Nas
redes sociais a guerra é visceral. De um lado os que defendem, de outro os que
não só acusam, mas já condenam.
Em meio a isso um país que
cambaleia numa crise política e econômica, patrocinada pela própria classe
política, que outrora se beneficiou dos bons tempos da governança petista. Há
de reconhecermos que houve erros na condução da política estabelecida pelo
governo, ao longo dos últimos anos. Mas, convenhamos, há também muitos acertos.
Políticas que fizeram o país sair de uma economia recorrente a empréstimos
internacionais, e tornar-se a sexta economia do mundo, programas sociais que
permitiram a milhões de brasileiros mudar de vida, e pra melhor.
Como resultado de tudo isso,
vemos uma democracia ameaçada. As instituições perdendo suas competências e sua
credibilidade. E o que pode acontecer nos próximos dias ninguém pode prever.
Esperamos que prevaleça o bom
senso e que vença a democracia!
Pelo
bom senso (I)
No cenário
atual, sobra parcialidade, mas o bom senso às vezes parece estar em falta. Por
exemplo, a relação que os manifestantes tentam fazer entre a corrupção e o PT é
perigosa.
Tem que ser
muito ingênuo ou mal-intencionado para pensar que um partido tenha monopólio em
atos ilícitos. Se uma investigação só olha para um lado, corre o risco de virar
jogo de uma disputa política. É o que está parecendo. E nesse ponto, a oposição
vê nesse clima de julgamento, a oportunidade para começar a ganhar as eleições
de 2018. Tirar Lula da jogada parece ser o mote principal.
Daí que o
debate deveria ter mais enfoque em temas fundamentais – como, por exemplo, se o
sistema político atual, com o seu excesso de partidos, funciona como um convite
à corrupção, pois a governabilidade vira um balcão de interesses particulares.
Será que, em
meio ao ódio e a recriminações da turbulência atual, a maior oportunidade não
está sendo desperdiçada – aquela de buscar um sistema político mais eficaz?
Fica a dica!
Pelo bom senso (II)
Justiça seja feita, o governador Flávio Dino tem sido uma das lideranças políticas
que mais tem feito a defesa do governo e, sobretudo, da Democracia, da
Constituição e do Estado de Direito, neste momento em que está em andamento
mais um golpe de Estado. Um golpe comandado por uma elite política que sempre
foi beneficiária dos esquemas de corrupção que corroem os cofres públicos. Mais
uma vez, como em 1964, usam o discurso do combate à corrupção para justificar o
golpe. Flávio ainda fez questão de frisar que não defende interesses pessoais
ou de grupos. “Defendo o Estado de
Direito, a Constituição de 1988 e a legalidade. Assim continuarei”,
acrescentou. O governador, magistrado que é, sabe o que diz! Não se omitiu e tomou partido em defesa do que acredita – democracia e legalidade – indiferente às
críticas dos manifestantes de ocasião, que mudam suas opiniões ao sabor do
disse-me-disse.
Aniversário do Fórum da
Baixada
Ocorreu nesta sexta-feira última (18/03) um
coquetel alusivo à comemoração do primeiro aniversário do Fórum da Baixada
Maranhense, ocorrido na AABB, no calhau. Os forenses aproveitaram para intensificar
a campanha pelos “Diques da Baixada já”, e ao mesmo tempo homenagear
personalidades que de uma forma ou outra contribuíram e contribuem para garantir
a realização desta magnânima obra para a região da Baixada. Foram homenageados
o Dr. João Martins (Ex-Superintendente da Codevasf e atual Superintendente do
SEBRAE), Dep. Jota Pinto (Criador da Frente Parlamentar de defesa da Baixada
Maranhense), Dr. Claudio Azevedo (Ex-Secretário de Agricultura do estado), Dr.
Celso Dias (atual Superintendente da Codevasf), Dep. Aluísio Mendes (relator na
Câmara do Projeto que amplia a atuação da Codevasf para todo o Estado) e o
Senador Roberto Rocha (autor do Projeto no Senado que amplia a área de atuação
da Codevasf para todo o Estado).
Nova gestão, novo
momento
As recentes mudanças que
atingiram a Secretaria de Educação do Estado já se fazem sentir. A Unidade
Gestora de São Luis (URE), que se manteve inerte todo esse tempo, ganhou ares
de mobilidade e rapidez. Foi indicada e já tomou posse a sua atual gestora, a
Professora Eva Moraes, que pretende junto com a sua equipe fazer um trabalho de
excelência junto às unidades escolares. Na gestão pedagógica está também o
Professor Jeferson Plácido. Todos advindos do chão da escola. Parabéns e
sucesso aos novos gestores da URE/São Luis.
Um aviso apenas
Defender a
democracia é defender a possibilidade de sermos quem somos, é afastar o
fantasma de um totalitarismo que achata as existências humanas em uma massa
homogênea, é reconhecer que o outro é também humano e ao mesmo tempo único. Aos que se insurgem ao sabor de uma mídia
tendenciosa, cabe uma reflexão, pois sem ter motivos de fato para pedir
um impeachment, querer derrubar a presidenta eleita é golpismo vulgar, não
muito diferente de inconformismo de uma criança mimada.
Tenho dito!
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