Campos da Baixada Maranhense |
Este artigo é em nome de toda
uma região – a Baixada Maranhense. Uma grande área constituída de 21 municípios
que apresentam uma mesma característica: suas terras estão quase ao nível do
mar. É por assim dizer uma região de terras baixas. Seus campos verdejantes
misturam-se aos inúmeros lagos e enseadas, proporcionando um colorido sem fim
de belezas infinitas.
Recentemente o IBGE redefiniu
em estudo os municípios que compõem a região da Baixada Maranhense. O número de
municípios permanece o mesmo, porém não fazem mais parte da região, muito
embora mantenham as mesmas características físicas e culturais, os municípios
de Cajapió, Bacurituba, Bequimão e Alcântara, os quais passaram a integrar a
região do Litoral Ocidental Maranhense, ao lado de Mirinzal, Guimarães, Bacuri,
Cururupu, Central, Cedral, Porto Rico, Apicun-açu e Serrano do Maranhão.
Na nova configuração regional
do estado, embora apresentem características e relevo um pouco distintos, o
IBGE incluiu os municípios de Conceição do Lago-açu, Igarapé do Meio,
Bela Vista e Monção, que ao lado de Santa Helena, Pinheiro,
Presidente Sarney, Pedro do Rosário, São Bento, Palmeirândia, Peri-Mirim, São
Vicente Férrer, São João Batista, Olinda Nova, Matinha, Penalva, Cajari, Viana,
Vitória do Mearim, Arari e Anajatuba, fazem a grande nação de baixadeiros.
Esta vasta região, que bem se pode chamar de “pantanal
amazônico” é uma imensa região formada por cadeias de lagoas com extensos
pântanos e campos inundados periodicamente, onde está situado o mais extensivo
refúgio de aves aquáticas da região nordeste. A Baixada Maranhense estende-se
por mais de 20 mil quilômetros quadrados, nos baixos cursos dos rios Mearim e
Pindaré, e médios e baixos cursos dos rios Pericumã e Aurá, reunindo um dos
maiores e mais belos conjuntos de lagos e lagoas naturais.
Além do maior conjunto de bacias lacustres do
Nordeste, onde se destacam os lagos Açu, Verde, Formoso, Carnaúba, Aquiri,
Coqueiro, Itãs, Maracu e Jatobá, a região possui extensos manguezais e
babaçuais, estes nas áreas mais altas. Este complexo de lagos da Baixada
constitui uma região ecológica de distinta importância no Estado e no Nordeste,
não só como potencial hídrico, mas pelo papel socioeconômico que representa
para toda a população ribeirinha, haja vista a produção de pescados que
alimenta a grande população local dos municípios desta região, bem como parte
da capital do estado.
O que chama a atenção de nós, baixadeiros, e deve
chamar a atenção dos governantes é o fato de que esta é uma região
potencialmente rica, porém mal percebida. A exploração de suas riquezas
naturais é depredadora e a ação do homem, muitas vezes de maneira irracional,
já torna algumas áreas em elevado estado de degradação. Políticas de incremento
para a potencialização das riquezas desta região já são mais que necessárias e
devem estar, de verdade, na ótica dos novos governantes. Mas esta já é outra
história.
Aguardem, “Em nome da Baixada Maranhense” (Parte
II)!
(Artigo publicado no Jornal Pequeno de 02 de dezembro de 2013)
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