domingo, 31 de janeiro de 2016

Poucas e boas...

Depois de um longo tempo retorno com as postagens que permitiram ao Blog inúmeros acessos. As postagens “Poucas e boas”. E elas têm a preferência não só porque lembram as conversas relâmpagos, o disse-me-disse, mas também porque casam bem com a comunicação das redes sociais. Longe de ser um “fuxico”, as postagens tendem a atingir o alvo de maneira certeira e intencional, deixando no ar um certo mistério, sarcasmo e prováveis interpretações de cada um. É na sua essência a notícia pela notícia; a opinião pela opinião; o objeto pelo objeto; o sujeito pelo sujeito. E vamos nós...


Pedaladas carnavalescas

Ainda repercute nas rodas de conversa de toda a cidade a escolha da marchinha de carnaval intitulada “Pedaladas carnavalescas” de autoria do magistrado Dr. Eulálio Figueiredo Almeida (Lalinho, como gosta de ser chamado), natural de São João Batista, pelo programa da Rede Globo, Fantástico. A escolha se deu em meio a mais de 780 composições inscritas no concurso. A composição do joanino-maranhense ficou entre as cinco melhores. Neste fim de semana, o juiz-compositor cumpriu uma série de compromisso levando sua marchinha pra ser cantada nas inúmeras festas e prévias carnavalescas da cidade. Sucesso total.


Enquanto isso...

Se por um lado alguns buscam fazer músicas verdadeiras carnavalescas, a exemplo de marchinhas, ou sambas de pura beleza poética, outros buscam tão somente o “merchandising”, e fazem umas besteiras que por incrível que pareça são bem assimiladas pela massa jovem tão inculta, porém bela. Causa-me indigestão os hits carnavalescos dos últimos tempos. Algo verdadeiramente intragável... Exemplo dos últimos besteiróis foram “rebolation”, “lepo-lepo”, e a última do ano passado “A muriçoca”. Aff... Até parece que pensam os compositores de tais músicas que nossos ouvidos sejam penicos!


Ainda bem...

Nem só de besteiras viveu a música baiana. A chamada “baianizaçao” do carnaval já produziu muitos sucessos nas décadas de 80 e 90, até mesmo no início dos anos 2000. Bandas como “Araketu”, “Cheiro de amor”, “Eva”, “Olodum”, “Timbalada”, “Chiclete com banana”, “Asas de águia”, e as cantoras Ivete Sangalo, Margareth Meneses, e Daniela Mercury embalaram os sucessos destas épocas. As músicas tinham embalo, ritmo e traziam letras trabalhadas. Ficaram eternizadas e são até hoje cantadas nos carnavais retrôs.


Já por aqui...

Há muito os carnavais dos interiores deixaram de ser os tradicionais, com desfile de Blocos e escolas de samba, que reuniam milhares de pessoas que vinham para as ruas e avenidas para verem os desfiles. Até que estes não acabaram, graças a determinação de alguns inveterados organizadores de blocos e escolas de samba, que aos trancos e barrancos levam pra uma avenida já desmotivada e inerte um desfile já sem muita empolgação. Aqui em São João Batista é assim.
Os bailes de clube cederam lugar para as festas abertas, cujas bandas enrolam mais que cantam, protagonizando uma verdadeira salada de forró, xote, quadrilha juninas, funk, axé e pouca coisa de música carnavalesca. E ainda dizem que estes são os melhores carnavais...

A falta de disciplinamento, ou seja, a falta de ordem nos municípios permite a invasão e aniquilação de nossas tradições culturais, antes, durante e após os carnavais. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Agora é pra valer: piso nacional do Magistério terá reajuste de 11,63% em 2016

