Sabe-se que o tempo passa
rápido, voa como diriam alguns poetas, mas a verdade é que a gente sempre se
surpreende quando se dá conta dos anos de existência de algo ou de alguém.
Confesso que me surpreendeu o 40º aniversário da Escola Acrísio Figueiredo. E
lembro bem como ela surgiu...
No meu querer de menino, juro
que que não me agradou muito a ideia de perder o campo de bola que ficava por
trás da minha casa. Era um pulo só, e lá estava eu junto aos companheiros da
pelada no sol da tarde. O campo de futebol ali instalado fora uma empreitada de
muitos meninos peladeiros. O terreno desmatado fora aos poucos tomando forma
pelas mãos de nós, que queríamos o nosso campinho. O propósito da aquisição do
terreno pelo poder público municipal era esse mesmo, transformá-lo em campo de
futebol, pois o então lugar de jogos oficiais, tinha cedido espaço para a
construção da maternidade municipal ainda pelo prefeito Luiz Figueiredo.
O novo campo ali feito foi
palco da era gloriosa do futebol joanino. Ali viu-se o esplendor das jogadas de
muitos craques nossos. Times que empolgavam com um futebol que encantava suas
torcidas. Como esquecer dos times do Cruzeiro, Nacional e Lasagna. Os grandes
campeonatos realizados por times da sede e da zona rural, revelando sempre
craques da bola. A implantação e a oficialização daquela nova praça de jogos
esteve sobre a responsabilidade do então prefeito Jorge Figueiredo, que até
mandou cercá-lo certa vez com paus de mangue com o propósito de evitar que o
gado não escavasse e sujasse tanto.
Tudo ia bem até que mais uma
vez o velho campo de futebol cedia seu espaço. Desta vez para uma escola. Era o
ano de 1977. O prefeito municipal já era Nhozinho Figueiredo. A justificativa
era plausível e mais que justa. O velho Grupo Escolar Estado de Santa Catarina
já não comportava a demanda sempre crescente de crianças que ascendiam ao
ensino de primeiro grau, como assim era denominado todo o ensino fundamental à época.
Fachada da Escola Acrísio Figueiredo /São João Batista |
Não sei ao certo quanto tempo
levou a construção da nova escola que ao ser inaugurada no ano de 1977 recebera
a denominação de Unidade Escolar Acrísio Figueiredo. E começou a funcionar logo
no ano seguinte, em 1978. A demanda era sobretudo alunos das séries iniciais
(1ª a 4ª séries).
A nova escola ali implantada
deu uma nova dinâmica para a cidade. Ao lado da já existente Escola Municipal
Presidente Médice, a unidade estadual de ensino redesenhou o espaço estudantil.
Funcionando nos três turnos a Escola Acrísio Figueiredo logo passou a ofertar
um maior número de vagas para as séries iniciais, nos turnos matutino e
vespertino, e a implantação do ensino de Educação de Jovens e Adultos, no turno
noturno. A primeira gestora a iniciar com todo este funcionamento fora a
professora Florita Bitencourt. Na sequência outras nobres professoras
empenharam-se em dar o melhor de si na gestão escolar, como as professoras Dona
Viana, Dona Creusa, Vilma, Nonoca, Dona Filomena, Rosa, Ana Lúcia, Jocione e
hoje o professor Saulo.
Como memorialista faço estas
referências para saudar a Escola Acrísio Figueiredo na passagem dos seus
quarenta anos. Mas como pai, tenho um voto de gratidão às professoras que ensinaram
a meu filho, Randolfo, pois entre 1993 a 1996, quando residia e estava à frente
da educação municipal de São João Batista, foi lá, que ele sequenciou seus
estudos. Hoje, gestor ambiental, ele é só mais um dos grandes nomes que enobrecem
a quadridecana escola estadual da Rua Vereador Pedro Fonseca Lindoso.
Hoje já refeita, a nossa velha
escola atende a jovens estudantes do ensino médio que tem o dever e a responsabilidade
de continuarem a levar aos píncaros da glória o bom nome e o bom ensino que ali
sempre se fizera fecundo.
Parabéns a todos os alunos e
professores que fizeram e fazem a história do Acrísio Figueiredo!
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