segunda-feira, 12 de março de 2018

A verdade sobre o “Museu da Roça”


Causou espanto a forma preconceituosa e maldosa com que um blogueiro escreveu sobre a inauguração do Museu da Roça, inaugurado em Bequimão. Desinformado, o tal blogueiro visava atingir ao gestor da cidade de Bequimão que de forma gentil atendera ao convite da idealizadora e coordenadora da iniciativa da comunidade Quilombola de Juraraitá.

O que não sabia o tal blogueiro que ali não se tratava de uma obra pública realizada pelo prefeito Zé Martins. Não sabia também que se tratava de uma homenagem de um alguém que tendo hoje formação escolar, não nega seus antepassados e suas raízes de pessoa que trabalhou na roça.

Quis o infeliz blogueiro sensacionalizar com a ideia de ser o museu estabelecido numa casa de taipa. Como se ali, naquele espaço tão original, não fosse digno de guardar a história dos trabalhadores rurais de juraraitá. O que não sabe o coitado é que esta é uma ideia recorrente em muitas outras cidades dos vários estados brasileiros. 

A nosso ver, os atingidos foram os trabalhadores rurais, os roceiros, os agricultores que lutam em suas roças todos os dias. Os desrespeitados foram todos aqueles que fazem a história dos quilombolas que resistem com sua luta ainda na roça. A estes cabem as muitas desculpas de quem de maneira infeliz os atingiu.

E para esclarecer os fatos a idealizadora do Museu da Roça, Ivete Macedo (foto), divulgou nota de esclarecimento colocando a verdade sobre o que tem saído na imprensa, em especial na blogosfera e redes sociais sobre a referida entidade, localizado no povoado de Juraraitá, município de Bequimão.

Opositores do prefeito Zé Martins (MDB), alguns instalados no Palácio dos Leões, inclusive, andaram propagando inverdades sobre o Museu da Roça, com se a iniciativa de tal empreendimento social fosse obra da Prefeitura de Bequimão, o que é completamente falso.

A nota assinada pela senhora Ivete Macedo, portanto, restabelece o que de fato é verdade e a razão para a existência do referido museu. Confira.

Nota de esclarecimento

Em decorrência de boatos e matérias maldosas nas redes sociais e em blogues da capital e interior, que sequer tiveram a preocupação de buscar a informação correta sobre o Museu da Roça, idealizado e construído por mim, na comunidade quilombola de Juraraitá, na zona rural de Bequimão, venho esclarecer a verdade dos fatos aos desinformados e críticos sem conhecimento da história dos remanescentes.
Sou Ivete Macedo, uma jovem que saiu da comunidade aos 13 anos de idade, indo para São Luís estudar e buscar mudar de vida. Ao voltar ao lugar onde nasci, criei o projeto do Museu da Roça, com o objetivo de resgatar a cultura e a história de meu povo. Sabedora de que as casas de taipa em Bequimão estão com os dias contados, resolvi construir o Museu de Taipa, como forma de mostrar aos jovens do futuro como moravam nossos ancestrais. Com o apoio da Associação de Moradores de Juraraitá fui atrás de novos parceiros, como o prefeito Zé Martins e empresários que ajudaram no projeto.
1 – Como autoridade maior do município de Bequimão, o prefeito Zé Martins foi convidado sim, e esteve presente na inauguração acompanhado de sua assessoria.
2 – Em nenhum lugar foi dito ou escrito que o prefeito Zé Martins construiu o Museu. Muito pelo contrário, sempre afirmou que a iniciativa foi minha, Ivete Macedo.
3 – Ser convidado para um evento e fazer parte da solenidade não é crime. Crime é julgar alguém sem provas, como foi feito por pessoas desocupadas e desrespeitosas.
4 – O objetivo do Museu é resgatar a história e a acultura do povo da comunidade, e principalmente da minha família, que nunca abandou sua terra.
5 – O nome do Museu por si só se identifica. Museu da Roça, em homenagem a minha avó Egídia Costa, local onde serão encontrados materiais usados no trabalho da lavoura e no dia-a-dia de cada família, além de instrumentos raros, como bilha e tear artesanal.
6 – Aos desinformados, qual trabalhador rural construiu uma casa de alvenaria na roça, o chamado tijupá, há 100 anos?
7 – Antes de criticar qualquer coisa é sempre bom buscar conhecimento. Vergonhoso é fazer críticas ou comentar aquilo que não conhece.
8 – A ideia minha foi construir um Museu funcional, onde os moradores mais velhos pudessem matar a saudade de objetos que fizeram parte de suas vidas no dia-a-dia. O projeto não era para construir o Museu de Alvenaria, já que o Museu é da Roça.
9 – Desde que assumiu a gestão do município de Bequimão em janeiro de 2013, o prefeito de Bequimão sempre investiu nas comunidades quilombolas, respeitando suas histórias, cultura e tradição, sendo o primeiro prefeito do Brasil a criar a Semana do Bebê Quilombola.
10 – Para finalizar, seria bom ver os críticos visitando a comunidade de Juraraitá para conhecer a história de um povo do quilombo e que precisa ser respeitado por quem quer que seja.
Atenciosamente;

Ivete Macedo
Idealizadora do Museu da Roça em Juraraitá-Bequimão.




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