Ministro da Educação Aluísio Mercadante
Conforme havia sido informado na última reunião do Fórum permanente de acompanhamento e atualização do piso salarial nacional do magistério público da educação básica, instância composta por MEC, Consed, Undime e CNTE, o referido piso, em 2016, valerá R$ 2.135,64.
O reajuste deste ano foi definido novamente pelo critério estabelecido em Parecer da Advocacia Geral da União, de 2010, que leva em consideração a estimativa de crescimento percentual do valor mínimo do Fundeb, entre 2014 e 2015, extraídas das Portarias Interministeriais MEC/MF nº 8, de 5/11/15 e nº 19, de 27/12/13. Ambas podem ser consultadas no sítio eletrônico do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (http://www.fnde.gov.br).
Ao contrário de anos anteriores, em que o piso teve atualizações substanciais, em 2016, por consequência da inflação, o percentual de reajuste ficou próximo dos principais índices de reposição inflacionária (10,67% do IPCA e 11,27% do INPC). Ainda assim, pode-se dizer que houve ganho real.
Caso seja mantido o mesmo critério de reajuste em 2017, o percentual de atualização do piso deverá ser de 7,64%, com base no valor per capita do Fundeb estimado para 2016, à luz da Portaria Interministerial MEC/MF nº 11, de 30/12/15, que foi de R$ 2.739,87 (referente ao investimento mínimo per capita para os anos iniciais urbanos do ensino fundamental).
Diante desta perspectiva, e seguindo as discussões travadas em âmbito do Fórum de Acompanhamento do PSPN, com vistas a vincular os percentuais de reajuste do piso às receitas efetivas do Fundeb (e não propriamente ao custo aluno per capita), a CNTE chama a atenção da categoria para a necessidade desse debate garantir além da reposição inflacionária (coisa que o atual critério de reajuste não prevê), também ganhos reais com base no cumprimento da meta 17 do Plano Nacional de Educação.
Para 2016, a CNTE reitera a necessidade de os sindicatos promoverem amplo processo de mobilização para garantir a aplicação efetiva do reajuste do piso em todos os níveis dos planos de carreira. Isso porque, mesmo diante da crise fiscal, é preciso encontrar mecanismos para garantir a valorização dos profissionais da educação, sobretudo através de esforços na arrecadação dos tributos (sem promover isenções fiscais) e na aplicação das verbas conforme dispõe a legislação educacional, sem desvios ou desperdícios.
Aproveitamos, também, para reforçar a convocatória de nossos sindicatos e de toda sociedade para a Greve Nacional da Educação, a realizar-se entre 15 e 17 de março de 2016, momento em que a CNTE fará balanço nacional da aplicação do piso do magistério e das demais políticas públicas estabelecidas no PNE e nos planos subnacionais.


Fonte: CNTE

domingo, 3 de janeiro de 2016

Da Coluna do Jersan

(Texto publicado na Edição de hoje do Jornal Pequeno, 03.012016)


SEM NOVIDADE

O ano de 2016 começa como acabou o de 2015, sem novidades há não ser aquilo que vem sendo anunciado e denunciado desde 1914: desemprego crescendo, inflação subindo, salários congelados, governo gastando mais do que arrecada, corrupção e violência desenfreadas, Dilma caindo nas pesquisas, desconfiança nas instituições públicas por parte da população, enfim “continua tudo como dantes, na casa de Abrantes”.
Na verdade o ano começa mesmo só depois do carnaval. Congresso Nacional, Poder Judiciário, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais estão em recesso. Processos contra parlamentares e o impeachment ficarão em “banho Maria” e a expectativa é a de que esse tema ainda vai demorar a ser resolvido. O caminho do pedido de afastamento da presidente da República caminha para o arquivamento e o deputado Eduardo Cunha, para que as coisas não passem, vergonhosamente, a ser considerada uma grande pizza deverá perder a Presidência da Câmara. Talvez!...
O povo, pelo que parece resolveu se manifestar somente atrás das pesquisas perdendo o interesse nas manifestações das ruas. É o descrédito popular, também, com relação ao Poder Judiciário e, especialmente, nos políticos que tem o poder de decisão e só decidem alguma coisa em benefício dos próprios interesses.     

Santa chuva na Baixada!

As primeiras horas do ano novo foram de bênçãos à nação baixadeira. A chuva que também caiu aqui em São Luís, molhou e bem os esturricados campos da Baixada Maranhense que ainda passa pela maior estiagem dos últimos tempos. Foram unânimes os votos de “graças” advindos de um povo que vive as amarguras da seca, e das extremas dificuldades causadas pela falta de água. Segundo as tradições passadas pelos mais velhos, os anos que costumam ter “chuva” no primeiro dia do ano, tendem a ser chuvosos. Se se confirmarem estas tradições – e nós queremos que se cumpra – este ano será de boas chuvas ao nosso Estado em especial à região da Baixada.
Para esta região, também conhecida como pantanal maranhense, as chuvas têm importância particular, uma vez que representa a vida e as condições de subsistência dos “campeiros”, como são chamados os que habitam essa região.

Diques da Baixada já!

