quinta-feira, 19 de março de 2015

Cai o primeiro Ministro de Dilma Roussef

Cid Gomes ficou menos de três meses no comando do Ministério da Educação, mas o fato é que a educação no país já está sem rumo há algum tempo. O próximo ministro será o quinto, em cinco anos, num cargo que vem cumprindo um papel mais político do que estratégico. Isso é muito grave, dada a importância dessa área para o desenvolvimento do país.
O novo ministro encontrará enormes desafios. O primeiro deles é reduzir as desigualdades educacionais, melhorando a qualidade das escolas públicas. Hoje, enquanto alguns poucos alunos se destacam, a nota média não chega a 4,0.
É um desafio de gestão. Requer estabelecer um currículo mínimo comum, definir metas de desempenho com as instituições, alinhar práticas de estados e municípios, fazer diagnósticos para detectar deficiências e implementar planos de ação específicos, alocando os recursos da maneira mais eficaz.
O segundo grande desafio está no sistema educacional. Começa na educação infantil, onde faltam vagas e educadores bem preparados, justamente numa fase em que se desenvolvem aspectos cognitivos e sócio-emocionais decisivos para a vida escolar.
A questão se agrava no ensino fundamental. Nessa etapa, uma parte significativa dos alunos não está desenvolvendo hábitos de leitura e estudo, nem competências básicas ligadas a português, matemática e ciências. A indisciplina vem aumentando e não há como ignorar problemas relacionados a drogas e violência, inclusive contra professores.
A corda arrebenta no ensino médio, com jovens em idade acima da série, que acumulam histórico de reprovações. Muitos chegam a este segmento quase analfabetos funcionais – não é à toa que o último Enem registrou meio milhão de notas zero e apenas 256 notas máximas na redação.
Nossa escola é do século passado. Há que valorizar e capacitar os docentes, garantir infraestrutura e recursos compatíveis com o aluno do século XXI, da geração Z, da interatividade. Renovar as formas de ensinar e aprender. Escola em tempo integral, do jeito que está, é absurdo: seria fazer mais do mesmo. Há que reforçar também a importância da contribuição das famílias. Sem que a família faça a sua parte em casa, as melhores políticas públicas fracassam.
O terceiro desafio é ligado ao ensino superior. Primeiro, no estímulo à pesquisa e inovação, que vêm sendo tratados de forma secundária. Além disso, o governo abriu as portas das faculdades para muitos estudantes sem base acadêmica, e não é toda instituição que faz trabalhos de suplência para ajudar o aluno a avançar.
Nesse ponto, a visão de Cid Gomes era temerária, pois fazer Enem on-line “qualquer dia, qualquer hora” não resolve: ao contrário, só agrava os riscos de deixar passar alunos despreparados. Essa bomba-relógio pode estourar no mercado de trabalho, com profissionais pouco qualificados, colocando em risco a capacidade produtiva e o crescimento do país.
Por tudo isso, a educação se tornou o ministério mais decisivo do momento. Tratá-lo de forma responsável é condição essencial para garantir o avanço do país nas próximas décadas.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Fórum da Baixada realiza segundo encontro

No último sábado, dia 14 de março, aconteceu o II Encontro do Fórum da Baixada Maranhense, no auditório da TV Assembleia. Com a participação de mais de uma centena de baixadeiros, o encontro, além dos informes pertinentes à consolidação da instituição, debateu assuntos inadiáveis aos interesses dos municípios da Baixada, sobretudo aqueles que tem seus campos ameaçados pela invasão de água salgada, como Viana, São João Batista, Cajapió e Bacurituba e a construção da obra que pode resolver esta grande ameaça: “os diques da Baixada”.

O Fórum com cerca de um mês de constituído marcha para a sua consolidação, e para tanto já realizou dois grandes encontros. Uma extensa pauta de reivindicações, caucadas na realização de obras ditas estruturantes, foi levantada nos municípios que compõem o território compreendido Baixada Maranhense. Algumas desta obras já foram sinalizadas positivamente pelo governo do estado, através do chefe da Casa Civil, Dr. Marcelo Tavares, presente no I Encontro do Fórum, realizado no dia 28/02.

