São
Luís não foge à regra das demais capitais brasileiras. A explosão desordenada
das áreas periféricas, onde na maioria das vezes impera a lei de quem mais tem
e mais pode, e onde a presença do poder público é algo apenas imaginável, é
apenas um dos muitos fatores geradores da violência urbana.
Entretanto
como elemento preponderante desta escalada da violência está a incompetência
dos governos responsáveis pelas políticas públicas de responsabilidade do
governo estadual e governo municipal. Associam-se às duas esferas
governamentais, porque o descaso de um, gera o mal feito do outro, ou “o por
fazer do outro”. Um exemplo disto seria, se a Prefeitura nega a iluminação
pública, e as ruas são quase intransitáveis, fica difícil fazer segurança. E
esta não acontece por diversos fatores, os quais podem ser resumidos em um só:
a falta de uma política de segurança pública.
Assim,
como vemos, uma coisa puxa a outra. Se um faz, o outro desmancha. Se um começa
o outro não termina. E assim caminha, desgovernada, a massa são-luisense.
Nos
últimos meses, o número de homicídios vem batendo recordes. Morrem em média três,
quatro por dia, enquanto outros tantos ficam jurados para o dia seguinte. Tem
sido assim. No último final de semana foram mais de quinze homicídios. Cada um
mais brutal que outro. Nesta guerra tombam homens de bens, gente inocente, e
também os que se envolvem com o submundo do crime e com as drogas. As
estatísticas são estarrecedoras. Em sua maioria, os mortos desta guerra são
jovens entre 15 e 25 anos.
A
sociedade clama pelo fim da violência. Urge que as autoridades façam alguma
coisa em conjunto. Urge que os poderes constituídos dispam-se de suas
arrogâncias e ouçam os gritos das ruas. Uma nova legislação se faz mais que
necessária. É preciso que cada um faça sua parte. É necessário que os poderes
constituídos se irmanem num só objetivo, mas que da mesma forma, pais e filhos
repensem suas criações. Estabelecer limites já é um bom começo, pra não se
antecipar um fim.
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