terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A CRÔNICA DO DIA

HOJE É DIA DE... 

A MULHER DO PRÓXIMO
(*) Nonato Reis

Maria Júlia ganhou o sugestivo apelido de “A mulher do próximo” algum tempo depois de deixar a localidade de São José, no município de Viana, às margens do rio Pindaré, praticamente escorraçada pelo pescador Bucho de Bilha, com quem teve um caso de amor complicado. Sem ter para onde ir, tomou o caminho da cidade e fixou moradia na periferia, onde passou a “ganhar a vida” como prostituta.
Parecia trazer na alma a mal sina de provocar a gula do sexo oposto. Nascera no lugar chamado Cachoeira, distante algumas léguas do Ibacazinho, e ali enfileirou amantes, um sobre o outro. O último, um vaqueiro da fazenda Ingá Seca, obrigou-a a deixar o torrão natal e a família às pressas, depois que o homem - a quem dera o prazer de deitar com ela por algumas fases de lua - morto de ciúme, matou a golpes de faca dois outros pretendentes e tentou mandá-la com “os sócios” para a “cidade de pés juntos”.
Por ironia das coisas, do envolvimento com o vaqueiro herdou o apelido de “Santinha”, mas ela própria sabia que de santa só carregava o nome. Mal chegou no São José e viu surgir no seu caminho a figura de Bucho de Bilha, um pescador grandalhão, de quase 1,90m de altura; musculoso, barriga em formato de melancia, cara enfezada.
Bucho de Bilha encarnava a imagem do macho da zona rural. Fora educado sobre o figurino tradicional, que retratava a mulher como a “dama (ou escrava) do lar”. Para o pescador, a mulher para casar tinha que ser prendada – saber cozinhar, lavar e engomar; cuidar da casa e ser dedicada ao marido. Estudar? “Não, senhor! Elas se formam e depois ficam cheias das ideias, querendo trabalhar fora, sair com amigos e coisa e tal”.
Bateu os olhos em Santinha e foi amor à primeira vista. Casados, formavam um par desconexo. Ele era rude, grosso, bicho do mato; ela, educada, meiga, receptiva. O sentimento, porém, tem as suas próprias razões e Santinha parecia nem notar as diferenças entre ambos. Bucho de Bilha ditava as regras da casa; mantinha-se vigilante sobre quaisquer sinais que pudessem colocar em risco a estabilidade do casal.
Porém descuidava de um pressuposto básico. Nunca fora de se preocupar com estética, nem de seguir princípios de higiene. “Esse negócio de sabonete, cremes e não sei mais o quê é coisa de fresco”, usava a frase como álibi para os que reclamavam dos odores repugnantes da sua presença.
Na cama era formidável. Vangloriava-se de passar duas horas ativo, sem intervalos ou preliminares. Santinha aguentava o ritual noturno em silêncio: o peso do corpo dele subindo e descendo sobre o seu; o suor enlameado, pegajoso; o cheiro acre que impregnava o espírito e embrulhava o estômago. “Ou essa mulher é uma santa ou deve estar sofrendo do juízo”, diziam as más línguas.
Santinha até que se esforçou por manter a relação, mas fidelidade nunca foi o seu forte. Não demorou e o juízo dela virou do avesso. Um primo que estudava na capital e há anos não sentava os pés no povoado, apareceu de repente para uma temporada de férias. Como toda a família dele já morava em São Luís, a opção foi aboletar-se na casa da prima. 
Tarcísio era magro, alto, branquela, fala mansa. Metido a poeta, escrevia umas coisas que tocavam o coração da prima como descarga elétrica. E ainda havia aquele cheiro de seiva do campo que gostava de usar após o banho e que fazia Santinha flutuar.
Em pouco tempo, a vida de Maria Júlia encheu-se de luz. O primo grudara nela como sombra. A presença dele parecia estar em todos os lugares, especialmente naquele ponto mais sublime do espírito. Como que entorpecida de um sonho azul, deixou-se guiar por aqueles fluidos magnéticos, sem se dar conta de que avançava um sinal proibido. E foi assim, pisando em nuvens de algodão, que a santa adentrou o “Jardim do Éden” e “plantou” um par de adereços nos cornos do pescador, em plena cama conjugal.
A reação do marido foi imediata. Escaldado com o alerta dos “amigos” de que a amizade dos primos passava da conta, Bucho de Bilha largou as redes de pescar no rio e fez o caminho de volta. Vendo a casa fechada e ouvindo gemidos abafados que vinham do quarto do casal, não teve dúvidas: meteu o pé na porta escancarando diante dos olhos a cena do crime.
_ Filho da puta, sua desavergonhada; eu mato vocês!
Espumando de ódio, lançou-se sobre a cama como um touro selvagem. Lépido feito puma, o primo deslizou entre as pernas do pescador, ganhou a porta da rua e fugiu em disparada, completamente despido, sob o olhar estupefato dos moradores.
As mãos do marido traído caíram pesadas sobre o pescoço da santa. Depois a pegou pelos cabelos e com uma das mãos a conduziu até o meio da rua. Diante do olhar incrédulo da plateia, sacou da peixeira e cortou a ponta de cada uma das orelhas da mulher. 

