Soube por meio das redes sociais do passamento
de uma conterrânea muito estimada, a senhora Maria Madalena Silva Costa, mais
conhecida como Madá. Dito assim, muitos ainda podem se perguntar quem seria tão
destacada senhora. Mas todos de muitas gerações de joaninos que estudaram no
Grupo Escolar Estado de Santa Catarina hão de lembrar-se de tão magnânima senhora. Uns por que foram seus alunos, outros porque a conviveram sob o seu
olhar disciplinador e de sempre eficiente servidora pública.
Madá era uma dádiva de pessoa. Sempre muito
simpática. Lembro muito de sua lida diária na nossa velha escola. Ainda repicam
aos meus ouvidos os tilintar da sineta tocada por Madá que anunciava o começo
ou fim de nosso recreio no velho grupo escolar.
Se faz necessário que a minha geração e a de
muitos homens e mulheres rendemos homenagens a essa nossa conterrânea, irmã de
Brígido, de Bizica, e mãe de Marcelo, Nailton e Tutuca. E acho que as melhores
palavras para justificar tamanho apreço, foram escritas pelo professor
Marcondes, e eu as reproduzo na íntegra com a sua “data vênia”, estendendo aos
familiares o meu sincero pesar.
Venerável dama
(*) Por Marcondes Serra Ribeiro
A evolução da
enfermidade, a idade avançada e a consequente debilidade já nos deixavam
apreensivos com nossa querida Madá. Em nós, a natural relutância à aceitação de
que não tardaria em deixar-nos e ascenderia ao encontro do Pai e de seus amados
em outro plano. Hoje, ela nos dobra a resistência e despede-se calmamente,
deixando-nos doridos, lamentosos por sua perda, mansa e reconhecidamente
levados à exaltação de nosso profundo respeito, reverência digna às grandes e importantes figuras de nossa vida educacional. Familiares e amigos
consternam-se, enchem-se de um sentimento triste e parece-me que nosso São João
Batista veste-se lamentoso de um luto de lágrimas mansas e merecidamente
sinceras.
Sentimos que sua natureza abrandou os ventos enchendo o tempo
com a melancolia típica dos ares bucólicos, prostrando-se respeitosos aos
desígnios de Deus ao levar para junto de si uma de nossas ilustres filhas, uma
destacada, entre as importantes profissionais que construíram dedicada e
prazerosamente nossa história instrucional nos primeiros passos de tantos
conterrâneos!
E na mente de cada um certamente afloram lembranças daquela
senhora de aspecto franzino, porém firme. Assim é que recordarei Madalena,
sempre comunicativa, expressivamente falante, receptiva e hospitaleira,
generosa em seus conceitos e atitudes – uma verdadeira grande Dama, que esteve
sempre ligada aos atos e fatos joaninos, pois sempre que conversávamos,
mostrava-se a par da situação e sabiamente sempre apontava soluções, sem nunca
descartar o valor do próximo.
Virtuosa Madalena! Foi decisiva na construção da respeitosa
história familiar, com grandioso senso de humanidade, que lhe fizera
respeitada, amada e enlaçada a tantos por gestos de carinho e atitudes de
amor.
É verdadeiro e justo que se admita reverentemente que
Madalena foi guerreira de muitas conquistas e construtora habilidosa, com
requintes de mãe generosa, de nossa história, da história de nossa gente, da
história de São João Batista!
Siga em paz, Venerável Dama!
Rendo-me respeitoso e humilde aos seus anos de lutas e
abnegados exemplos.
Meus aplausos, Grande Senhora. Meus pêsames à família enlutada!
Meus aplausos, Grande Senhora. Meus pêsames à família enlutada!
(*) Marcondes Serra Ribeiro é funcionário publico e Professor.
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