Todas as lideranças
políticas usadas pelo governador para chegar ao poder no Maranhão – e depois
descartadas por ele – hoje se voltam contra o seu candidato a prefeito, numa
derrota anunciada que tende a reverberar em 2022
Os arroubos autoritários do
governador Flávio Dino (PCdoB) e seus auxiliares mais dependentes neste segundo
turno eleitoral revelam um desespero diante de uma tragédia anunciada.
Com seu candidato debaixo do
braço, ele deve perder a eleição de domingo, 29.
Mais além da derrota de Duarte
Júnior (Republicanos) – que não conseguiu unir a base governista em torno de si
– o segundo turno das eleições em São Luís revela a Flávio Dino como a história
pune os ingratos.
Todas as lideranças políticas que
ajudaram a fazer de Flávio Dino uma figura política, hoje se voltam contra ele
nestas eleições: do ex-governador José Reinaldo à ex-primeira dama Clay Lago;
do ex-ministro Edson Vidigal ao ex-presidente da OAB-MA, Mário Macieira.
De uma forma ou de outra, Dino
usou este pessoal e os abandonou à própria sorte, preferindo buscar adoração em
seus pupilos idólatras no governo e na mídia.
Mas a fatura chegou.
A realidade imposta nas eleições
de 2020 mostra que o governador comunista não tem grupo, não tem seguidores, a
não ser uma meia dúzia de puxa-sacos, e não tem, sobretudo, conselheiros, que
se decepcionaram com sua trajetória.
A pouco mais de um ano de deixar
o cargo (em abril de 2022), Flávio Dino começa a perceber que a liderança que
ele achava ter na verdade não existe. Ele é apenas mais um governador que usa o
mandato para forjar poder. E geralmente, nestes casos, o poder se esvai com o
fim do mandato.
É óbvio que o comunista – que
sonhou e ainda sonha ser liderança nacional – vai continuar a usar o cargo para
criar uma bolha de poder em torno de si; mas já começa a parecer apenas uma
caricatura do que foi na eleição de 2014.
E quanto mais se aproximar o fim
do mandato, menor ele ficará em relação à classe política.
É a história punindo a sua
ingratidão…
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