sábado, 22 de agosto de 2015

Em Brasília, Prefeito Amarildo garantiu mais obras para São João Batista


Prefeito Amarildo no FNDE
O prefeito de São João Batista esteve esta semana em Brasília e garantiu diversas obras e projetos para o município. Amarildo Pinheiro esteve visitando ministérios e autarquias do Governo Federal ao lado do primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão. O gestor visitou órgãos como Codevasf e FNDE e o Ministério da Integração Nacional, sempre acompanhado do deputado.
A primeira visita foi ao gabinete do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Antônio Idilvan. Os maranhenses solicitaram a liberação de verbas para a conclusão de obras para a educação que estão em andamento no município de São João Batista e entre os pedidos estavam a finalização de uma creche do Programa de Aceleração do crescimento II, o PAC II, com duas quadras poliesportivas, duas escolas, e compra de ônibus com ar condicionado e ventiladores para as escolas. Como resposta, que satisfez o prefeito e o deputado, eles ouviram do presidente que prorrogaria a liberação dos recursos dos convênios com a prefeitura e garantiu os repasses para a conclusão das quadras, de escolas e a creche do Paulo VI, além de mais dois ônibus e mobílias para escolas.
Na Codevasf
O vice-presidente da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão e o prefeito também se reuniram com o presidente da Codevasf, Felipe Mendes, nesta quinta-feira em Brasília. Eles acompanharam o processo de liberação de emenda, de autoria do deputado, para convênios para a construção de barragens e também processos de perfuração de poços artesianos com precisão para mais de 50 municípios, entre eles o nosso. Os contratos para instalação de abastecimento de água por poços artesianos em forma de concorrência foram firmados para construção de 100 poços em 2013, que devem abastecer 38 municípios. Estas obras estão em execução pela Codevasf. Já as perfurações em regime diferenciado de contratação são para 600 poços que estão em execução. Já para o município de São João Batista, segundo o prefeito Amarildo, Felipe Mendes encaminhou os pedidos, e as perfurações começam em setembro.
Ainda com a Codevasf, o prefeito garantiu o início imediato de perfurações de 04 poços artesianos, que começarão a ser perfurados já no próximo mês. O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi reiterou ao vice-presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão e ao prefeito de São João Batista – MA, Amarildo Pinheiro, a disposição do governo federal em dar solução para a conclusão dos poços artesianos e barragens Maranhenses. Waldir Maranhão e Amarildo pinheiro, solicitaram atenção especial ao povo maranhense que sofre com a falta de água potável. Eles encaminharam os pedidos para a liberação da execução de emenda, de autoria do deputado, destinada aos convênios para a construção de barragens e também processos de perfuração de poços artesianos com precisão para diversos municípios.

Deputado Waldir, o Ministro da Integração Nacional e o Prefeito Amarildo
Para Waldir Maranhão, a receptividade do ministro Occhi indica que as demandas levadas ao ministério serão solucionadas em breve espaço de tempo. “O ministro está sensibilizado com a necessidade básica da população de ter abastecimento de água de boa qualidade e isso vai resultar no fim do sofrimento nesses municípios,” afirmou Waldir Maranhão. Para o prefeito Amarildo, o empenho de Waldir Maranhão demonstra compromisso com a sociedade maranhense. “Pude vivenciar nesses dias em Brasília a busca incessante do deputado Waldir Maranhão por melhorias para, não só o nosso município, mas para todo o estado. Volto satisfeito com o trabalho que fizemos e esperançoso em bons resultados,” disse o prefeito de São João Batista que garantiu a construção da barragem que liga a barreira ‘Maria da Luz’ a estrada do povoado Raposa.
Do Blog Folha de São João Batista


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

OS DIQUES DA BAIXADA: ATÉ QUANDO?

