domingo, 3 de janeiro de 2016

Da Coluna do Jersan

(Texto publicado na Edição de hoje do Jornal Pequeno, 03.012016)


SEM NOVIDADE

O ano de 2016 começa como acabou o de 2015, sem novidades há não ser aquilo que vem sendo anunciado e denunciado desde 1914: desemprego crescendo, inflação subindo, salários congelados, governo gastando mais do que arrecada, corrupção e violência desenfreadas, Dilma caindo nas pesquisas, desconfiança nas instituições públicas por parte da população, enfim “continua tudo como dantes, na casa de Abrantes”.
Na verdade o ano começa mesmo só depois do carnaval. Congresso Nacional, Poder Judiciário, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais estão em recesso. Processos contra parlamentares e o impeachment ficarão em “banho Maria” e a expectativa é a de que esse tema ainda vai demorar a ser resolvido. O caminho do pedido de afastamento da presidente da República caminha para o arquivamento e o deputado Eduardo Cunha, para que as coisas não passem, vergonhosamente, a ser considerada uma grande pizza deverá perder a Presidência da Câmara. Talvez!...
O povo, pelo que parece resolveu se manifestar somente atrás das pesquisas perdendo o interesse nas manifestações das ruas. É o descrédito popular, também, com relação ao Poder Judiciário e, especialmente, nos políticos que tem o poder de decisão e só decidem alguma coisa em benefício dos próprios interesses.     

Santa chuva na Baixada!

As primeiras horas do ano novo foram de bênçãos à nação baixadeira. A chuva que também caiu aqui em São Luís, molhou e bem os esturricados campos da Baixada Maranhense que ainda passa pela maior estiagem dos últimos tempos. Foram unânimes os votos de “graças” advindos de um povo que vive as amarguras da seca, e das extremas dificuldades causadas pela falta de água. Segundo as tradições passadas pelos mais velhos, os anos que costumam ter “chuva” no primeiro dia do ano, tendem a ser chuvosos. Se se confirmarem estas tradições – e nós queremos que se cumpra – este ano será de boas chuvas ao nosso Estado em especial à região da Baixada.
Para esta região, também conhecida como pantanal maranhense, as chuvas têm importância particular, uma vez que representa a vida e as condições de subsistência dos “campeiros”, como são chamados os que habitam essa região.

Diques da Baixada já!

Estas amarguras por que passam os baixadeiros certamente seriam amenizadas e muito se já estivessem construídos os já há bastante tempo pensado “Diques da Baixada”. Estes diques, que são extensas barragens que têm o propósito de garantir um certo nível de água nos campos naturais, tornando assim propícios para a criação das espécies nativas de peixes, patos, porcos, além de servirem para viveiros e reprodução de aves aquáticas são por todos os “baixadeiros” esperados com ansiedade, uma vez que só esta obra pode garantir o habitat das espécies e do homem campeiro. Além de todas estas peculiaridades, a construção dos diques tem outra primordial importância ao meio ambiente e ao ecossistema de toda uma região, que é o de conter a invasão da água salgada e o avanço do mar pela rebentação das áreas de igarapés que escavam continente a dentro.
Assim, desta feita, é preciso que o governo do estado, assuma pra si esta responsabilidade e urja junto aos órgãos do governo federal a imediata construção dos “Diques da Baixada”.

Este ano é a vez do povo!

Não que este ano seja o ano que a gente sempre quis que acontecesse. Que tenhamos aumento de salário acima da inflação e que todas as nossas perdas salarias sejam recompostas; que os impostos sejam reduzidos a cargas suportáveis; que os preços de todos os produtos de consumos sejam reduzidos; e que não tenhamos nenhum novo escândalo de corrupção. Nada disso! Querer isso é sonho...!
2016 é a vez do povo porque é ano de eleições, e cabe ao povo dar a resposta a toda essa corja de políticos ruins (prefeitos e vereadores) produzidos na última eleição. É a hora de banir os que só envergonham os parlamentos municipais e deixam com suas ganâncias as populações dos municípios mais pobres. Mas é hora também de reconduzir os bons gestores, aqueles que desenvolvem políticas públicas que permitem o desenvolvimento de seus munícipes, os que cuidam de suas cidades!
Somos nós, povo, que temos o poder agora! Usemos de forma consciente e responsável, para que depois não soframos as consequências! Pois, não adianta ir para as ruas rugir como um leão, se na hora das eleições, na urna, você age como burro!

A propósito de 2016...

Esperamos tudo de bom... Esperamos que seja melhor que 2015. Que tenhamos paz, segurança, felicidade, alegria, saúde, dinheiro..., muito dinheiro! Que as nossas verdadeiras amizades sejam duradouras, quiçá eternas; que o nosso trabalho seja bem aventurado e que novas fontes de trabalho surjam aos nossos irmãos que buscam afirmação; que as nossas autoridades possam ter a luz da responsabilidade sempre acesa, e que o Senhor não os deixeis cair em tentação de qualquer ordem, sobretudo a pecuniária.
Que possamos estar mais conscientes de nossos deveres e direitos para com a nossa nação, que o nosso papel de cidadão seja “exemplo bom” para os demais concidadãos do mundo. É o que desejamos!
Que o ano novo traga consigo a possibilidade de você reorganizar a sua vida, consertar erros, fazer coisas diferentes. Essa promessa do ‘novo’ é fundamental para o bem-estar de cada um de nós. Aliás deixe que o ano-novo espere mais de você que você dele. Pois, de nada adianta mudar o número do ano no calendário se você continuar se programando do mesmo jeito que sempre fez, tendo as mesmas atitudes, as mesmas reações, deixando-se ficar na mesmice da velha monotonia.

Mude, que o mundo muda com você! Feliz 2016!

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