Foi digna dos maiores elogios a iniciativa, há seis anos, de se fazer um tributo ao nosso Rei do Baião, Luiz “Lua” Gonzaga. Hoje, se chega ao sexto ano consecutivo de uma festa que vai tomando corpo de um grandioso evento. E já não era sem tempo, afinal quem se sente verdadeiramente nordestino, gosta das músicas de Luiz Gonzaga, das mais antigas, lá do início de sua carreira, até as mais novas, gravadas nos últimos anos de sua vida, quando ainda que velho, mantinha uma firmeza na voz.
Sobretudo quem é do interior, seja sertanejo ou não, ou aquele que viveu as lides da roça, ou ainda aquele que aprendeu a gostar da poesia cabocla, ou aquele que simplesmente dançou algum dia ao som de uma sanfona, teve por amor ou apego a tudo isso a possibilidade de reverenciar, ainda que “in memorian” ao grande ícone da música sertaneja de todos os tempos: Luiz Gonzaga.
O VI Tributo a Luiz Gonzaga que aconteceu no último dia 04 de dezembro, em São Luis, na Batuque Brasil, reuniu em mais de 12 horas de um autêntico forró, xote, xaxado ou baião, uma verdadeira nação de amantes da verdadeira música brasileira feita pra estas bandas do Brasil.
Luiz Gonzaga no começo de carreira |
Além de artistas que veem nas músicas de Luiz Gonzaga uma fonte de inspiração, o evento também mostrou os novos seguidores do ritmo que atravessa gerações e se mantêm pujante, graças ao balanço do Trio Nordestino, Os três do Nordeste, Alcymar Monteiro, Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Luizinho de Irauçuba, Amazan e da poesia sertaneja de um “Flávio José”, e tantos outros, apesar das investidas “hith tech” de uma forró desqualificado e distante, feito muito mais ao sabor da mídia mercadológica do que aos arranjos da velha e boa sanfona.
Este evento, que esperamos se repita por anos a fio, nos provou que apesar dos pegam carona nos “aviões” ou nos “trens” da verdadeira canção nordestina, a música de Luiz Gonzaga será “ad eterna”.
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