A palavra “política” provém do
grego “politiká”. Tal palavra era usada para se referir a tudo relacionado à
Polis (cidade-estado) e à vida em coletividade. Sendo assim a política está
diretamente relacionada com a vida em sociedade, no sentido de fazer com que
cada indivíduo expresse suas diferenças e conflitos sem que isso seja
transformado em um caos social.
A grande maioria das pessoas
acha que política é uma atividade relacionada com governo, partidos políticos,
esfera pública, ideologia, etc. Quem assim pensa ou pensou até hoje, não
entendeu e não entende nada de política, e nessa esteira, o nosso universo
político está cheio.
A política não está presente só
na vida pública. A política é uma atividade humana. Portanto, dentro de casa,
nos negócios, nas empresas, nas escolas entre alunos e professores, entre
marido e mulher, em todos esses ambientes a política está presente. E com ética
deve ser exercida.
Exatamente isto é o que se deve
exigir de um político quando pensamos em lhe creditar o voto: que ele seja
ético, que pense no coletivo e que tenha uma visão plural das políticas
públicas a serem implantadas no espaço que pretende representar.
Lamentavelmente não é o que se vê, em particular na nossa política.
Ora, se nos sentimos enojado
com a política que é feita sobre as nossas cabeças, lá em cima, seria de boa
ética que aqui embaixo pudéssemos agir de modo diferente. Isto cabe aos dois
personagens desta epopeia: ao político e ao eleitor. Seria o caso de punir os
corruptos que querem renovar seus mandatos, mas nem sempre é isso que acontece.
Muitas vezes os reelegemos. Daí, depois de nada adianta reclamar quando os
políticos sem ética começarem a aprontar suas presepadas. Por outro lado, o
político calça-curta, nos rincões interioranos também se espelha nos políticos
de altas patentes.
Está em moda, neste tempos de
eleições municipais, uma modalidade da “política” e de “useiros da política”: a trairagem. Esta consiste em expor o
caráter vil daqueles que precisavam ser éticos e se postam como verdadeiros
enlatados de prateleiras, ou simplesmente mercadorias. Vão-se ao sabor do vil
metal, do “quem dá mais”. Então há de se perguntar: são esses os políticos que
nós queremos? São esses os políticos que precisamos? Certamente que não!
Só teremos bons gestores quando
verdadeiramente soubermos escolher os nossos representantes na sua plenitude,
sejam para o executivo ou para o legislativo. É hora de banir os que se
locupletam, os que só olham para seus umbigos. Não cabe mais na política os que
não possuem ideologia, os que mudam ao sabor das ofertas, os que não suportam
os revezes da própria conjuntura política. A política é feita de situações, e
para enfrentá-las, o agente político precisa ter postura.
A retidão de caráter deve ser a
maior das virtudes daqueles que se dispõem a ser representante do povo. Se não,
como confiar o voto a quem não preza à moral e à condição de homem público? Que
ideia faz aquele que foi persuasivo junto ao político que age com desonestidade
e venalidade? Quem compra e quem vende apoio/votos são igualmente merecedores
da repulsa do eleitor.
Na política, perder ou ganhar é
parte que cabe aos agentes da política. E é preciso resistir. Vencer deve ser
mérito e prerrogativa do povo apenas. Ao eleitor cabe o julgamento dos
políticos que queremos.
P.S.: Qualquer associação ou semelhança com algum caso que você conheça não terá sido mera coincidência.
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