domingo, 9 de dezembro de 2018

Caldeirão de interesses


Ferve em alta temperatura o caldeirão dos aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro, notadamente com os neófitos eleitos pelo seu partido, o PSL. Para o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP), a responsável pelos desentendimentos na bancada do partido que vieram à tona na última quinta-feira (6) é Joice Hasselmann (PSL-SP), jornalista que se elegeu em outubro como a deputada mais votada da história da Câmara.  Nesta sexta-feira (07), a deputada eleita rebateu o desafeto desde as épocas de campanha eleitoral e o acusou de ser o responsável pela confusão. Sem nenhuma experiência no trato com a política, a deputada quer chamar pra si os holofotes que a tornaram conhecida no jornalismo político e nas redes sociais.
O clima já era notado na primeira reunião dos recém-eleitos parlamentares do PSL.  Joice Hasselmann se apresentou como principal articuladora com as demais legendas, sem ser designada para isto, citou explicitamente que vários parlamentares do próprio partido estariam incomodados com a inacessibilidade de Jair Bolsonaro e do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e garantiu que estaria neutralizando a situação com a ajuda de Jair Bolsonaro.
A briga ficou mais séria quando o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro também entrou no meio da confusão. Embalada pela expressiva votação que teve, Joice pensa que isso a credencia para assumir a liderança do partido na câmara na frente de deputados já experientes. O angu está formado. 

Magno Malta: o decepcionado 

Considerado o “vice dos sonhos” no início do pré-campanha eleitoral, o senador Magno Malta (PR-ES) ficou de fora do primeiro escalão do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O senador pelo Espírito Santo Magno Malta foi figura marcante desde antes da campanha. Defensor ardente da campanha a presidente do Jair Bolsonaro, o até então senador Magno Malta esteve presente nas andanças e foi o responsável por alianças significativas de setores das igrejas evangélicas à candidatura do presidente eleito. Alguns analistas, e o próprio Malta, alegam que este dera mais importância à campanha presidencial do que a sua própria reeleição a senador. Atingido também por denúncias de ter forjado denúncia a uma pessoa de ter cometido crime de pedofilia no Espírito Santo, mas que fora inocentado, o senador viu a sua reeleição escapar-lhe por entre os dedos.
Sobrou então a esperança de que pudesse ser convidado para assumir um Ministério. Resultado: Nem mel, nem cabaça. Perdeu a chance de se tornar vice-presidente da República e também não se reelegeu. O apito final nessa questão foi dado pelo próprio Bolsonaro que disse que o amigo não seria anunciado ministro pois não atendia ao perfil de ministeriável. Mui amigo! 

Vice não manda

Pra não fugir à regra no meio político, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), impôs uma “lei do silêncio” ao seu vice, general Hamilton Mourão. A recomendação é para que o militar adote uma postura mais discreta e deixe que Bolsonaro seja o centro das atenções, sendo o único porta-voz do futuro governo.
Além da trava verbal sugerida, o general da reserva não deverá ter espaço para atuar no governo. “Pelo desenho atual da estrutura, a vice-presidência não terá nenhuma secretaria subordinada ou atribuição predefinida. Após a vitória em segundo turno, chegou-se a especular que Mourão teria um papel de ‘gerente’ do governo, coordenando os ministérios. Porém, a recomendação é que o vice só responda às demandas específicas de Bolsonaro, quando for solicitado”.
Como se vê, as coisas não começam muito bem no governo Bolsonaro. É visível a autofagia e a ciumeira entre os membros do governo em formação. 

Presente de grego

Não caiu muito bem o projeto de lei enviado pelo governo Flávio Dino e que foi aprovado pela Assembleia Legislativa em regime de urgência que aumenta as alíquotas do ICMS no estado. Para muitos foi um presente de grego à população maranhense, principalmente aos que o elegeram para um segundo mandato, de um governo que acabou de ser reeleito ainda em primeiro turno. Esse aumento incidirá notadamente sobre os preços dos combustíveis, dos refrigerantes e cervejas. Os comentários foram os mais negativos possíveis, sobretudo em um Estado que tem as piores estradas, quase ou nenhuma indústria e tem a sua população ativa trabalhando, em grande maioria na informalidade. Ficou mais nebuloso ainda quando, recentemente o governo foi acusado de meter a mão no caixa dos aposentados, o FEPA, gerando uma ameaça de que o governo não teria como honrar compromissos salariais com os aposentados para o ano de 2019. É esperar pra ver.

Confraternizações

Como de regra no mês de dezembro acontecem as muitas confraternizações dos amigos e familiares, das instituições, repartições, ou mesmo dos que costumam dividir as mesas de bares nos finais de semana. São as festas do Natal. Registramos duas confraternizações marcantes ocorridas ontem, sábado. A do Fórum da Baixada Maranhense ocorrida na cidade de Viana e a dos professores de cursinhos pré-vestibulares, que se uniram a partir de um grupo de whatsap denominado Feras dos Cursinhos, ocorrida na chácara do professor Jorge Passinho. Para o próximo final de semana os amigos da cerveja pretendem se reunir em mais uma confraternização na churrascaria do Roberto, na curva do 90.  A todos, boas e alegres confraternizações!


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