Costuma-se dizer que vice não
governa, não manda em nada. Talvez por isso a sua escolha não careça de nenhum
critério. Certo? Não. Errado! A presença de um bom vice em qualquer chapa
majoritária é sempre a garantia de um maior número de votos. Um bom candidato a
vice soma, agrega valor. Um bom vice, com um bom discurso, equilibra se o
candidato majoritário não reúne excelentes qualidades de retórica. Se os dois
são bons, ótimo! Se os dois são ruins, é uma desgraça!
O vice deve ser tão conhecido,
ou até mais, do que o candidato majoritário. Deve ter influência no meio
político e social. Deve estar enturmado para poder contribuir num resultado
satisfatório, sob pena de ser uma tabuada de subtração aos invés de ser de adição, quiçá de
multiplicação.
Zé Abreu e Henrique Paiva |
Assim pensando é que analiso os
candidatos a vice-prefeito das chapas postas na disputa eleitoral deste ano.
Vejo acertos em algumas escolhas, em outras, apenas a “admiração” e a falta de
inteligência. Senão vejamos.
O velho e bom Zé Abreu, lutador e persistente, não
inovou em nada. Trouxe como companheiro de chapa o “resmunguento” Henrique Paiva.
Mas de alguma forma fez Justiça o candidato do PMN, Zé Abreu, à classe dos trabalhadores rurais. Ainda que não tenha
exercido nenhum cargo eletivo, mas o vice de Zé é digno trabalhador rural e bastante conhecido pelas suas
posições, ainda que radicais.
Carlos
Figueiredo atual vice-prefeito no exercício do mandato e que para estas
eleições vai concorrer ao cargo de Prefeito, viu no vereador Raimundinho Machado o seu companheiro
de chapa. Machado está no 3º mandato
de vereador, tendo sido inclusive Presidente da Câmara de Vereadores. É bem
articulado. Representa a nova geração de políticos ascendentes em nosso
município. Sem dúvida valoriza a chapa do PMDB/PTB.
Foi uma razoável escolha.
Júnior de Fabrício, Eduardo e Amarildo Pinheiro |
O candidato da Coligação “O compromisso com o povo
continua” que reúne os partidos do PP-PDT-PPS-PCdoB-PSB-PRB
e DEM, que tem Amarildo Pinheiro
como candidato a Prefeito, também buscou na Câmara de Vereadores o seu
companheiro de chapa. Júnior de Fabrício,
o vice, além de vir da classe política, pois também exerce o seu 3º mandato de
vereador, também representa a extensa zona rural (incluindo a área dos campos)
de São João Batista. Além de somar, Júnior de Fabrício é bem articulado com as
comunidades as quais representa. Foi por muitos analistas a escolha mais
acertada.
Já a candidata Suarama Soares (PV) em meio a grandes
indecisões terminou por aceitar o desconhecido Márcio Cotrim, um companheiro de chapa que ao ver de muitos analistas
políticos não acrescentou nada à chapa da atual mandatária. O jovem, que até
agora parece assustado com o peso da responsabilidade, herdou esta missão por
ser filho de Washington Cotrim, que
era pré-candidato a Prefeito, mas que foi desaconselhado pela alta cúpula do
seu partido (PCdoB) a desistir de tal empreitada. Discordante de tal decisão e
como se já previsse tal desfecho, pôs o nome do filho, então filiado ao PTdoB, como opção à chapa encabeçada
por Surama Soares.
Márcio Cotrim e Surama |
Os que costumam acompanhar o
grupo de Zequinha Soares, esposo da
Prefeita e maior articulador político, não entenderam muito bem esta cartada.
Mas pelo sim, pelo não, engoliram a seco. Alguns “gaiatos” disseram que o velho
Zequinha Soares não sabe mais o que está fazendo, e recomendaram-lhe vestir o
pijama.
De certo é que as chapas estão
registradas do jeito que os convencionais permitiram. Agora não mais adiantam
lamentações. Os que acertaram nas suas escolhas, certamente equilibram a
disputa; os que não fizeram boas escolhas, não lhes restam outra opção a não
ser puxarem seus fardos.
E ao povo caberá o julgamento...!
Nenhum comentário:
Postar um comentário