A
menos de cinco dias para as eleições municipais e considerando os últimos
“vai-e-vem” de alguns candidatos e as movimentações indesejadas de outros,
vamos nos propor a uma análise dos prováveis eleitos para a nova câmara
municipal de São Joao Batista.
Nossa
análise é baseada no perfil político de cada candidato dentro do seu respectivo
partido ou coligação. Esta avaliação está sujeita a variações de ordem. Não
pretendemos cravar os resultados que sairão das urnas no próximo domingo, mas
tão somente prospectar aqueles que no desenrolar do seus projetos políticos
despertaram no eleitorado o interesse pelo voto.
Adiantamos
que a renovação na câmara ultrapassa a casa dos cinquenta por cento. Isto é
alimentado de saída, porque três dos atuais vereadores não concorrem ao mesmo
cargo. Mecinho e Luiz Everton concorrem a cargos majoritários, isto é, são
candidatos a prefeito, enquanto o vereador Rui Serra, abdicou da candidatura em
favor de sua esposa, a Professora Zilmara.
O coeficiente eleitoral
Chama-se
coeficiente eleitoral a soma dos votos bons (votos válidos dados aos candidatos
+ os votos dados por ventura só à legenda), divididos pelo número de vaga na
câmara de vereadores. Especula-se que, nestas eleições, o coeficiente eleitoral
chegue a 1.400 votos mais ou menos. Desta forma, o partido elegerá um vereador
ao atingir o coeficiente eleitoral, desde que esse candidato atinja 10% dos
votos do coeficiente eleitoral, como consta da nova regra eleitoral para estas
eleições. Isto significa dizer que, mesmo que um partido ou coligação atinja o
coeficiente eleitoral, um vereador deste partido ou coligação só estará eleito
se conseguir no mínimo 140 votos, ou seja 10% dos votos do coeficiente.
As previsões pessimistas
Sem
nenhum espírito de maldade, avaliamos que apenas quatro coligações/partidos
poderão alcançar o coeficiente eleitoral e consequentemente eleger vereadores.
A coligação PPL/PPS sequer existiu de fato. Não elege ninguém. Também assim a
coligação São João Batista para todos (PMDB/PSL/PR) não atingirá o
coeficiente eleitoral, e por isso também não elege ninguém. Os partidos Rede Sustentabilidade e o PMN cumprem apenas um desejo de suas candidaturas majoritárias, e assim também não
elegem ninguém para a câmara municipal. A coligação Unidos pelo povo (PV/SD/PROS/PSD), a considerar a performance
eleitoral dos seus candidatos, dificilmente fará o coeficiente eleitoral, mesmo
tendo o vereador Ivan (o mais votado na eleição passada) e que certamente, pela
conjuntura atual, não repetirá a mesma votação.
As previsões otimistas
A
coligação Unidos pela liberdade
(PSDB/PTB), apesar das defecções sofridas ainda faz o coeficiente eleitoral
e projeta a possibilidade de eleger 02 (dois) vereadores, mesmo que
tenha perdido cerca de 700 votos que lhes deixaram de ser auferidos pela
impugnação de Valdeci Pinto, falecimento do ex-vereador Nonatinho e algumas
desistências. Deve ser o mais votado da coligação e se eleger Assis Araújo. Júnior de Valdez, na
segunda vaga é seguido bem perto por Isaac.
Por
sua vez a coligação do candidato Mecinho que traz os partidos PRP/PRB/PSB e PEN denominada de “A mudança somos nós”, tem a
possibilidade de eleger (01) vereador, com maior possibilidade para o
experimentado vereador Cabeça, salvo
alguma supressa pouco improvável.
O
Partido Progressista (PP) reuniu candidatos bastante equilibrados
eleitoralmente, e poderia certamente eleger 01 (um) vereador e ainda ficar com
uma sobra razoável para brigar pela última cadeira, entretanto vitimados pelos
revezes da política, alguns dos seus postulantes podem não mais merecer o voto
dos eleitores, sacrificando assim a possibilidade de conseguir a segunda vaga.
Ainda assim garante a eleição de (01) um vereador e, em permanecendo as
previsões anteriores, briga por uma segunda vaga. Deve eleger-se a candidata Jussiane Cutrim. Numa possibilidade de
uma segunda vaga, disputam essa vaga os candidatos Jorge de Baduca, Tales e Claudia Gomes.
O
embate mais ferrenho está reservado ao chapão. Lá
a briga é de foice, martelo, rosa mística e outros elementos simbólicos, uma
vez que a coligação é forte e seria muito mais se de fato houvesse uma concreta
união. Ainda assim cognominada de “Unidos somos fortes”, esta coligação elege o
maior número de vereadores. Deve ficar com 06 (seis) ou 07 (sete) vagas das 11
(onze) cadeiras da câmara. Numa disputa autofágica, cerca de 10 (dez)
candidatos disputam estas vagas. Devem garantir vaga nesta coligação e
reeleitos os vereadores Louro (que
pode ser o mais votado), Aguiar, Uira e
a estreante Zilmara. Para as demais
vagas (sendo 02 ou 03), estarão na disputa Renato
Machado, Rico Pinheiro, Chico de Nhozinho, Dezinho, Marçal e Cristina. Aqui, uns com mais outros com menos chances.
Como
se observa, esta deve ser a nova configuração da câmara municipal. Esperamos
estar certo. Entretanto diante de tantas incertezas que foi esta eleição, de
tantos fatos inimagináveis, tudo pode acontecer. Inclusive nada.
Esta
nossa análise está embasada puramente no conhecimento empírico, na experiência e
vivência de quem conhece os políticos e os eleitores de minha terra. E eu acho que os conheço.