Como resposta a estas demandas, surgem as primeiras conquistas do Fórum para a região. Diante do compromisso assumido no primeiro encontro, o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, anunciou a autorização pelo governador para a construção de 05 barragens na região, entre elas estão as barragens de Maria Rita e a do Félix, beneficiando as cidades e Bequimão, Peri-Mirim, Palmeirândia e São Bento. Também já fora assinada a ordem de serviço para a elaboração do projeto executivo que prevê a construção da ponte sobre o rio Pericumã, ligando os municípios de Bequimão a Central do Maranhão e dos demais municípios do litoral ocidental do estado.

Baixadeiros no II Encontro do Fórum da Baixada
O II Encontro do Fórum realizado em 14/03 no auditório da TV Assembleia contou com as presenças do presidente em exercício da Assembleia, Deputado Othelino Neto, do Deputado Cabo Campos; dos prefeitos Chico Gomes (Viana), Nonato Silva (Cajapió) e Zé Martins (Bequimão); além de várias lideranças vindas de muitas cidades do Pantanal Maranhense, além de intelectuais, empreendedores e trabalhadores rurais.

O Encontro foi abrilhantado com uma excelente palestra do Dr. João Martins, Superintendente do Sebrae, sobre os Arranjos Produtivos para a Baixada. 

O Deputado Othelino Neto aproveitou e informou que o Hospital Macrorregional de Pinheiro, de 100 leitos, deverá ser inaugurado em Junho/15. Frisou que houve um atraso no pagamento do repasse do BNDES ao governo e consequentemente à empresa, mas que essa pendência já está sendo resolvida.


Para marcar a sua fundação, o Fórum está programando o III Encontro que realizar-se nesta sexta-feira (20/03), no salão principal da AABB, no calhau, a partir das 18:ooh. Na oportunidade será feita o lançamento oficial da Cartilha do Fórum e será conferida honrarias às autoridades que prestaram relevantes serviços ao território da baixada maranhense.

sexta-feira, 13 de março de 2015

ELIZIANE GAMA: Deputada do PPS maranhense se destaca em Brasília.

Eliziane dá entrevista à mídia nacional
A deputada federal Eliziane Gama (PPS) teve, em seus quase dois meses de atuação no Congresso Nacional, participação mais efetiva que muitos parlamentares já há anos na Câmara. Membro atuante da CPI da Petrobras, ela tem sido assediada pela mídia nacional e se destacado na inquirição dos depoentes.
Partiram de Eliziane Gama os Requerimentos mais contundentes em relação à operação Lava Jato, com repercussão até internacional. Suas perguntas aos diretores da Petrobras geraram matérias de destaque em todos os grandes jornais.
Como coordenadora da comissão da refinaria Premium, a deputada maranhense é hoje o membro mais destacado do PPS em âmbito nacional, e já ganhou a confiança do partido para missões importantes em Brasília.
Pela postura sempre firme, pela atitude que tem na ação parlamentar e pela desenvoltura política, todos já esperavam uma atuação destacada de Eliziane na Câmara. Mas a repercussão de seu mandato surpreendeu até mesmo os mais otimistas.
E ela só está começando.
Está lançada uma nova e expressiva liderança!


segunda-feira, 9 de março de 2015

Conjuntura: todos brincando com fogo

Por Robert Lobato


De uma maneira em geral estão brincando com fogo. Cada um do seu jeito: oposição e governo. Senão vejamos.

A oposição

Capitaneada pelo PSDB, a oposição ainda está sob o efeito da “síndrome da vitória moral”: perdeu no voto, na política, no projeto, mas ainda assim acha que saiu vitoriosa do processo.

Só que na vida real não existe essa coisa de “vitória moral”, existe vitória, simplesmente. E que venceu a eleição para presidente do país foi a senhora Dilma Rousseff, do PT. O senhor Aécio Neves, do PSDB, ficou em segundo lugar junto com a Globo, Veja, Estadão, Folha de São Paulo etc, etc, etc.

Tendo o seu projeto rejeitado nas urnas, a oposição se volta contra o governo no embalo da crise política para, ora às claras, ora de forma obscura, defender o impeachment de Dilma com base nas denúncias de corrupção na Petrobras. Ou seja, é como se a Petrobras pudesse acabar com o PT, mas as falcatruas no banco HSBC não fizesse sequer cócegas no PSDB…

Sem base social ampla e organizada, resta aos tucanos, via redes sociais e os meios convencionais de comunicação, estes sempre a postos quando é para desestabilizar governos populares, mobilizar os setores descontentes com o governo para tentar enfraquecer a Dilma e fortalecer a tese do seu afastamento. O Brasil, a economia e o povo que se danem!