Em seguida a arrastou pelos cabelos até a casa dos pais e a arremessou no meio da sala como quem joga fora um saco de lixo. “Tomem a desavergonhada de vocês. Ela fez um cabra macho de corno, mas nunca mais vai se meter a besta com outro”.
Foi então que, triste e amargurada, Maria Júlia tomou a decisão que mudaria o curso da sua vida e o próprio nome. Deixou a casa dos pais, que àquela altura não era mais sua, e alugou uma “porta e janela” na entrada da Gugueia, que transformou em “parada obrigatória” de homens à procura de sexo por dinheiro.
Não demorou e a fama dela de “pegadora” correu beirada. Em uma única noite chegava a atender mais de dez clientes, que faziam fila na porta da casa, dispostos a meter a mão na carteira, para tê-la na cama por uma ou duas horas. A cada cliente saciado, ela gritava para a fila: “próximo!”. E assim varava a noite no ofício de “ganhar a vida”, que, segundo ela, não lhe impunha sacrifício algum. Muito pelo contrário. “Cuidar bem da freguesia é o que me deixa viva”.
Uma noite, já rompendo a aurora, a Estela Dalva límpida no horizonte, ela chamou o próximo e então deu de cara com aquele homem enorme, a barba por fazer, e um facão do tipo “americano” em uma das mãos, que reconheceu imediatamente. Sem contrair um único músculo, fitou-o com frieza espantosa e já se preparava para recebê-lo em coito, quando o homem interveio: “Eu não vim deitar contigo. Vim te levar de volta pra casa, que é lá o teu lugar”.
Maria Julia ponderou que não podia acompanhá-lo, agora era mulher de vários homens, dividida que estava entre todos que a procuravam. “Não lhe pertenço mais, sou uma mulher da vida”, ao que Bucho de Bilha acolheu com espantosa criatividade. “Sim, você é ‘A mulher do próximo’, eu sei, mas acontece que “o próximo” sou eu, e depois de mim não haverá outro, porque aquele que se meter a besta contigo eu mando para o quinto dos infernos”. E pegando os pertences de Maria Júlia, ordenou. 
- Vem comigo, que o puteiro fechou.
Maria Júlia interveio:
- Você não vai mais me arrastar pela vida como quem puxa uma carrocinha. Eu agora sou do mundo. Não pertenço a ninguém.
Bucho de Bilha sabia que, se a perdesse, perderia a própria vida. Dela sentia falta como o próprio ar, para viver. Então, jogou a última cartada.
- Você vem e eu te deixo ‘de corda de rastro’, para fazer o que quiser e com quem quiser, contanto que não me abandone.
Maria Júlia o fitou entre perplexa e admirada:
- Vai me aceitar desse jeito, sabendo que será alvo de chacota, execrado e humilhado?
- Aceito sim, que ninguém tem nada com isso.
Seguiram os dois de volta para casa, e Maria Julia assumiu o duplo papel de “mulher casada” e também “do próximo”.
A casa do pescador incorporou a rotina de filas de homem à espera de uma vez para deitar com Maria Julia, e até tarde da noite ouvia-se a voz dela a movimentar a clientela: “próximo!”.
...
Este texto integra um livro de crônicas ambientado no Ibacazinho, cujo título será "A mulher do próximo".
(*) Nonato Reis, natural de Viana, Maranhão, é jornalista e autor do romance Lipe & Julina.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Fatos que viraram notícias


