domingo, 17 de setembro de 2017

Nossa homenagem a Madá...

Soube por meio das redes sociais do passamento de uma conterrânea muito estimada, a senhora Maria Madalena Silva Costa, mais conhecida como Madá. Dito assim, muitos ainda podem se perguntar quem seria tão destacada senhora. Mas todos de muitas gerações de joaninos que estudaram no Grupo Escolar Estado de Santa Catarina hão de lembrar-se de tão magnânima senhora. Uns por que foram seus alunos, outros porque a conviveram sob o seu olhar disciplinador e de sempre eficiente servidora pública.

Madá era uma dádiva de pessoa. Sempre muito simpática. Lembro muito de sua lida diária na nossa velha escola. Ainda repicam aos meus ouvidos os tilintar da sineta tocada por Madá que anunciava o começo ou fim de nosso recreio no velho grupo escolar.

Se faz necessário que a minha geração e a de muitos homens e mulheres rendemos homenagens a essa nossa conterrânea, irmã de Brígido, de Bizica, e mãe de Marcelo, Nailton e Tutuca. E acho que as melhores palavras para justificar tamanho apreço, foram escritas pelo professor Marcondes, e eu as reproduzo na íntegra com a sua “data vênia”, estendendo aos familiares o meu sincero pesar.


Venerável dama

(*)  Por Marcondes Serra Ribeiro

A evolução da enfermidade, a idade avançada e a consequente debilidade já nos deixavam apreensivos com nossa querida Madá. Em nós, a natural relutância à aceitação de que não tardaria em deixar-nos e ascenderia ao encontro do Pai e de seus amados em outro plano. Hoje, ela nos dobra a resistência e despede-se calmamente, deixando-nos doridos, lamentosos por sua perda, mansa e reconhecidamente levados à exaltação de nosso profundo respeito, reverência digna às grandes e importantes figuras de nossa vida educacional. Familiares e amigos consternam-se, enchem-se de um sentimento triste e parece-me que nosso São João Batista veste-se lamentoso de um luto de lágrimas mansas e merecidamente sinceras. 

Sentimos que sua natureza abrandou os ventos enchendo o tempo com a melancolia típica dos ares bucólicos, prostrando-se respeitosos aos desígnios de Deus ao levar para junto de si uma de nossas ilustres filhas, uma destacada, entre as importantes profissionais que construíram dedicada e prazerosamente nossa história instrucional nos primeiros passos de tantos conterrâneos!

E na mente de cada um certamente afloram lembranças daquela senhora de aspecto franzino, porém firme. Assim é que recordarei Madalena, sempre comunicativa, expressivamente falante, receptiva e hospitaleira, generosa em seus conceitos e atitudes – uma verdadeira grande Dama, que esteve sempre ligada aos atos e fatos joaninos, pois sempre que conversávamos, mostrava-se a par da situação e sabiamente sempre apontava soluções, sem nunca descartar o valor do próximo. 

Virtuosa Madalena! Foi decisiva na construção da respeitosa história familiar, com grandioso senso de humanidade, que lhe fizera respeitada, amada e enlaçada a tantos por gestos de carinho e atitudes de amor. 

É verdadeiro e justo que se admita reverentemente que Madalena foi guerreira de muitas conquistas e construtora habilidosa, com requintes de mãe generosa, de nossa história, da história de nossa gente, da história de São João Batista! 

Siga em paz, Venerável Dama! 

Rendo-me respeitoso e humilde aos seus anos de lutas e abnegados exemplos. 
Meus aplausos, Grande Senhora. Meus pêsames à família enlutada!

(*) Marcondes Serra Ribeiro é funcionário publico e Professor.

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