Por Flávio Braga
Dr. Eulálio Figueiredo |
José Eulálio Figueiredo de Almeida nasceu no dia 12/02/1960, em São João
Batista, no coração da Baixada Maranhense. Migrou com a sua família para São
Luís em 1963, e morou no bairro do desterro até 1997.
É Juiz de Direito desde 1991 (aprovado em 1.º lugar) e professor de
Processo Penal na UFMA há 33 anos. Possui especialização em Ciências Criminais
e em Processo Civil. É membro da Academia Maranhense de Letras Jurídicas e
Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social
Argentino. Atuou como membro efetivo do TRE no biênio de 2013/2015.
Eulálio Figueiredo é um tribuno a toda prova. Maneja como poucos o dom
da oratória e se expressa com invulgar fluência verbal e intelectual, sempre
com muita eloquência, polidez, galhardia e desfiando um português escorreito,
portando-se com o mesmo denodo em suas aulas e palestras. Além de homem versado
na ciência do Direito, é poeta, escritor, cantor e compositor de toadas de
bumba-boi e de marchinhas carnavalescas.
Publicou as seguintes obras literárias: Suspensão do processo e da
prescrição penal(1998); Decisões administrativas (2002); Sentença penal:
doutrina, Prática e jurisprudência (2002); Anatomia do ser (1999); Milésima
face (2000); O crime da baronesa(2004); O processo das formigas (2011); Vidas
profanas (2015) e O Crime do Desembargador Pontes Visgueiro (2018). Autor de
vários artigos científicos, é citado por juristas de escol como Theotônio
Negrão, Tourinho Filho, Damásio de Jesus, Alberto Silva Franco, dentre outros.
É autor de diversas toadas de bumba-meu-boi, como estas: Lamento de um
caboclo; Visita ao mar; Lamento de um estudante; Minha prece; Prece da saudade;
São Luís, minha ilha bela!; Passeio no mar; Menestrel da Baixada; Mar dos
amores; Ganhei o meu dia; Tempo de cantoria.
A sua verve engenhosa fez brotar 14 marchinhas, carregadas de trocadilhos,
malícia e fino humor irônico, como: Mensalão(premiada no festival de marchinhas
da TV Mirante em 2006); Pedaladas carnavalescas(classificada no festival de
marchinhas do programa Fantástico da TV Globo); Receita da vovó (selecionada
para o festival de marchinhas da TV Mirante em 2009); Traidores da Pátria e CPI
do carnaval. Todas fazem irreverência e sarcasmo com a cena política
brasileira. Em 2018, estourou nas rádios e no carnaval de rua a música
Pesque-pague do pacu, em que o poeta-compositor, a pretexto de recomendar uma
dieta à base desse peixe, produziu mais uma espirituosa marchinha.
Para o carnaval de 2019 o juiz-compositor lançou a marchinha Festa do
peru, que foi classificada para o festival de música carnavalesca de
Imperatriz. Trata-se de composição melódica, com pitadas de humor picante e
versos de duplo sentido (figura de linguagem predominante nas marchinhas de
carnaval).
Consta do seu repertório, além de boleros gravados pela cantora Eugênia
Miranda, como Dúvida, outras canções em que exalta os grandes cantadores de
bumba-boi do Maranhão, como Humberto do Maracanã e Coxinho.
Na literatura, por ser autor da trilogia criminológica maranhense (O
crime da baronesa, O processo das formigas e O Crime do Desembargador Pontes
Visgueiro), em que aborda crimes que marcaram a história do Judiciário
estadual, tem sido cognominado por alguns amigos e leitores de o “Jorge Amado
do Maranhão”.
É esse cabedal de atributos e virtudes que singulariza o joanino
talentoso, versátil e de boa cepa, Dr. Eulálio Figueiredo, e a sua vasta obra e
cultura jurídica, aos quais rendo minha justa homenagem na condição de
porta-voz dos ecos da Baixada Maranhense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário