terça-feira, 7 de maio de 2013

UMA JUSTA HOMENAGEM

Professores e funcionários do Acrísio Figueiredo

Cumpre a nós, de bom senso, reconhecer o que é justo e correto. Por isso o texto é uma homenagem aos alunos do Centro de Ensino “Acrísio Figueiredo”.  E esta se faz necessária exatamente porque estes em bom momento homenagearam o maior de todos os nossos políticos, o nosso Deputado Francisco Figueiredo, o Chiquitinho.

Recentemente a família comemorou os 100 anos de vida de Chiquitinho, se vivo estivesse. Mas em verdade os grandes homens não morrem, e Chiquitinho, que chegou a ser Deputado Estadual por três mandatos, e já como setentão, chegou a ser Prefeito de sua terra natal, vive e bem na memória dos muitos joaninos que o conheceram. Fui um destes que o conheceu e pude demonstrar por ele a minha admiração.

Certa vez quando o presentei com um livro, uma antologia poética, do qual fiz parte e que fora publicado pela Editora Shogum, do Rio de Janeiro, no ano de 1987, pude descobrir a sensibilidades de um menino, na alma de um homem já calejado pela vida. E eu, do vigor dos meus vinte poucos anos, fiquei naquela época, surpreso quando vi, o prefeito Chiquitinho declamar “Ainda uma vez adeus”, magistral poema do maranhense Gonçalves Dias.

Deputado Francisco Figueiredo
Descobri a partir dali a crença do experiente político na força da juventude, afinal, ele era um homem maduro, mas de espírito jovem. Um boêmio.  A prova disto foram as festividades e os eventos futebolísticos, confiados e realizados por um grupo de jovens, admiradores de sua postura política e detentores de sua amizade.

Era assim o velho Chiquito. Um homem com alma jovem. E já era tempo de reconhecer este cidadão, como um dos grandes homens da nossa história. História esta que rompe as fronteiras da nossa querida e sofrida São João Batista.

Junto-me portanto, apesar da metalinguagem, ao lado dos alunos, professores e dos gestores do Centro de Ensino “Acrísio Figueiredo” para homenagear ao sempre ilustre Francisco Ferreira Figueiredo, o nosso Chiquitinho.

Parabéns aos alunos e educadores que abriram o grandes livro de nossa história, onde certamente estão contidas a vida e os feitos daqueles que fizeram e fazem a nossa boa  história.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

TRUPIZUPE (da Cultura Popular do Nordeste)


O meu nome é Trupizupe
Sou o galo de campina
Me chamam Trupizupe
O raio da Silibrina...(4x)
Eu não digo à ninguém
Que sou valente
Vivo longe
Dos brutos desordeiros
Sei tratar muito bem
Meus companheiros
Mas se um dia
Eu ficar de sangue quente
Chegarei no inferno
De repente
Faço o diabo chefão
Virar mulher
Mando logo prender
A lucifer
Solto alma de deuses
E pagãos
Se o cão cocho cair
Nas minhas mãos
Só se solta com vida
Se eu quiser...
O meu nome é Trupizupe
Sou o galo de campina
Me chamam Trupizupe
O raio da Silibrina...(2x)
Qualquer dia do ano
Se eu puder
Para o céu
Eu farei uma jornada
E como a lua
Já está desvirginada
Olha eu posso
Tomá-la por mulher
Se acaso
São Jorge não quiser
Olha eu tomo o cavalo
Que ele tem
Se a lua quiser
Me amar também
Dou-lhe um beijo
Nas tranças do cabelo
Deixo o santo
Com dor de cotovelo
Sem cavalo
Sem lua e sem ninguém...
(O meu nome é Trupizupe)

Sou o bote
Da cobra caninana
Sou dentada
De tigre enraivecido
Sou granada
Que solta um estampido
Que se escuta
Por mais de uma semana
Sou picada
De abelha italiana
Sou a bala que acerta
O meio da testa
Sou incêndio
Que arrasa uma floresta
Sou a bruta explosão
Da dinamite
Sou micróbio feroz
Da meningite
Liquidando com gente
Que não presta...
(O meu nome é Trupizupe)

Bráulio Tavares
Dei um murro nas ventas
De um mal poeta
Que a cabeça voou
Fez piruetas
Passando por todos
Os planetas
Foi parar num reinado
De um profeta
Disse um santo
Que viu ficou pateta
A cabeça do cabra
Estava um facho
Uma alma gritou:
"Oh velho macho!"
São Pedro falou:
"O que é isto?"
Disse um anjo que estava
junto à Cristo:
"É (Batista Azevedo) zangado
Lá embaixo!"
(*) O texto acima é música de Zé Ramalho e baseia-se nas proezas de Trupizupe, personagem violeiro, astuto, criado pelo poeta Bráulio Tavares, autor da letra acima.