O governo ilegítimo do presidente Temer está provando realmente para que veio. A sanha do presidente é passar para a iniciativa privada tudo que é estatal rentável. Cerca de 57 empresas das diversas áreas formam o pacote de privatizações que o presidente pretende levar a cabo até o fim de seu governo. Nesse calhamaço constam empresas como a Eletrobrás, portos, aeroportos como o de Congonhas, rodovias, campos de petróleo e até mesmo a Casa da Moeda do Brasil. Tudo isto tem o propósito fazer caixa e agradar o mercado financeiro. Entretanto o maior entrave está no tempo para levar até o fim esta intenção, uma vez que o ano que vem é de eleições para deputados e senadores e que estes estarão mais interessados em parecer defensores e representantes do povo e certamente não vão arriscar votando algo que venha de encontro ao funcionários ou que comprometam a soberania nacional. 

Reforma da Previdência

Embora o governo tenha adiado para fevereiro a votação da reforma da Previdência, ainda é pequeno o entusiasmo dos parlamentares com o assunto. Para 48% das lideranças ouvidas, é baixa a chance de a proposta ser votada. Outros 29% avaliam como média essa possibilidade. Apenas 6% afirmam que é grande a tendência; 15% entendem que não há chance de a votação ocorrer até março; e outros 2% disseram não saber opinar.
Também há grandes reservas em relação à aprovação da versão mais enxuta da reforma, proposta pelo relator, Arthur Oliveira Maia (SD-BA) – objeto ainda de resistência por parte do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mas considerada a mais viável pelos parlamentares. 
Na avaliação de 48% dos entrevistados, a reforma da Previdência será rejeitada. Para 31%, passa, mas com profundas alterações. Outros 17% apostam que será aprovada com poucas mudanças. Apenas 2% acreditam que a proposta avançará sem alteração. Outros 2% não responderam.

A MA-014
É de péssima qualidade os serviços de recuperação que o governo do estado estar a fazer na rodovia que corta a Baixada Maranhense, a MA-014. Em muitos trechos já recuperados o asfalto é tão ruim, mais parece uma borra asfáltica, que cria ondulações, chegando mesmo a sair as lascas, como madeira podre. Sem fiscalização por parte da Secretaria de Infraestrutura o serviço se arrasta a passos de cágado. Com a chegada das primeiras chuvas a população já teme pelo pior, que o serviço não seja concluído, e se concluído, quando chegar ao fim da rodovia, no trecho de Três Marias – Pinheiro, o começo, de Vitória do Mearim a Viana já seja preciso refazer novamente. 

Homenagens justas

Na última sexta-feira, o Fórum em defesa da Baixada Maranhense prestou significativa homenagem a duas personalidade da imprensa maranhense que muito tem contribuído com a região da baixada. Os jornalistas Jersan Araújo e Carlos Henrique ( O Galinho) receberam as honrarias como reconhecimento da instituição pelos relevantes serviços prestados à comunidade baixadeira. As homenagens foram prestadas por ocasião da confraternização natalina dos membros do fórum, ocorrida nas dependências da AABB, no Calhau.


Execração pública
Zé Reinaldo em votação
Com o advento das redes sociais está mais fácil saber da vida de todo mundo. Esta se não é uma coisa salutar, ao menos no campo político nos deixa informado sobre como andam votando os ditos representantes do povo. Votar contra o povo é condenar-se à execração pública. Muitos políticos Brasil afora tem recebido tratamento condenatório, uns até com agressões físicas além de verbais. Por esse vexame já passaram recentemente o deputado da tropa de choque do presidente Temer, Carlos Marun, que fora vaiado em solenidade pública em Campo Grande (MS). Depois foi a vez do senador Romero Jucá (RO), que em voo comercial fora interpelado por uma passageira.

Na semana passada foi a vez do Deputado Federal José Reinaldo Tavares que ouviu de tudo: “pilantra, safado, ladrão, corrupto, vendido, entre outros adjetivos”. Tudo isto por vir votando a favor do presidente Temer, contrariando assim seus eleitores. Esta manifestação aconteceu no desembarque do deputado federal no aeroporto Hugo da Cunha Machado, aqui em São Luis. A exemplo de Zé Reinaldo, outros deputados do Maranhão não estarão livres de manifestações como essa. Entretanto a maior execração ainda estar por vir: será a não reeleição deste deputados no pleito do próximo ano. Uma campanha está se evidenciando: “Deputado que votar contra o povo, não terá o voto do povo”. 