Estas amarguras por que passam os baixadeiros certamente seriam amenizadas e muito se já estivessem construídos os já há bastante tempo pensado “Diques da Baixada”. Estes diques, que são extensas barragens que têm o propósito de garantir um certo nível de água nos campos naturais, tornando assim propícios para a criação das espécies nativas de peixes, patos, porcos, além de servirem para viveiros e reprodução de aves aquáticas são por todos os “baixadeiros” esperados com ansiedade, uma vez que só esta obra pode garantir o habitat das espécies e do homem campeiro. Além de todas estas peculiaridades, a construção dos diques tem outra primordial importância ao meio ambiente e ao ecossistema de toda uma região, que é o de conter a invasão da água salgada e o avanço do mar pela rebentação das áreas de igarapés que escavam continente a dentro.
Assim, desta feita, é preciso que o governo do estado, assuma pra si esta responsabilidade e urja junto aos órgãos do governo federal a imediata construção dos “Diques da Baixada”.

Este ano é a vez do povo!

Não que este ano seja o ano que a gente sempre quis que acontecesse. Que tenhamos aumento de salário acima da inflação e que todas as nossas perdas salarias sejam recompostas; que os impostos sejam reduzidos a cargas suportáveis; que os preços de todos os produtos de consumos sejam reduzidos; e que não tenhamos nenhum novo escândalo de corrupção. Nada disso! Querer isso é sonho...!
2016 é a vez do povo porque é ano de eleições, e cabe ao povo dar a resposta a toda essa corja de políticos ruins (prefeitos e vereadores) produzidos na última eleição. É a hora de banir os que só envergonham os parlamentos municipais e deixam com suas ganâncias as populações dos municípios mais pobres. Mas é hora também de reconduzir os bons gestores, aqueles que desenvolvem políticas públicas que permitem o desenvolvimento de seus munícipes, os que cuidam de suas cidades!
Somos nós, povo, que temos o poder agora! Usemos de forma consciente e responsável, para que depois não soframos as consequências! Pois, não adianta ir para as ruas rugir como um leão, se na hora das eleições, na urna, você age como burro!

A propósito de 2016...

Esperamos tudo de bom... Esperamos que seja melhor que 2015. Que tenhamos paz, segurança, felicidade, alegria, saúde, dinheiro..., muito dinheiro! Que as nossas verdadeiras amizades sejam duradouras, quiçá eternas; que o nosso trabalho seja bem aventurado e que novas fontes de trabalho surjam aos nossos irmãos que buscam afirmação; que as nossas autoridades possam ter a luz da responsabilidade sempre acesa, e que o Senhor não os deixeis cair em tentação de qualquer ordem, sobretudo a pecuniária.
Que possamos estar mais conscientes de nossos deveres e direitos para com a nossa nação, que o nosso papel de cidadão seja “exemplo bom” para os demais concidadãos do mundo. É o que desejamos!
Que o ano novo traga consigo a possibilidade de você reorganizar a sua vida, consertar erros, fazer coisas diferentes. Essa promessa do ‘novo’ é fundamental para o bem-estar de cada um de nós. Aliás deixe que o ano-novo espere mais de você que você dele. Pois, de nada adianta mudar o número do ano no calendário se você continuar se programando do mesmo jeito que sempre fez, tendo as mesmas atitudes, as mesmas reações, deixando-se ficar na mesmice da velha monotonia.

Mude, que o mundo muda com você! Feliz 2016!

sábado, 2 de janeiro de 2016

Santa chuva na Baixada

Por César Soares
O Criador nos abençoou nesta primeira madrugada do ano novo com uma CHUVA. Aleluia!
Todos sabemos da importância desta dádiva da natureza para nossa região.
Pois, não somos baixadólogos, aquele que estuda a causa da Baixada. Somos, sim, baixadeiros, por viver, amar e sofrer as agruras deste tão belo e esquecido pedaço do Maranhão.
Euclides da Cunha foi talvez o maior nordestólogo, estudou e escreveu sobre o Nordeste. Quem ainda não conhece "Os Sertões", não adentrará facilmente no reino do Céu!
Entretanto, são os nordestinos, na essência, quem melhor nos descrevem o que faz dessa bela e maltratada região do país, uma terra de encantos.
Luiz Gonzaga, Elomar, Ariano Suassuna e João do Vale, não nos deixam mentir.
A esperança reacende em nossas almas, molhada por essa chuva, que irá começar a desturricar nossos campos, trazendo de volta nosso pantanal, enchendo nossos rios e lagos da mais rica abundância.
Que Flávio, Ana, Batista, Eduardo, Expedito, Filuca, Gusmão, João, Natalino, Padilha, Popito, Zé Martins, Valente e demais companheiros de jornada, continuem a ser os arautos do desenvolvimento sustentável pra nossa querida Baixada.

Feliz 2016, nação baixadeira!

(*) César Soares é bancário e vice-prefeito de Pinheiro-MA.