Tempos de trairagem
Quem
vê e acompanha os últimos acontecimentos políticos fica enojado com o rumo que
tomou a política brasileira. O que se viu na sessão que permitiu a
admissibilidade do processo de afastamento da presidenta Dilma na Câmara foi a
prova que faltava para vermos que somos espectadores de um grande espetáculo.
Um coliseu moderno, aos moldes da Roma antiga. E isto tudo em nome da família,
do pai, da mãe, do filho, do genro, da sogra, do papagaio, do gato e do
cachorro. Menos em nome da educação, da saúde, de uma melhor qualidade de vida,
da segurança. E a grande maioria jurando de pés juntos que assim estão no dever
de sua representação popular. Ora pílulas!!!
Ao
nosso ver, errados em seus juízos, os que pensam estar fazendo uma assepsia,
pelo contrário, estão entornando mais o caldo, e certamente, não sobrará
ninguém da classe política sem os respingos e os chamuscados destes tempos de
trairagem. Sejam os que traem suas consciências, seus eleitores ou até mesmo
seus chefes políticos, a quem elogiam, veneram, mas não seguem. Tem traíra de
todo jeito. Tem os que em nome de agremiação partidária, juram ideologia e
fidelidade até a morte. Tem os que se embalaram na rede das esplanadas, estando
sujo, tanto quanto os paus dos galinheiros, e que contribuíram para o caos de
agora, mas ainda assim querem ser traíras. Que tipo de políticos votamos? Onde
fica a hombridade nestes homens que uma hora se beneficiam das hostes, em outras
são marias-vão-com-as-outras? Numa hora beijam em outras escarram? Que geração
de eleitores queremos formar com os políticos que temos?
O
tempo é o senhor da história. Com a palavra as suas excelências...
A volta dos que não foram
Lembro-me
que em tempo de adolescente usava-se esta expressão para pregar uma peça nos
companheiros. Dizia-se que este era o nome de um grande filme, do gênero
faroeste: “A volta dos que não foram”. Pois é. O momento político que ora
vivemos poderá trazer de volta esta expressão no campo das personalidades
políticas. A turma, outrora esquecida do virulento PMDB, eis que ressurgem com
a força de um “aedes egyptis”. Já fazem planos para o futuro. Dizem, agora, que
assim sendo, será melhor para o Maranhão, e que daqui pra frente tudo vai ser
diferente. Compinchas e puxa-sacos já se perfilam rumo ao planalto central. E
assim caminha a humanidade pras bandas de cá...
O voto que ninguém
entendeu
Dos
inúmeros votos pró-impeachment, e muitos incompreensíveis e com as mais
aberrantes justificativas, um chamou a atenção dos maranhenses: o voto do
Deputado Federal Zé Reinaldo. Tido como aliado do governador Flávio Dino, o
mais entusiasta governador contrário ao impeachment, esperava-se que o voto de
Zé fosse acompanhar o pedido do governador, até porque este envidara esforços
junto à bancada federal, convencendo até o deputado Waldir Maranhão, fiel
escudeiro de Eduardo Cunha a votar contra o afastamento de Dilma. E votou. Ora,
o que pareceu é que o deputado Zé Reinaldo, combinou uma coisa com o governador
e fez outra. Então por que as desculpas? Aliás, se hoje Zé Reinaldo diz ser
inimigo mortal dos Sarneys (o que agora é duvidável), por que votou numa
possibilidade dos Sarneys mandar de novo no Maranhão, caso o PMDB ascenda ao
poder com Temer e sua comandita? Juro que essa eu não entendi...
E
só pra lembrar, é ingenuidade pensar que fora o governo do PT quem atrapalhou o
governo de Zé Reinaldo...
Uma justa saída para a
crise
Seria
de bom alvitre que qualquer que seja a decisão do senado com vista ao processo
de afastamento da presidenta Dilma Rousseff, este mandato fosse encurtado, e
através de Emenda Constitucional, fossem feitas novas eleições presidenciais
para este ano, ou o mais tardar até maio do próximo ano. Esta prerrogativa bem
que poderia ser admitida tanto pela Dilma, caso se salve, como pelo astuto
Temer. Seria uma saída honrosa com um grande pacto político, e absolutamente
justa, pois daria ao povo a responsabilidade de escolher seu legítimo
governante. Esta é uma tese que muitos pensam e que agradaria a todos
certamente.
A desgraceira nas nossas
estradas
Paga
qualquer pecado, o cristão que se aventurar em viajar, por mais curta que seja
a viagem, pelas estradas do Maranhão, sejam as BRs ou as Mas. A malha viária
está totalmente destruída, levantando os velhos questionamentos de sempre, com
relação à qualidade do asfalto de nossas estradas. Não se tem a garantia de que
os serviços, quando feitos, possam durar de um ano para o outro. E a nossa via
crucis é de todo ano. O DENIT órgão (in)responsável pela manutenção e
conservação das estradas federais continua inerte, para justificar a
incapacidade dos seus dirigentes no estado, à guisa da crise nacional. A SINFRA
responsável pelas estradas estaduais vai ao mesmo ritmo. Resultado, estamos no
mato, ou melhor, nas estradas, lançados à nossa própria sorte! E que Deus nos
proteja!!
A luta de Moacir
Como
um vencedor destemido, gestor comprometido e sério. É assim que o professor
Moacir Feitosa resolve os muitos problemas da Secretaria Municipal de Educação,
deixados pelo seu antecessor Geraldo Castro Sobrinho. A cerca de dois meses à
frente da SEMED, já são visíveis as melhorias. A alimentação escolar está
garantida aos alunos, o transporte escolar já circula com frota de 80%, a
vigilância noturna das escolas está assegurada. No próximo mês começa um grande
mutirão de reformas emergenciais com vistas a deixar as UEBs plenas de
funcionamento. Na pauta também o reajuste dos professores. Os trabalhadores da
Educação Municipal esperam sensibilidade e apreço do Secretário, que já fez
muito, em outras gestões pelos docentes municipais. E assim, com
responsabilidade e atenção, os problemas estão sendo resolvidos. Ao professor
Moacir, desejamos sucesso!!
Em tempo...
Bem
aventurados a nação e o povo, cujo Deus é o Senhor!!!