Por João Batista Azevedo
Publicada na edição deste domingo (19/Jan) do Jornal Pequeno
Maranhão:
um estado rico de povo pobre
Ainda repercute de forma
zombeteira nos quatro cantos da cidade a declaração da governadora Roseana
Sarney que atribuiu o crescimento da violência no Estado à condição de
crescimento e enriquecimento porque passa o Maranhão. Mesmo que isso seja um
dado confirmado pelo IBGE, que apontou um crescimento no PIB do Estado na ordem
de 10,3%, e que o coloca como a 16ª maior economia do país, o Maranhão continua
a amargar baixos índices de desemprego, péssimos índices na educação, enorme
déficit habitacional e uma produção que não chega a abastecer a mesa dos
maranhenses. Soma-se a isso tudo uma corrupção desenfreada que faz enriquecer
levas e levas de gestores públicos.
Podemos até ser um Estado rico,
afinal temos terras férteis, e chove bem por aqui. Mas também somos,
seguramente, um povo pobre. Sofredor. Aqui nos faltam políticas de
desenvolvimento, estradas, saúde e educação de qualidade. Nos faltam por aqui
mais investimentos e uma melhor infraestrutura nas cidades. E é diante desta
realidade que não se pode ficar tão somente alegre pelo crescimento do PIB
estadual, afinal, o Estado também cresceu em termos populacionais, somos agora
6,7 milhões de habitantes (o 10º estado mais populoso do país) e carecemos de
um governo que enfrente com seriedade os problemas inerentes a esse paradoxo de
riqueza e pobreza.
Cada
um fazendo a sua parte
A propósito dessa celeuma toda
que surgiu a partir de Pedrinhas, uma série de questionamentos vieram à tona. Em
meio a tudo isso algumas acusações, muitos culpados e nenhum inocente. O
governo foi ineficaz em sua responsabilidade e está pagando caro por isso. O
poder judiciário, a quem cabe julgar os milhares de processos que fizeram
abarrotar os porões de Pedrinhas de presos, também negligenciou. Resultado:
agora depois de explodido o grande barril de pólvora que é todo o complexo
prisional do estado, depois do “puxão” de orelha levado pela Ministro da
Justiça, depois da ameaça de intervenção federal no estado e de jogar o
Maranhão como “chacota nacional”, todos resolveram arregaçar as mangas e
trabalhar. Uma força tarefa foi criada por juízes e defensores públicos para
dar celeridade aos processos encalhados nas diversas varas e juizados. Revista
as falhas de cada um, espera-se que a partir de agora as decisões sejam mais
céleres entre os poderes e que tudo termine bem.
Haja
“quebra-molas”!
Nem bem a rodovia estadual
MA-014, que liga Vitória do Mearim a Pinheiro, cruzando toda a Baixada
Maranhense, fora totalmente concluída, e já se observa a demarcação de cerca de
10 (dez) novos “quebra-molas” no trecho que liga Olinda Nova a Matinha.
Concretizados estes, somam-se mais de uma centena de lombadas e quebra-molas da
Capital à cidade de Pinheiro. Um verdadeiro abuso e um desrespeito ao Código
Nacional de Trânsito. Além de proporcionar prejuízos aos donos de veículos, uma
vez que quase sempre estes quebra-molas não apresentam sinalização nenhuma, os
mesmos deixam cansativa e demorada qualquer viagem para a Baixada Maranhense.
Haja paciência...
Saúde
e sucesso...
É o que desejamos aos jovens
gestores da cidade de São Bento, o Prefeito Carrinho Muniz e o seu vice, Isaac
Filho. O prefeito Carrinho licenciou-se e foi submetido ontem (sábado) a um
procedimento cirúrgico em um hospital da capital. Desejamos-lhe saúde e plena
recuperação ao tempo de sua convalescência. Na segunda-feira, assume o seu vice
Isaac Filho pelo tempo de sua licença. A boa relação política entre os dois
jovens gestores permite tranquilidade e sucesso na administração de São Bento.
Aos dois saúde e sucesso!
Ilustres
visitantes
No último final de semana o
jornalista Jersan Araújo recebeu na chácara “João de Cheiro”, de sua
propriedade, em Olinda dos Aranhas (São João Batista) a ilustre visita de seus
amigos César Rios, J.J. e Faustino. Além de desfrutarem da hospitalidade do
amigo Jersan, os ilustres visitantes também foram recepcionados pelo prefeito
Amarildo Pinheiro que fez questão de levá-los para conhecerem as muitas obras
por ele já realizadas. Visitaram também o aprazível Porto de Raposa, onde
puderam saborear um delicioso caranguejo, ouvindo as muitas histórias de Zé
Maduro, antigo morador e umas das lideranças comunitárias do lugar. Os amigos,
que atenderam aos muitos convites já formulados, ficaram satisfeitos com a
hospitalidade e a gentileza do povo joanino. De nossa parte, agradecemos a
visita ao nosso torrão, e abrimos as portas para novas visitas...
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