A
Um
levantamento feito no pequeno município de Anajatuba, a 120 km de São Luís,
seria suficiente para se constatar que a gestão do prefeito Helder Aragão, que
assumiu a 1° de janeiro de 2013 e foi afastado no dia 9 de outubro de 2015
(dois anos e 10 meses), deixou um saldo positivo, especialmente no setor da
educação. Reforma de todas as escolas, construção de quadras nos povoados
Afoga, Bacabal e no bairro Limirique, objetivou tirar do mundo das drogas a
juventude anajatubense. Outras obras nessa área, também tiveram sua construção
começada, mas, não houve tempo para a conclusão e o substituto de Helder
simplesmente as abandonou.
O transporte
escolar funcionava com normalidade, merenda escolar era oferecida com fartura, os
professores eram pagos religiosamente em dia e o respeito aos servidores em
geral, passou a ser regra na administração que desenvolveu, ainda, significativo
trabalho nas áreas social e de saúde.
No ano que Hélder
Aragão assumiu a prefeitura (2013) o IDEB (Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica) era um dos menores do Maranhão (215° posição). Então ele tomou
a iniciativa de contratar o Sistema Aprende Brasil, da Editora Positivo para
assistir a equipe multiprofissional responsável pela gestão da educação,
qualificando professores, por meio de formações pedagógicas realizadas por
profissionais da mais alta competência trazidos de São Paulo-SP e Curitiba-PR e
fornecendo material didático de qualidade associado a sistemas informatizados. O
resultado dessa ação foi que em 2013 Anajatuba alcançou o índice de 4.4 e em
2015 4.8 saltando positivamente do 215° para o 26° lugar, no Maranhão.
Essas
informações constam da página oficial do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Quando o
prefeito Helder Aragão foi afastado do cargo, o seu vice Sydnei Pereira,
apontado como o autor das denúncias que culminou com o afastamento do titular,
limitou-se a tocar a administração de forma desinteressada, desmerecendo a
população e de modo especial a juventude que demonstra satisfação com os feitos
de Helder Aragão, principalmente na educação e nos esportes.
As várias
obras iniciadas não foram concluídas por falta de tempo. Mas a primeira parcela
da verba (convênio com o governo federal) ficou depositada nas contas da
Prefeitura como foi o caso da creche do bairro Limirique, o prefeito em
exercício, porém, sequer se interessou em realizar as licitações para a construção
ou aquisição do material, não se sabendo, portanto, o que foi feito com o
dinheiro.
É recebida com
naturalidade a decisão de a Justiça afastar um prefeito por irregularidades praticadas
no cargo, mesmo que seja por inexperiência ou vontade exagerada de fazer. O que
não é admissível é o substituto, no caso o vice-prefeito assumir a Prefeitura
como se fosse uma empresa de sua propriedade, abandonar as obras iniciadas, e a
cidade como um todo; praticar desmandos, cooptar cabos eleitorais com benesses oferecidas
pelo poder público na tentativa de se eleger novamente, sem considerar a
responsabilidade que o cargo exige.
O
vice-prefeito deveria comportar-se como auxiliar do titular, ajudá-lo a
realizar uma administração visando os interesses maiores da população. Nunca
ficar na espreita aguardando o prefeito errar, para denunciá-lo e se apoderar
do cargo para tirar proveitos pessoais, como acontece hoje. Isso são traição e
mau-caratismo - piores sentimentos do homem.
A legislação
brasileira, para impedir essa “indústria” que beneficia, às vezes, quem “se
elege” à sombra de outrem, deveria determinar que no caso de irregularidades
praticadas pelo prefeito, a cassação atingisse os dois e promover novas
eleições. Nesse caso o vice só poderia assumir o cargo por licença, renúncia ou
morte do titular. A culpa por prática de atos ilegais seria atribuída a ambos e
dar-se-ia, assim, fim às traições políticas que variam de acordo com interesses
pessoais dos parasitas do poder.
Mas quando a
autoridade decide pelo afastamento de um prefeito, como é o caso, parece não se
importar com o que o substituto é capaz de fazer. Comporta-se (o beneficiado)
com o poder de quem recebeu um salvo conduto, imune à denúncia do órgão
fiscalizador. Por isso, como se diz em Anajatuba, Sidnei “está deitando e
rolando!”... E o que é mais grave: sobre a população. Seria oportuno alertar, inclusive, o
representante do Ministério Público Eleitoral, para esse comportamento abominável
de Sydney Pereira que tenta, a qualquer custo, cooptar cabos eleitorais visando
à eleição do próximo domingo.
Ademais quando
é sabido que ele é indiciado pela Polícia Federal como beneficiário de supostas
irregularidades envolvendo as empresas que ensejaram o afastamento do prefeito
Helder Aragão, em 2015. Apesar disso Sydney insiste na prática do arbítrio
obrigando funcionários, empresários, comerciantes e fornecedores a declararem
apoio à sua candidatura, sob pena de não receberem pagamentos a que tem
direito. Pesa sobre Sydnei a denúncia de que agora, às vésperas da eleição,
“contratou verbalmente” um morador de cada casa do povoado Bacabal – um dos
maiores do município. Um absurdo.
(Da Coluna do Jersan - Edição deste domingo 25.09.206)
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