Por Jorge Oliveira
Jorge Oliveira |
Barra de São Miguel, AL
- O Pezão é a Dilma do Lula: despreparado, lesado e alienado. Depois da
selvageria no Rio de Janeiro durante o Carnaval, ele vem a público para dizer
que o esquema de segurança falhou, enquanto as pessoas vão aos necrotérios e
aos hospitais rezar pelos seus mortos e feridos. Na outra ponta, o prefeito
Crivella é a caricatura de um administrador: incompetente, irresponsável e
inconsequente. Durante as festas, ele viaja para Europa a pretexto de conhecer
novas tecnologias para segurança do Rio. Uma mentira deslavada, uma invenção
para justificar a sua saída da animação do satanás, como é tratado o Carnaval
pelo seu chefe Edir Macedo, o dono da Universal a quem ele – e todos os
parlamentares em Brasília – devem obediência religiosa.
O Rio de Janeiro não é
refém apenas dos bandidos, é também vítima dos seus maus administradores. Desde
o Negrão de Lima, no final da década de 1960, o estado não produziu um
governador sequer reconhecidamente competente e íntegro. Por lá já passaram
figuras como Chagas Freitas, Brizola, Moreira Franco, Benedita da Silva, Cabral
(Cruz Credo, Ave Maria!) e agora o Pezão, representante legítimo dos interesses
do seu antecessor que o indicou para vice à época porque sabia das suas
limitações. Assim Cabral poderia continuar liderando a sua organização
criminosa como Lula fez com a Dilma.
Infelizmente, a
violência no Rio de Janeiro é difícil de acabar, pois ela movimenta bilhões de
reais das drogas por ano e tem a cumplicidade de políticos, empresários e
policiais com os traficantes, segundo denunciou o próprio ministro da Justiça.
Alguns políticos, por exemplo, quando precisam se eleger vão as favelas pedir a
bênção dos narcotraficantes, como ocorreu com a candidata a ministra do
Trabalho, Cristiane Brasil, que responde a processo por conexão com o comércio
de drogas na comunidade de Cavalcanti. Brizola, por exemplo, fez acordo com
líderes comunitários que não queriam ser importunados com a sua polícia,
abrindo espaço para todo tipo de crime nas favelas e nos morros do Rio de
Janeiro.
O paspalhão Pezão e o fanático Crivela |
O governo do Pezão é de
todos o mais incompetente. Não sabe administrar, é lesado e responsável pelo
maior caos financeiro da história do estado e pela inanição do servidor
público. Quando se apresenta para a imprensa é para falar um monte de besteira
que não leva nada a lugar nenhum. É de dá dó o seu desconhecimento do próprio
governo, a incapacidade dos seus auxiliares e a insegurança que ele passa para
a população quando é questionado sobre o desastre dos seus atos. Infelizmente,
o carioca, um povo tão contestador, ainda não foi às ruas para retirá-lo do
Palácio, antes que a justiça o faça quando julgar seus processos na Lava Jato,
onde ele aparece como beneficiário de dinheiro das empreiteiras.
Na outra ponta, coitado
do Rio!, aparece o prefeito Crivella que governa movido por sentimentos
religiosos. Não gosta de Carnaval e foge dele como o diabo da cruz. E ainda
leva a tiracolo para a sua viagem fajuta, com o dinheiro do contribuinte, o
coronel responsável pela inteligência da segurança. Em meio ao maior vendaval
que a cidade sofre, ele manda um recado de que está acompanhando a situação
on-line. É um deboche, um descaso com o Rio e com os seus moradores. Dois anos
depois do mandato, o que se sabe desse perfeitinho de meia tigela é a sua total
inapetência para exercer o cargo, já que não realizou nada para melhorar a
cidade e as suas mazelas.
Como um tirano dos bons
costumes, não aceita nada das artes populares, nada que venha do povo, pois a
sua crença em Deus é maior do que a de todos os outros cristãos, mas que ele
considera agentes de satanás, pois não estão em suas igrejas fazendo doações
para sustentar a luxúria dos seus apóstolos. É com essa visão que o pastor
Crivela governa o Rio, a cidade conhecida no mundo por suas músicas, pelas suas
artes e belezas naturais, mas, sobretudo, pela irreverência e alegria do seu
povo. Com essa cegueira dos fanáticos, Crivella caminha para transformar a
cidade em um templo dos seus deuses caolhos que pregam a moral e os bons
costumes como se até a procriação fosse um ato profano para seus seguidores
religiosos.
(Jornalista, escreve para o site Diário do Poder)
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