domingo, 13 de março de 2016

Uma opinião apenas



Um dos principais desafios da educação pública no Brasil, nas últimas duas décadas, era fazer com que as crianças tivessem acesso à escola. Hoje 98,8% delas frequentam as salas de aula, segundo dados do Pnad.
Nos dias atuais, o maior desafio na educação é melhorar a qualidade de ensino. O Brasil gasta pouco com o setor, e mesmo esse dinheiro é mal usado, sendo investido mais em papel do que nos profissionais. O que precisa melhorar é o ensino básico, pois é inconcebível que uma criança saia do 5º ano e não saiba ler, escrever e interpretar um texto.
Para que ocorra uma transformação na educação, é necessário investir no professor, com melhores salários, boas condições de trabalho e um número em torno de vinte e cinco alunos por classe. Nas redes públicas estas situações não são lá levadas muito a sério. O que se vê são classe abarrotadas de alunos e professores cada vez mais desqualificados. Poucos são os municípios que investem numa boa formação de seus docentes, aliás, este compromisso de se estar bem formado sempre deve ser o primeiro compromisso do docente em si. Investir na sua capacitação deve ser o norte para ser um excelente profissional, advinda de onde vier.
Nos municípios, os órgãos responsáveis pela Educação municipal, as Secretarias, devem por dever público, proporcionar a organização do sistema de educação. Organizar o calendário escolar, assegurar a carga horária legal aos educandos, propiciar formação continuada a todos os servidores das escolas (corpos docente, operacional e técnico). Faz-se imperioso o cumprimento deste calendário, sem prejuízo a nenhuma das partes. Daí, é preciso assegurar o início das aulas, bem como a estrita regularidade desse calendário.
O atraso no início das aulas só acumula prejuízos aos alunos. Além de gerar a desmotivação, gera também a acomodação dos docentes, que aliás devem cumprir e fazer cumprir a legislação, seja no que tange a seus direitos, deveres e obrigações.

Como se ver, garantir uma educação de qualidade nos dias de hoje exige responsabilidade de todos, sobretudo do poder público e seus gestores. E devem ser destes a maior fatia de responsabilidade, pois lhes cabem possibilitar a boa estruturação dos espaços onde acontecerá a educação, seja na relação com os docentes, seja na garantia de direitos básicos e fundamentais dos discentes, como uma boa e regular alimentação escolar, transporte escolar, material didático, e o mais básico destes direitos, assegurar o acesso, a permanência e a aprendizagem com qualidade, num ambiente propício e harmonioso.

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