(publicada na Edição do Jornal Pequeno, deste domingo, 27.04.2014)
Cá
com meus botões (I)
Eu e muita gente ainda não engolimos
essa “saída” do candidato Luiz Fernando do páreo e da condição de candidato do
grupo sarneyzista. A coisa cheira mal. Nem tão pouco o dito ex-candidato veio a
público explicar os fatos. Apenas uma nota fria com palavras que não explicaram
o real motivo ou os reais motivos de sua desistência. Afinal de contas a
governadora se sacrificou ficando no governo, e ao que fora dito, para conduzir
a eleição do seu candidato. E agora? De uma hora pra outra não se fala mais em
Luiz Fernando nem pra suplente de senador? Aí tem coisa...
Como fica agora o político Luiz
Fernando?
Técnico respeitado, correto, sem mácula
(pelo menos aparente) e com experiência comprovada de “bom gestor”, estava
tranquilo no segundo mandato à frente da Prefeitura de São José Ribamar, quando
foi convencido da intenção de Roseana Sarney, que lhe queria como candidato a
governador. Até aqui tudo bem. Mesmo sem a unanimidade do grupo, pois alguns
agouros lhe minavam a escalada do seu nome junto ao eleitorado, mesmo assim,
Luiz Fernando fez e fazia o dever de casa. Peregrinou esse estado de ponta a
ponta, tornou-se conhecido, fez alianças em torno de seu nome e pelo seu nome e
caráter, até que de repente, não mais que de repente houvesse uma desistência e
um silêncio. Um silêncio mórbido.
Quem traiu quem...? É a pergunta que
hoje se ouve nos “senadinhos” da cidade.
Roseana Sarney traiu a Luiz Fernando ou
Luiz Fernando traiu a Roseana Sarney?
Como analisar a pontuação do Luiz
Fernando nas pesquisas, se de fato a campanha ainda não começou, ainda mais
sabendo do desgaste constante do governo de Roseana Sarney? Embora sentisse o
peso da máquina, ainda assim o candidato Luiz Fernando ia palmilhando o seu
caminho. Matava um leão por dia. Na sua luta quase solitária tornou-se
admirado. Isso é dito até por eleitores antisarneyzistas. Parece que faltou
unidade do grupo. E neste aspecto, parece que a governadora foi teimosa em
demasia. Arrogou-se unicamente a si o processo de sua sucessão. Cozinhou a
macaxeira e outros bichos de pena e de uivos. Resultado: bebeu o sumo amargo de
sua arrogância. Como se diz no interior, nem o mel, nem a cabaça!
Cá
com meus botões (II)
O que impressiona também, e os meus
botões não conseguem responder, é que, uma vez desistente o Luiz Fernando, não
coube à sarneyzada uma avaliação de outros prováveis candidatos a governador,
Gastão Vieira, João Alberto por exemplo. A condição de candidato caiu como uma
presente nos braços de Edinho Lobão. Até parece que este era o candidato que
realmente estava sendo gestado. Nada contra.
Mas e daí, qual candidatura sobrou para
o Luiz Fernando? Bem que poderia ser para senador. Mas por lá, já tem a “pedra”
Arnaldo Melo, Gastão Vieira e até Pedro Fernandes, que brigam pela condição de
escolhido. Para Deputado Estadual nem pensar. Ia de encontro à sua criatura, o
Prefeito de São José de Ribamar Gil Cutrim, que tem o irmão como candidato.
Para Deputado Federal, ao que parece, a porta também está fechada, pois Fredson
Froz, primo de Gil Cutrim e seu ex-chefe de gabinete também trabalha com vistas
a consolidar sua candidatura à Câmara Federal. E agora Rose? E agora Luiz?
E agora José?
Agora
é com Lobão Filho
Um grande marketing já foi montado em
torno do nome do agora (de repente, não mais que de repente) candidato a
governador do grupo da situação. Nada de Edinho. Muito menos Lobinho. Agora é
Lobão Filho. É uma estratégia para tornar menos pesado o candidato, uma vez que
é preciso associar ao nome Lobão – político de expressão nacional, deputado
federal, governador, senador e atual Ministro das Minas e Energia, nos governos
Lula e Dilma Rousseff, o novo candidato do grupo Sarney.
Edinho Lobão, como é mais conhecido no
meio político, apesar de estar exercendo a função de Senador da República,
nunca disputou nenhuma eleição. Sempre esteve mais à frente dos negócios da
família, e dizem com uma eficiência invejável. Seus lucros sempre beiram a casa
dos 30%. Mas isso já é outra história...
Enquanto
isso...
Enquanto isso as ruas dos bairros de São
Luís avançam para uma buraqueira só. Que digam os moradores do bairro da
Areinha e adjacências! A inoperância da SEMOSP é de causar raiva e de tirar
qualquer pacato cidadão do sério. O descaso é tão grande que, às vezes, quando
a “operação tartaruga” de tapa buracos chega a uma rua, os operários são
capazes de passar por cima de certos buracos e não taparem. Foi o que aconteceu
no bairro de Fátima. A operação esteve no bairro, mais precisamente na rua do
correio (Rua da antiga Rádio Timbira) e não tapou a enorme vala que há em
frente à SEIC (prédio da antiga Rádio Timbira). Por outro lado, Canidé na SMTT
chegou arregaçando. Tá mandando botar foto sensor em tudo que é avenida. Melhor
seria se também fosse recuperada a sinalização vertical, horizontal e os
semáforos da cidade.
Padre
Domingos Tibúrcio
O titular desta coluna, Jornalista
Jersan Araújo, lamentou profundamente a morte repentina do Padre Domingos
Tibúrcio, ocorrido na manhã da última terça-feira. O padre de 53 anos, era
natural de São João Batista e atualmente congregava na paróquia de Bacurituba.
O casal Jersan Araújo e sua esposa Dona Iracy, que eram muito amigos do Padre Domingos
estiveram, no seu velório e sepultamento que ocorreu ao meio dia da última
quarta-feira. A população de São João Batista, amigos, familiares e católicos
das cidades de Cajapió e Bacurituba se despediram do Pe. Domingos em missa de
corpo presente celebrada pelo Bispo da Diocese de Viana. A cerimônia fúnebre
contou com a presença de mais de vinte padres da região. Em cortejo, o corpo do
Padre Domingos foi sepultado no cemitério de Pedras, onde estão sepultados seus
avós, conforme era desejo do falecido. Que Deus o tenha no reino da glória!
Amém!
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