Estamos de olho! 

Texto publicado na Coluna do Jersan, na edição do dia 17/12/17 do Jornal Pequeno.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A CRÔNICA DO DIA

HOJE É DIA DE... 

(*) Nonato Reis

AS FLORES, O CRUCIFIXO E A DEFUNTA

Imagem ilustrativa
Esse negócio de usar flores em defunto vem de longe. Conta-se que há 14 mil anos, na região do Mar Mediterrâneos, já se ornavam os cadáveres com pétalas e ramos de plantas. No México, primeiramente, e no restante da América Latina, aí incluso o Brasil, é costume ver cravos de defunto em volta do morto ou coroas de flores ao lado dos esquifes, durante os funerais.
Como surgiu isso, e por que se recorre a flores nas cerimônias mortuárias ninguém sabe dizer ao certo. Os cientistas desconfiam que a prática se tenha originado da necessidade de repelir germes e insetos sobre os cadáveres. Sabe-se por exemplo que o Cravo de Defunto é um repelente natural contra germes que atacam e causam danos às raízes das plantas. 
Outra explicação seria de ordem social. As flores, sabe-se hoje, possuem substâncias que provocam respostas emocionais positivas nos seres humanos.
Também simbolizam o amor e a delicadeza. Assim, seu uso nos velórios pode estar relacionado à tentativa de exprimir o carinho e a ternura daqueles que ficaram pelos entes que ascenderam ao reino do Além.
Eu nunca vi a menor graça em decorar morto com flores. Soa-me contraproducente misturar uma coisa tão sublime com algo decomposto. Sei que o simbolismo se dá numa esfera metafísica, para demonstrar a dor da perda e também aquilo que o ser humano tem de mais precioso. Mesmo assim, não consigo digerir a imagem de flores ao redor de cadáver.
Mas uma coisa puxa outra, e agora ocorre-me a lembrança de um fato que acontecera muito tempo atrás no Ibacazinho. Uma senhora falecera de repente e, como se sabe, a morte costuma deixar as pessoas em estado de choque, ainda mais quando se trata de um desenlace súbito. 
Foi um berreiro e um chororô dos diabos. Aqui e ali um parente tinha crises de histeria e acabava por desmaiar à beira do caixão, o que aumentava o sufoco dos mais calmos, encarregados de manter a situação sob controle.
(Imagem ilustrativa da web)
O drama maior era a de uma das filhas da falecida, que a todo momento se jogava sobre o caixão e ameaçava acabar com a própria vida. Aos prantos, dizia que a existência não tinha mais graça e, tão logo a defunta baixasse os “sete palmos”, cometeria o suicídio. “Vou me matar, não quero mais viver. Acabou pra mim!”, repetia a todo momento, ao que os parentes e amigos a abraçavam e tentavam fazê-la ver que a coisa não era bem assim. “Você tem marido e filhos. Pense na sua família. A vida continua!”, argumentavam.
Para demonstrar a sua determinação em cometer o ato extremo, arrancou do pescoço um crucifixo que recebera da mãe ao fazer 15 anos, com a promessa de carregá-lo até o último dia de vida, e o arremessou dentro do caixão da falecida. “Leve consigo, minha mãe, ele não me serve mais para nada”. 
Nisso, uma prima, postada ao lado dela, segredou-lhe ao ouvido: “Você sabia que o morto vem buscar aqueles que jogam seus pertences dentro do caixão?”.
Na mesma hora, a mulher em prantos parou de chorar e arregalou os olhos. “Isso é sério?” Ao que a outra confirmou. “Serinho da silva. Todos que fizeram isso se deram mal. Não restou nenhum para contar história”.
A outra então se recompôs, esfregou os olhos lacrimosos com as mãos, assoou o nariz, e ponderou: “Pensando melhor, não ficaria bem abrir mão de uma joia que a minha mãe me deu com tanto carinho. Melhor eu pegar de volta”. E foi afastando as flores sobre a defunta, à procura do crucifixo, porém sem encontrar.
Apelou aos presentes: “Ajudem-me, por favor! É uma peça de valor histórico, vale uma vida”. E danaram-se a remover ramos e coroas de flores. Em vão. O colar sumira como que por encanto. 

