domingo, 19 de novembro de 2017

Por João Batista Azevedo (Interino)


Um golpe semântico

Os eleitores vão se deparar com novas denominações partidárias no ano que vem. “Avante”, “Podemos”, “MDB” e “Livres” são amostras grátis do mimetismo partidário que teremos em 2018. Não estamos falando exatamente de siglas novas, com novos programas. São as velhas agremiações, com as mesmas lideranças, tentando fugir da ira do eleitorado. Os eleitores brasileiros andam indóceis com a política e os políticos brasileiros. A perspectiva de todos, por causa dos casos de corrupção e das reformas em votação no Congresso Nacional, é que haja grande renovação política no ano que vem. Por conta disso, os partidos têm focado nas mudanças. O PTN virou Podemos. A presidente nacional do partido, Renata Abreu, no entanto, nega a relação. A sigla não é de direita e nem de esquerda e a inspiração veio do “yes, we can”, de Barack Obama. O PTdoB passará a se chamar Avante. O PSDC se intitula agora Democracia Cristã. O PEN quer passar a ser denominado Patriota. A ideia não tem como fundo nenhuma ideologia progressista. Os dirigentes admitem que pretendem mesmo é tirar a palavra “partido” temendo insucesso nas eleições de 2018.

O Partido Social Liberal (PSL) passará a se chamar Livres, Deus sabe lá o porquê. O partido defendia as ideias liberais e se manterá na mesma trincheira. Outro que pretende mudar de nome é o PMDB. A ideia é voltar a ser chamado de Movimento Democrático Brasileiro, o antigo MDB. O partido já não tem nada que lembre a velha sigla de oposição aos governos militares, do doutor Ulysses Guimarães. A proposta está no forno e poderá ser tirada do papel até o ano que vem. Os peemedebistas estão entre os mais afetados pelas delações premiadas e denúncias da operação Lava Jato. As principais lideranças, vale ressaltar, encabeçam dezenas de denúncias.
A onda das mudanças de nome não é nova. O Democratas se acostumou, ao longo de sua história, com as constantes mudanças de nome. De Arena, partido de sustentação dos militares, passou a ser chamado de PDS, depois PFL até chegar à denominação atual. Sem medo de errar, é possível dizer que as denominações mudam para “apagar” o passado, mas as lideranças e as ideologias costumam ser as mesmas. E o eleitor estará atento.


Até tu, Flávio?

A Polícia Federal deflagrou na última sexta-feira (16/11), a Operação Pegadores, que apura indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, em Contratos de Gestão e Termos de Parceria firmados pelo Governo do Estado do Maranhão na área da saúde.
A operação contou com o apoio do Ministério Público Federal, do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil.
Cerca de 45 mandados judiciais foram expedidos pela Juíza Federal Paula Souza Moraes da 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão. Foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão em São Luís/MA, Imperatriz/MA, Amarante/MA e Teresina/PI, além do bloqueio judicial e sequestro de bens no total de R$18.000.000,00.
Durante as investigações conduzidas na Operação Sermão aos Peixes, em 2015, foram coletados diversos indícios de que servidores públicos, que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.
Pelo sim, pelo não, fazem-se necessários os esclarecimentos e a verdade!


Previsões pessimistas

Os prefeitos municipais na maioria dos municípios maranhenses estão completando o primeiro ano de seus mandatos, e quase a maioria já tem folha de pagamento de servidores em atraso. Alguns críticos até dizem que estamos diante de mais uma safra de “péssimos gestores” a exemplo do que foi a passada, com algumas exceções. Diante desse quadro, uma preocupação já paira sobre os funcionários concursados, a real possibilidade do não pagamento do 13º na data prevista pela lei. Se neste ano, os prefeitos já se mostram enrolados em suas gestões, imaginem no próximo ano que é eleitoral, pois geralmente, em anos de eleição, as folhas de funcionários são acrescidas de novos contratados, em geral fantasmas, com o único propósito de assegurar o voto.


Ecos da Baixada: o livro (I)

O lançamento do livro “Ecos da Baixada”, ocorrido na noite do dia 14 (terça-feira), representou um marco na história da literatura maranhense, notadamente nos anais das letras baixadeiras, e revelou-se um evento sobranceiro para o Fórum em Defesa da Baixada Maranhense. O evento foi um “sucesso retumbante”, conforme testemunho de muitos participantes. Segundo o presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, os ecos da Baixada chegaram a Itapecuru-Mirim, sua terra natal. E o lançamento foi “o dia em que a Baixada parou o trânsito da Avenida dos Holandeses, em São Luís”. Proeza inimaginável para os 32 autores da coletânea e para os mais de 500 baixadeiros e amigos da Baixada ali presentes. Empresários, executivos, professores, intelectuais, deputados, vereadores, juízes, promotores, jornalistas e em especial familiares e amigos, todos prestigiaram o magnânimo evento.
  

Ecos da Baixada: o livro (II)


O livro que reúne crônicas e artigos sobre a Baixada, de autoria de 32 escritores, organizado pelo advogado, professor e escritor Flávio Braga, que é o Presidente de honra do FDBM (Fórum em defesa da Baixada Maranhense), é o primeiro de muitos outros trabalhos que poderão ser publicados pelo selo editorial da citada instituição. Ressalta-se que o evento e o produto tiveram uma aceitação muito boa pelos profissionais da imprensa. O público em geral que compareceu saiu satisfeito, enaltecendo o trabalho de todos os cronistas e articulistas. Em publicação, Flávio Braga resumiu: “Foi gratificante ver tantas pessoas disputando autógrafos, tirando fotos e fazendo selfies com os ecoeiros. Um verdadeiro festival de emoções”.
Eu, João Batista Azevedo, que me incluo entre os que produziram tão relevante obra, me sinto profundamente orgulhoso de fazer ecoar as potencialidades da nossa região. “Viva a Baixada!”


Edição de hoje do JP...!


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