Dos três poderes constituídos na legislação brasileira, o legislativo é tido como o espaço de representantes do povo, isto é, os deputados, sejam federais ou estaduais ou ainda os vereadores, nas câmaras municipais, são eleitos como segmentos da sociedade civil e a esta devem representar. Pelo menos em tese deve ser assim, ou melhor, deveria.
Um princípio basilar da formação política, a ética, deveria fundamentar a postura destes representantes, entretanto, não é isto que se observa em nossos políticos. Alguns dos nossos “ditos” representantes estão a representar tão-somente os seus próprios interesses e as suas conveniências ocasionais. A frágil estrutura partidária colabora para com esta mácula, pois não são defendidos nem princípios, nem ideologias partidárias e, em muitos casos, nem os partidos as possuem e nem os políticos sabem o que é isto.
Um exemplo disto foi a última eleição da nova mesa diretora da Câmara de São João Batista. Uma eleição que parecia um imbróglio danado e que se especulava que o grupo do Prefeito cassado Eduardo Dominice pudesse novamente fazer a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, foi, aos olhos dos joaninos, a mais fácil das manobras arquitetadas e lideradas por Zequinha Soares, esposo da Prefeita em exercício Surama Soares, para reverter a situação.
Rui Serra, o novo Presidente da Câmara |
O ex-Prefeito Zequinha Soares, em um dos muitos momentos de vivacidade política, armou para cima do combalido grupo de Eduardo e foi buscar lá, os novos aliados para compor hoje a aparente maioria de apoio ao governo da sua esposa. Os novos adeptos da política “zequinhista” são: Rui Serra, feito Presidente da Câmara Municipal, Uira Dominice e Edvilson Mota.
Os “novos simpáticos” e “bem-vindos” ao grupo da Prefeita Surama são pelos outros ex-companheiros de grupo agora chamados de “traidores”. O que ganharam e o que perderam talvez não se saiba agora. Só o tempo poderá dizer. Apenas dizem os especuladores de plantão, que choveu e continuará chovendo na horta dos anfitriões da casa e dos novos “chegados”.
Celebraram assim uma festa de “faz-me-rir”.
A eleição em si, dizem, foi um festival de “falsidades”. Fizeram da Câmara um lavatório de roupas sujas, um palanque de ameaças verbais e xingamentos. Ao final, consumou-se o que fora “acertado” entre os vereadores que estavam “confortável e deliberadamente sequestrados” sob os auspícios de quem tinha este real interesse. Após efusivos discursos, fizeram cair as tampas e romperam a champanhe como se celebrando os novos tempos na política joanina.
Entre tapas e beijos , sobreviveram todos até o próximo embate.
Como se vê, os fatos justificam o que fora dito lá em cima. Têm políticos que defendem os interesses do povo e têm políticos que só defendem os seus próprios interesses.
No caso de nossa Câmara, qualquer semelhança com estes tipos, não terá sido mera coincidência.
Dito isto escolha o seu vereador.
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