Se não bastasse, essa mesma oposição liderada pelo PSDB agora flerta de maneira mais oportunista possível com Renan Calheiros – basta ver as palavras carinhosas e amáveis que o senador Aécio Neves dirigiu ao peemedebista quando da devolução da Medida Provisória do ajuste fiscal, na semana passada. Isso poucas semanas após o tucano ter esculhambado com Calheiros durante a eleição da Mesa Diretora do Senado.

O governo

No outro lado da arena política está o governo, que aparentemente ainda não se deu conta da gravidade política na qual está metido.
Errou e continua errando em subestimar o mostro político que resolveu levar para dividir o poder no Palácio do Planalto: o PMDB.

O PMDB não tem coração, não tem paixão. O que o partido do vice-presidente Michel Temer tem é força política e interesses do Oiapoque ao Chuí. E sabe, sempre soube, exercer sua força.

Ora, é natural que um partido com a pujança do PMDB não aceita ser tratado nos mesmo moldes de um PP, por exemplo. Erra, então, a presidenta ao não trazer para perto de si o Michel Temer, até porque não tem outra alternativa ao PMDB, ao menos nessa conjuntura de grave crise política.
Urge o governo rearticular sua base no Congresso Nacional levando em conta as virtudes e os vícios impostos por esse presidencialismo de colisão sustentado por uma tal governabilidade que só ganhará qualidade a partir de uma ampla reforma política democrática e popular que institua o financiamento público de campanha e ponha fim às doações de empresas.

Não basta Dilma ir a TV ler script feito por marqueteiro, reconhecer problemas que são do domínio público e não ir ao cerne da questão, inclusive denunciando a velha mídia. Assim como não adianta o governo minimizar “panelaços” dizendo tratar-se de ação promovida por setores derrotados na eleição de 2014.

Da mesma forma, não é inteligente banalizar o visível e crescente insatisfação das classes médias que o PT levou anos para ganhar a confiança e afastar o medo que ela sentia do partido.

O governo deve é procurar enfrentar de frente e com inteligência os problemas em curso que na grande maioria é de natureza política, ou não restará nem mesmo os beneficiários do Bolsa Família para defendê-lo.

Enfim, se é verdade que a oposição brinca com fogo ao estimular a defesa da bandeira do impeachment, da mesma forma faz o governo ao tampar a luz da crise com a peneira.

O fato é que Dilma não tem lá muita escolha: ou trata de fazer política; se realinhar com o PT de Lula; repactuar com o vice Michel Temer e reorganizar a base parlamentar a partir do PMDB, ou… vai cair! E cada minuto que passa é ouro para a presidenta.

Reforma política já!


domingo, 1 de março de 2015

A Baixada e os baixadeiros

Campos da Baixada Maranhense
O binômio não identifica apenas dois substantivos correlatos, muito menos um substantivo e o seu adjetivo pátrio-derivacional. Para o povo que nasceu na Baixada Maranhense é mais que isso. Representa a mãe e os filhos, o berço e o rebento, o colo e os acolhidos, a amada e os amantes, entre outras concepções.

A Baixada Maranhense dentre muitas qualidades tem em seu povo uma particular característica: o dom da inteligência. Daí não serem poucas as autoridades advindas daquele rincão maranhense.

Contudo, mesmo que muitos já tenham feito pela região, é preciso fazer muito mais. É preciso ter um novo olhar. Ver nas potencialidades naturais desse imenso manancial aquático, a fórmula de reverter o quadro das mazelas municipais que compõem essa imensa região constituída de terras altas e baixas em sua maioria. É imprescindível que agora, mais do que antes, reivindiquemos de maneira organizada pela nossa região, ao tempo em que esperamos que os novos governantes, desta vez, ouçam os apelos da nação baixadeira.

