domingo, 22 de setembro de 2013

A cidade sitiada

São Luís não foge à regra das demais capitais brasileiras. A explosão desordenada das áreas periféricas, onde na maioria das vezes impera a lei de quem mais tem e mais pode, e onde a presença do poder público é algo apenas imaginável, é apenas um dos muitos fatores geradores da violência urbana.

Entretanto como elemento preponderante desta escalada da violência está a incompetência dos governos responsáveis pelas políticas públicas de responsabilidade do governo estadual e governo municipal. Associam-se às duas esferas governamentais, porque o descaso de um, gera o mal feito do outro, ou “o por fazer do outro”. Um exemplo disto seria, se a Prefeitura nega a iluminação pública, e as ruas são quase intransitáveis, fica difícil fazer segurança. E esta não acontece por diversos fatores, os quais podem ser resumidos em um só: a falta de uma política de segurança pública.

Assim, como vemos, uma coisa puxa a outra. Se um faz, o outro desmancha. Se um começa o outro não termina. E assim caminha, desgovernada, a massa são-luisense.

Nos últimos meses, o número de homicídios vem batendo recordes. Morrem em média três, quatro por dia, enquanto outros tantos ficam jurados para o dia seguinte. Tem sido assim. No último final de semana foram mais de quinze homicídios. Cada um mais brutal que outro. Nesta guerra tombam homens de bens, gente inocente, e também os que se envolvem com o submundo do crime e com as drogas. As estatísticas são estarrecedoras. Em sua maioria, os mortos desta guerra são jovens entre 15 e 25 anos.


A sociedade clama pelo fim da violência. Urge que as autoridades façam alguma coisa em conjunto. Urge que os poderes constituídos dispam-se de suas arrogâncias e ouçam os gritos das ruas. Uma nova legislação se faz mais que necessária. É preciso que cada um faça sua parte. É necessário que os poderes constituídos se irmanem num só objetivo, mas que da mesma forma, pais e filhos repensem suas criações. Estabelecer limites já é um bom começo, pra não se antecipar um fim.

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