Vereadores eleitos em 2012 |
Há de se ver que a política
está mudando. É cada vez mais patente a distritalização do voto. Calma eu
explico. Refiro-me à forma de o eleitor cada vez mais votar nos candidatos de
sua região, de sua comunidade. Ou quando não, banir aquele que se dizia dono
dos votos de algum povoado, e experimentar um novo candidato.
É assim analisando que vejo que
alguns políticos já podem pôr suas violas no saco. Pois não conseguem mais
encantar os eleitores mais próximos de si. E ainda que teimosos, são cada vez
mais rechaçados pelas novas gerações que votam ao bel-prazer de suas
conveniências.
Percebe-se claramente que
aqueles que costumavam ganhar em alguns redutos perderam esta primazia. Cedem
lugar para outros. Novas lideranças surgem de maneira surpreendente. Pode se dizer que é uma maior
conscientização do voto? Talvez sim, talvez não. Mas o certo que é que a
dinâmica da política se faz acontecer a cada novo pleito.
Por exemplo: O vereador Mecinho que vai para o quarto mandato e
desta vez com a segunda maior votação, mesmo assim já não é o preferido dos
eleitores de Raposa e Santa Rita, tidos antes como suas
principais bases eleitorais. Nestas localidades venceram os também eleitos
vereadores Luiz Everton e Uira, respectivamente.
Renato Abreu |
Em Santana, berço de Renato
Abreu, que antes lhe rendia a supremacia dos votos, há muito já lhe vem
dizendo não, principalmente a cada pulo que o candidato experimenta. Desta
feita o favorito foi o candidato Assis
Araújo, que ficou na primeira
suplência de sua coligação.
Chico
de Nhozinho é uma emergente liderança que surge na região
de Enseada dos Bezerros destronando
o vereador Bitinho Batata, que mesmo
desencantado da política, intercalou três mandatos de vereador e desta vez
lançou sua filha Célia Batata. Célia
não se elegeu, nem Chico. Ambos ficaram na primeira suplência de suas
coligações. Já o Sarnambi, terra de
Antônio Silva, ou simplesmente AS,
resolveu apostar em outro comunitário e deu ao candidato Clécio a maioria dos votos. Renato
Machado correu quietinho e levou a segunda maior votação daquela região,
elegendo-se para a surpresa de muitos como o segundo vereador do Partido dos
Trabalhadores (PT). AS sobrou mais
uma vez.
Vereadora Cristina |
Na área dos campos prevaleceu o
trabalho e a assistência dada pela candidata Cristina Figueiredo e seu esposo Chico de Lindoca, seu guia político, aos moradores daquelas
localidades. Com isto Cristina foi de novo a mais votada da região Coroatá, Beira da Baixa, Pirapendiba,
e adjacências. Elegeu-se bem como a única de sua coligação. Com igual primazia
votou o Quiá, que mesmo sem ter o
apoio declarado do seu cunhado, o vereador Júnior de Fabrício, que concorria ao
cargo de Vice-Prefeito, fez do professor Valdecir
Pinto, umas das novas lideranças políticas da região. Valdecir que entrou
na disputa com o jogo já começado, mesmo assim mostrou bom desempenho
eleitoral.
A Olinda dos Aranhas não negou a Luiz
Everton a liderança dos votos que caem lá. Luiz voltou à câmara de
vereadores depois de um interstício de dois mandatos. Um feito raro na política
de hoje. Mantendo sempre uma boa votação, Luiz
Everton elegeu-se desta feita pelo PCdoB, na mesma coligação que elegeu o
prefeito Amarildo Pinheiro.
Vereador Cabeça |
O velho Cabeça, vereador de cinco mandatos consecutivos, mesmo
marcado para morrer (entende-se perder),
provou que tem um eleitorado cativo, em sua maioria pra lá das águas do Boqueirão. Elegeu-se como o último de
sua coligação, emplacando assim o sexto mandato consecutivo, honraria conseguida por poucos políticos aqui na
terrinha. Com feito maior que este só o ex-vereador Santinho Gomes, que teve sete mandatos.
A classe dos pescadores também
mandou para a câmara, após sucessivas tentativas, o seu representante. Elegeu o
atual presidente do Sindicato dos Pescadores, Dezinho. Aos 62 anos de idade, o mais velho da nova câmara é um
experiente em disputas eleitorais. Além de eleger-se também elegeu a sua atual
esposa no município vizinho de Cajapió.
Igualmente eleitos os
vereadores Louro, que vai para o
terceiro mandato, e o Prof. Ivan que
estreia no parlamento, tiveram suas votações bastante pulverizadas. Louro
manteve suas bases nos povoados Centrinho
e São José, enquanto Ivan experimentou a força do poder
conveniente e o voto ligado à educação. Rui
Serra o outro vereador eleito, sentiu o peso do poder da presidência da
Câmara e não teve o mesmo desempenho, se considerarmos a relevância do cargo
que exerce na casa legislativa.
De uma forma ou de outra, a
câmara está reunida. Deu quórum! Com a palavra os vereadores eleitos...
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