Por Luiz Figueiredo


A Baixada Ocidental Maranhense é uma das regiões mais próximas da capital e uma das mais belas do Estado, constituída por 21 municípios, com potencial hídrico extraordinário, onde reside uma a biodiversidade muito diversificada, comparável somente ao Pantanal Mato-grossense. A sua importância econômica sempre foi destacada ao longo dos séculos XlX e XX prosseguindo pelo século atual, sempre foi considerada o celeiro da capital São Luís para onde eram encaminhados e comercializados os principais produtos da região, tais como as carnes bovinas, suínas e caprinas, caças, aves, frutas e cereais, tudo de primeira qualidade, transportados em barcos à velas e pequenas lanchas, através dos Portos de Alcântara, São Bento, Raposa, Cajapió, Bacurituba, Gabarras, Guimarães, Cururupu e outros.
A Baixada Maranhense sofreu um terrível processo de degradação agravado pelo descaso de sucessivos governos estaduais e municipais que não deram a real importância para esse quadro de abandono e sofrimento do nosso povo. A situação tem se agravado a cada ano com a perda incalculável do volume de água doce drenada para o mar, pelo aumento do número de canais e igarapés cada vez mais profundos, fazendo com que rapidamente os campos verdejantes, transformem-se em áreas secas e improdutivas. Em 1986 quando ocupava a presidência da República o maranhense José Sarney, lideranças da Baixada juntamente com deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores, por mais de uma vez, reivindicaram do presidente uma solução para a contenção das águas dos campos naturais, fonte de riqueza, renda e alimentação para aquela população carente.
Conhecedor da nossa realidade, pinheirense que é, e sensível aos apelos das lideranças, determinou que fosse feito um estudo seguido de projeto executivo, encargo que ficou sobre a responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DENOCS. Projetos prontos e aprovados logo foi dada ordem de serviço, tendo início pela construção da Barragem de Pericumã, obra majestosa e importante, cuja inauguração ocorreu com muita festa, e com a presença do Presidente José Sarney, prefeitos da região, deputados e muita participação popular. Lamentavelmente ficou por aí, e aquela importante realização que tantos benefícios poderia estar trazendo até hoje foi abandonada pelo poder público, deteriorando-se pela ação do tempo sem qualquer manutenção.
De lá até hoje foram-se quase trinta anos, e a situação da Baixada se agravando a cada período de estiagem, desertificando os campos, diminuindo o pescado e prejudicando os criadores e pescadores e porque não dizer todo o povo da região. Passaram-se todos esses anos e nenhuma voz mais se ouviu em defesa das barragens da Baixada. Eu que acompanhei toda essa luta desde Brasília até a inauguração no município de Pinheiro, e com conhecimento de causa, pois fui prefeito de São João Batista e enfrentei esse grave problema construindo pequenas barragens de contenção para barrar a água salgada e não deixar drenar a água dos campos junto com uma incalculável quantidade de peixes que descem para o mar, tudo com muita dificuldade pois essas barragens eram feitas pelo braço do bravo trabalhador, o homem forte da nossa região.
Diante do exposto, resolvi em 2005 tomar a iniciativa de levar técnicos do governo para verificar ‘in loco’, a extensão da crise. Visitamos as localidades Carnaubal, Beira da Baixa e Coroatá todas no município de São João Batista. Ficamos estarrecidos com aquelas cenas que presenciamos; total falta d’agua, região árida, sem vegetação, animais magros caminhando sem destino entre o junco e o capim secos, homens e mulheres carregando latas d’agua na cabeça e em lombo de animais. Documentamos com fotografias e retornamos para São Luís, onde dias depois realizamos a primeira reunião, eu, Reginaldo Telles, Léo Costa, Manoel Bordalo e técnicos da Secretaria de Agricultura. Foi primeiro passo para uma série de outras providências; envolvemos no debate os Secretários da Agricultura, Indústria e Comércio, Projetos Especiais e conseguimos o apoio de Neiva Moreira, intransigente defensor da nossa ideia. Com a formação desse grupo destacamos o empenho e o interesse de Luiz Raimundo Azevedo e Júlio Noronha e assim foi possível convencer o governador sobre a importância do projeto.
Com a mudança de governo o projeto foi mais uma vez reformulado e ampliado com a inclusão de mais municípios, passando por novas avaliações sobre impactos ambientais, e outras, enfim uma série de medidas a meu ver desnecessárias pois só contribuíram para protelar a execução do que será um dos maiores empreendimentos de contenção de água doce e preservação do meio ambiente e de uma biodiversidade só comparável ao pantanal de Mato Grosso e Guaquil no Equador, região com as mesmas características da Baixada, extensão muito aproximada, e paradoxalmente uma das mais desenvolvidas daquele país.
A Companhia de Desenvolvimento do Vale do Parnaíba -CODEVASP está coordenando e acompanhando o andamento do projeto, já totalmente concluído e em fase de licitação, dependendo apenas de uma decisão de governo para início dos trabalhos, mas pelo que observamos não será este ano que o governo do Estado dará sinal verde, ficando a Baixada mais uma vez a mercê da sensibilidade de seus governantes. Finalizando afirmo a recuperação da Baixada é prioridade, a água torna-se cada vez mais escassa no planeta e não podemos permitir que esse magnífico potencial hídrico da Baixada continue se perdendo a cada ano.
Luiz Figueiredo, empresário e diretor-presidente da Rádio Beira Campo e da Fundação Chiquitinho Figueiredo e ex-prefeito de São João Batista