segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Os Bolsonaros e os outros


Vendido como um homem acima de qualquer suspeita, Bolsonaro elegeu-se Presidente do Brasil, mesmo depois de ter uma atuação pífia nas quase três décadas como deputado federal. Sempre integrou o chamado baixo clero e ficou mais conhecido pelos destemperos verbais e pelas muitas confusões em que se meteu do que por qualquer outra atitude louvável. Mesmo assim fora visto como novidade. E deu no que deu. 

Eis que agora ele se vê em meio a um redemoinho até então inexplicável e controverso, às vésperas de sua posse. Trata-se do caso em que um ex-assessor de seu filho, o deputado estadual, Flávio Bolsonaro, eleito agora senador pelo Rio de Janeiro, foi identificado pelo Coaf como alguém que movimentou mais de 1 milhão de reais em um ano em sua conta pessoal, sem que tenha proventos suficientes ´para isso.

Estas relações entre familiares do ex-assessor e os Bolsonaros chega também até o presidente eleito, Jair Bolsonaro, uma vez que uma filha do ex-assessor também esteve lotada nos gabinetes do filho e do pai, inclusive sem a devida comprovação de que realmente dava expediente.

A suspeita é de que uma velha prática que ocorre nas casas legislativas também fora praticada pelo clã de quem sempre se disse impecável e estritamente correto, a de empregar funcionários em seus gabinetes e reordenar salários desses servidores, ou seja, o funcionário recebe o salário pago em contracheque e repassar metade para o parlamentar, via algum assessor de confiança.

Se nisto não há ilegalidade, no mínimo tem imoralidade e como se vê, Bolsonaro é só mais um, igualzinho a muitos políticos por este país afora.

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