Causou
espanto a forma preconceituosa e maldosa com que um blogueiro escreveu sobre a
inauguração do Museu da Roça, inaugurado em Bequimão. Desinformado, o tal
blogueiro visava atingir ao gestor da cidade de Bequimão que de forma gentil
atendera ao convite da idealizadora e coordenadora da iniciativa da comunidade
Quilombola de Juraraitá.
O
que não sabia o tal blogueiro que ali não se tratava de uma obra pública
realizada pelo prefeito Zé Martins. Não sabia também que se tratava de uma homenagem
de um alguém que tendo hoje formação escolar, não nega seus antepassados e suas
raízes de pessoa que trabalhou na roça.
Quis
o infeliz blogueiro sensacionalizar com a ideia de ser o museu estabelecido
numa casa de taipa. Como se ali, naquele espaço tão original, não fosse digno
de guardar a história dos trabalhadores rurais de juraraitá. O que não sabe o coitado é que esta é uma ideia recorrente em muitas outras cidades dos vários estados brasileiros.
A
nosso ver, os atingidos foram os trabalhadores rurais, os roceiros, os
agricultores que lutam em suas roças todos os dias. Os desrespeitados foram
todos aqueles que fazem a história dos quilombolas que resistem com sua luta
ainda na roça. A estes cabem as muitas desculpas de quem de maneira infeliz os
atingiu.
E
para esclarecer os fatos a idealizadora do Museu da Roça, Ivete Macedo (foto),
divulgou nota de esclarecimento colocando a verdade sobre o que tem saído na
imprensa, em especial na blogosfera e redes sociais sobre a referida entidade,
localizado no povoado de Juraraitá, município de Bequimão.
Opositores do
prefeito Zé Martins (MDB), alguns instalados no Palácio dos Leões, inclusive,
andaram propagando inverdades sobre o Museu da Roça, com se a iniciativa de tal
empreendimento social fosse obra da Prefeitura de Bequimão, o que é
completamente falso.
A nota assinada
pela senhora Ivete Macedo, portanto, restabelece o que de fato é verdade e a
razão para a existência do referido museu. Confira.
Nota de esclarecimento
Em decorrência de boatos e matérias maldosas
nas redes sociais e em blogues da capital e interior, que sequer tiveram a
preocupação de buscar a informação correta sobre o Museu da Roça, idealizado e construído
por mim, na comunidade quilombola de Juraraitá, na zona rural de Bequimão,
venho esclarecer a verdade dos fatos aos desinformados e críticos sem
conhecimento da história dos remanescentes.
Sou Ivete Macedo, uma jovem que saiu da
comunidade aos 13 anos de idade, indo para São Luís estudar e buscar mudar de
vida. Ao voltar ao lugar onde nasci, criei o projeto do Museu da Roça, com o
objetivo de resgatar a cultura e a história de meu povo. Sabedora de que as
casas de taipa em Bequimão estão com os dias contados, resolvi construir o
Museu de Taipa, como forma de mostrar aos jovens do futuro como moravam nossos
ancestrais. Com o apoio da Associação de Moradores de Juraraitá fui atrás de
novos parceiros, como o prefeito Zé Martins e empresários que ajudaram no
projeto.
1 – Como autoridade maior do município de
Bequimão, o prefeito Zé Martins foi convidado sim, e esteve presente na
inauguração acompanhado de sua assessoria.
2 – Em nenhum lugar foi dito ou escrito que o
prefeito Zé Martins construiu o Museu. Muito pelo contrário, sempre afirmou que
a iniciativa foi minha, Ivete Macedo.
3 – Ser convidado para um evento e fazer parte
da solenidade não é crime. Crime é julgar alguém sem provas, como foi feito por
pessoas desocupadas e desrespeitosas.
4 – O objetivo do Museu é resgatar a história
e a acultura do povo da comunidade, e principalmente da minha família, que
nunca abandou sua terra.
5 – O nome do Museu por si só se identifica.
Museu da Roça, em homenagem a minha avó Egídia Costa, local onde serão encontrados
materiais usados no trabalho da lavoura e no dia-a-dia de cada família, além de
instrumentos raros, como bilha e tear artesanal.
6 – Aos desinformados, qual trabalhador rural
construiu uma casa de alvenaria na roça, o chamado tijupá, há 100 anos?
7 – Antes de criticar qualquer coisa é sempre
bom buscar conhecimento. Vergonhoso é fazer críticas ou comentar aquilo que não
conhece.
8 – A ideia minha foi construir um Museu
funcional, onde os moradores mais velhos pudessem matar a saudade de objetos
que fizeram parte de suas vidas no dia-a-dia. O projeto não era para construir
o Museu de Alvenaria, já que o Museu é da Roça.
9 – Desde que assumiu a gestão do município de
Bequimão em janeiro de 2013, o prefeito de Bequimão sempre investiu nas
comunidades quilombolas, respeitando suas histórias, cultura e tradição, sendo
o primeiro prefeito do Brasil a criar a Semana do Bebê Quilombola.
10 – Para finalizar, seria bom ver os críticos
visitando a comunidade de Juraraitá para conhecer a história de um povo do
quilombo e que precisa ser respeitado por quem quer que seja.
Atenciosamente;
Ivete Macedo
Idealizadora do Museu da Roça em Juraraitá-Bequimão.
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