Observa-se no entanto que esforços isolados não provocaram a ressonância que se faz necessária. É preciso união. Se já nos unimos nas pequenas alegrias, unamo-nos agora na luta para uma alegria maior: tornar a Baixada uma região potencialmente rica em todos os aspectos, quer seja cultural ou socialmente.

É com esse propósito que germina o Fórum em Defesa da Baixada Maranhense.  Uma instituição acima de qualquer interesse pessoal, que busca exclusivamente os interesses das comunidades dos municípios da baixada. Faz-se necessária uma grande pauta de reivindicações a serem levadas a todos os órgãos governamentais seja em âmbito estadual ou federal. São muitas as nossas necessidades, e o Fórum as terá como bandeira. Atuaremos como força paralela dos governos municipais, caso assim sejamos entendidos e confiados.
A fonte germinadora do fórum é o próprio povo. Aqui atende-se o princípio da democracia. É do povo, pelo povo e para o povo. O que deve reinar é o espírito coletivo de que seja um por todos e todos por um.

Japeçoca ou Japi-açoca
O Fórum não tem, nem terá o propósito de suplantar ou inibir quaisquer outras organizações de mesmo interesse. Pelo contrário, ele quer coexistir na mesma intenção, no mesmo intuito. A luta de um será agora, aos olhos do Fórum, a luta de todos. Daí, estar aberto a adesões, sugestões, participação. É preciso fazer valer a gênese da Baixada: uma terra de povo inteligente.

É assim entendendo que se pretende bater às portas das instituições governamentais e das agências fomentadoras de desenvolvimento, e abri-las aos interesses da região da baixada, pois somente unidos, nós, os baixadeiros, seremos mais fortes.


A hora é agora!

REALIZADO COM SUCESSO O PRIMEIRO ENCONTRO DO FÓRUM EM DEFESA DA BAIXADA

Um grupo de cidadãos originários da Baixada Maranhense reuniu-se ontem com a finalidade de articular a criação do Fórum em Defesa da Baixada Maranhense, como entidade da sociedade civil organizada, cujo objetivo é estabelecer um canal de interlocução com as diversas esferas do Poder Público para discussão das necessidades pertinentes à microrregião, como a construção de barragens, o projeto diques da Baixada e a construção da ponte Bequimão-Central do Maranhão. O evento foi realizado no auditório da TV da Assembleia Legislativa, a partir das 9:30 horas.
Participaram do encontro o Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, o ex-deputado Jota Pinto, o vice-prefeito de Pinheiro, César Soares, o vice-prefeito de Peri-Mirim, Heliezer Soares, dezenas de vereadores, ex-prefeitos, intelectuais, estudantes, profissionais liberais, cientistas, lideranças e formadores de opinião de diversos municípios da Baixada.
Segundo o professor Flávio Braga, que coordenou os trabalhos, “a Baixada possui uma peculiaridade que a distingue sobremaneira das outras regiões pobres do Maranhão: embora o seu povo seja desprezado e muito empobrecido, as soluções para melhorar as condições de vida são baratas, simples e de fácil resolutividade. Só depende da vontade política de nossos governantes. Quem conhece bem a realidade social da Baixada pode atestar essa situação de omissão e abandono”.
No início dos trabalhos foi projetado um documentário produzido pela Frente Parlamentar em Defesa da Baixada em conjunto com a TV Assembleia, enfocando aspectos geográficos, econômicos, populacionais e culturais da microrregião. Em seguida, foi proferida uma palestra pelo Dr. Expedito Moraes, assessor especial da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), discorrendo sobre o Projeto de Vicinais de Campo (pequenas barragens de fundo de enseadas), expondo o seu grande alcance social e a possibilidade de desenvolvimento de novos arranjos produtivos.
No decorrer da sua intervenção, o Chefe da Casa Civil comunicou que várias reivindicações históricas da Baixada já estão sendo providenciadas pelo governo do estado, como a pavimentação da estrada de Pedro do Rosário a Zé Doca, a construção da ponte ligando Bequimão a Central do Maranhão, a construção do campus da UEMA em São Bento e a regularização do serviço de ferry-boat, por meio da realização de licitação e concessão pública. Ao final da reunião, foi discutido e aprovado o manifesto do Fórum em Defesa da Baixada, eleita uma coordenação executiva com cinco membros e agendado um novo encontro para o dia 14 de março.

(Fórum da Baixada)