No desespero, a mulher arrancou o cadáver da mãe do caixão e o jogou de lado, como se fosse uma coisa qualquer. Depois retirou as vestes da morta e a deixou pelada. Foi então que o crucifixo ressurgiu debaixo do sovaco da defunta. Brandindo-o no ar como a um troféu, ralhou, os olhos vermelhos de raiva a fitar a morta. “A senhora queria me levar junto, não é? Pois vá sozinha, que eu ainda não quero ir”.
(*) Nonato Reis, poeta, romancista, crônista e jornalista nascido em Viana-MA.


sábado, 9 de dezembro de 2017

A insensibilidade humana!

Por Caio Hostílio

O que faz um homem tomar atitudes como essa que acompanhamos nesses últimos três dias em Barra do Corda, cujo autor de um crime bárbaro foi o filho herdeiro político ceifar a vida do pai covardemente.
Alguém já parou para pensar na cena em que Nenzin, ex-prefeito de Barra do Corda, agonizava diante do filho que o tirou a vida e depois foi chorar no velório do pai, que sempre lhe estendeu a mão? Impossível tentar imaginar!!!
Na verdade, o fato é que não sabemos certamente quais os motivos para tais destinos cruéis e solitários. No entanto, há algo de mais deplorável nisso tudo – a insensibilidade de uma maioria que se diz humana. E a pergunta que não quer calar é: “por que nos tornamos insensíveis?”.
Essa pergunta é de uma complexidade extrema, mas o risco faz parte da vida e, neste caso, o momento é oportuno para uma hipótese.
Diariamente topamos com informações desestimulantes através dos televisores, computadores ou celulares. Dentre as tantas, estão: político tal foi preso por tráfico de informação, outro por manobras fiscais e outro por roubar milhões dos cofres públicos. Pastor é preso por estuprar fiel, padre é preso por pedofilia, mãe é presa por desmembrar a filha que saia com o padrasto e a pior de todas é ler que um filho tirou a vida do pai ou mãe, ou ao inverso…
O homem cada vez mais se afasta de Deus!!!
A humanidade se perde em seu egoísmo e sua ganância…


domingo, 3 de dezembro de 2017

Lançamento do livro “Ecos da Baixada” em São João Batista.

No dia de ontem (02/12/2017), membros do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense - FDBM estiveram em expedição à cidade de São João Batista para participarem do lançamento do livro “Ecos da Baixada”, que reúne cônicas e artigos de 32 escritores e conhecedores das riquezas, causos, contos e dificuldades dos municípios baixadeiros.

Foi um evento simples, porém uma aula de cidadania e história, em que a sociedade joanina participou e pôde ter acesso a uma série de histórias e conhecimentos de extrema importância para valorização dos baixadeiros, para que se reconheçam como sujeitos do processo histórico da construção desse estado e inclusive com contribuições relevantes sobre a capital São Luís e para que possam fazer parte dessa luta por mais políticas públicas e infraestrutura para região. Os trabalhos tiveram a condução do forense e joanino Batista Azevedo que de forma magistral fez as saudações à plateia, conduziu as falas dos oradores e agradeceu aos colaboradores pela realização de tão importante evento literário.

Ainda na viagem tivemos leituras de textos do livro e conversas animadas sobre a baixada com a importante contribuição do ex-prefeito de Viana e ex-deputado Chico Gomes, e outros forenses. Após o evento e como parte da programação foi feita uma visita ao antigo Porto da Raposa, onde tivemos uma aula de história, sobre a construção da cidade de São João Batista e cidades vizinhas influenciadas pelo referido porto que foi por muito tempo a rota de escoamento da produção da baixada, transporte de pessoas e mercadorias, com a contribuição do professor do departamento de história da UFMA, natural da cidade, Manoel Barros, quem escreveu justamente sobre o Porto da Raposa.


O evento teve seu encerramento com um almoço oferecido pela prefeitura municipal que deu todo apoio ao evento. Foi um momento magnífico e especial para todos que se identificam como baixadeiros. Ressalta-se também a importante contribuição do Superintendente de articulação da Baixada, Sr. Luiz Everton, que possibilitou a ida dos “ecoeiros” até a cidade de São João Batista, cuja população deu exemplo de civilidade, apreço, carinho e sensibilidade para com o evento literário.

(Texto de David Cutrim, com adaptações.)

Vejam outras fotos do evento: