O dito cujo, que está com o seu mandato por um fio, aguardando decisão da justiça eleitoral, em processo que pede a sua cassação por compra de votos e abuso de poder político e econômico, anda generoso ao extremo. Como todo político-de-ocasião, na hora do sufoco procura dar uma de bonzinho.
O prefeito que nunca havia reunido com seus funcionários, nunca os havia cumprimentado, que os humilhou quando da greve de professores que lutavam por melhores condições de trabalho e remuneração, nos últimos tempos tem até autorizado aumento de salário. Tem ido a missa, tambor de mina, tambor de crioula, reggae, bambaê, e tudo o quanto. Tem até batizado, ainda que pouco, pois não desperta muito carisma para ser padrinho.
Junto a estas desconfiadas atitudes, tem também reunido com os seus bajuladores de plantão, para anunciar uma provável cassação, apesar de dizer que confia na justiça, no que convenhamos, deve mais é que acreditar.
Desta vez, os visitados hoje (sábado) foram os vereadores, em plena sessão ordinária.
E mais uma vez o tom do discurso teve uma excessiva dose de presunção, quando ele, atribui -se a condição de melhor prefeito que aquela terra já tivera, acompanhado de um certo clima de despedida, quando mais uma vez declara que poderá ser cassado.
Na câmara, entre uma inverdade e outra, o Prefeito esqueceu-se de dizer da condição caótica em que se encontra a saúde do município, os prédios e logradouros públicos (fotos).
Não sabe também como vivem as comunidades, hoje sem nenhum projeto de alcance social. Deveria falar da falência da agricultura familiar, hoje sem nenhuma assistência ou linha de financiamento.
Entretanto, de todas as expressões mal colocadas a que mais repercutiu negativamente na classe política e entre aqueles que lhe assistiam foi a de que “ os seus vereadores (os da situação) estavam ali para lhe defenderem”.
O mal-estar foi tamanho. Todos se entreolharam numa frieza incomum.
Os nobres parlamentares, principalmente os que apóiam o seu governo, foram subjugados. Reduzidos à vexatória condição de paus-mandados.
Como se vê, no desespero e no afã de buscar uma tábua de salvamento, o prefeito Eduardo afunda mais, enquanto sua anunciada cassação não chega.
PS. As sessões ordinárias da Câmara Municipal de São João Batista acontecem aos sábados, o que nesta condição ficam excluídos os adventistas.