quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os novos e os velhos nas eleições de São João Batista



Vereadores eleitos em 2012

Há de se ver que a política está mudando. É cada vez mais patente a distritalização do voto. Calma eu explico. Refiro-me à forma de o eleitor cada vez mais votar nos candidatos de sua região, de sua comunidade. Ou quando não, banir aquele que se dizia dono dos votos de algum povoado, e experimentar um novo candidato.

É assim analisando que vejo que alguns políticos já podem pôr suas violas no saco. Pois não conseguem mais encantar os eleitores mais próximos de si. E ainda que teimosos, são cada vez mais rechaçados pelas novas gerações que votam ao bel-prazer de suas conveniências.

Percebe-se claramente que aqueles que costumavam ganhar em alguns redutos perderam esta primazia. Cedem lugar para outros. Novas lideranças surgem de maneira surpreendente. Pode se dizer que é uma maior conscientização do voto? Talvez sim, talvez não. Mas o certo que é que a dinâmica da política se faz acontecer a cada novo pleito.

Por exemplo: O vereador Mecinho que vai para o quarto mandato e desta vez com a segunda maior votação, mesmo assim já não é o preferido dos eleitores de Raposa e Santa Rita, tidos antes como suas principais bases eleitorais. Nestas localidades venceram os também eleitos vereadores Luiz Everton e Uira, respectivamente.

Renato Abreu
Em Santana, berço de Renato Abreu, que antes lhe rendia a supremacia dos votos, há muito já lhe vem dizendo não, principalmente a cada pulo que o candidato experimenta. Desta feita o favorito foi o candidato Assis Araújo, que ficou na primeira suplência de sua coligação.

Chico de Nhozinho é uma emergente liderança que surge na região de Enseada dos Bezerros destronando o vereador Bitinho Batata, que mesmo desencantado da política, intercalou três mandatos de vereador e desta vez lançou sua filha Célia Batata. Célia não se elegeu, nem Chico. Ambos ficaram na primeira suplência de suas coligações. Já o Sarnambi, terra de Antônio Silva, ou simplesmente AS, resolveu apostar em outro comunitário e deu ao candidato Clécio a maioria dos votos. Renato Machado correu quietinho e levou a segunda maior votação daquela região, elegendo-se para a surpresa de muitos como o segundo vereador do Partido dos Trabalhadores (PT). AS sobrou mais uma vez.

Vereadora Cristina
Na área dos campos prevaleceu o trabalho e a assistência dada pela candidata Cristina Figueiredo e seu esposo Chico de Lindoca, seu guia político, aos moradores daquelas localidades. Com isto Cristina foi de novo a mais votada da região Coroatá, Beira da Baixa, Pirapendiba, e adjacências. Elegeu-se bem como a única de sua coligação. Com igual primazia votou o Quiá, que mesmo sem ter o apoio declarado do seu cunhado, o vereador Júnior de Fabrício, que concorria ao cargo de Vice-Prefeito, fez do professor Valdecir Pinto, umas das novas lideranças políticas da região. Valdecir que entrou na disputa com o jogo já começado, mesmo assim mostrou bom desempenho eleitoral.

A Olinda dos Aranhas não negou a Luiz Everton a liderança dos votos que caem lá. Luiz voltou à câmara de vereadores depois de um interstício de dois mandatos. Um feito raro na política de hoje. Mantendo sempre uma boa votação, Luiz Everton elegeu-se desta feita pelo PCdoB, na mesma coligação que elegeu o prefeito Amarildo Pinheiro.

Vereador Cabeça
O velho Cabeça, vereador de cinco mandatos consecutivos, mesmo marcado para morrer (entende-se perder), provou que tem um eleitorado cativo, em sua maioria pra lá das águas do Boqueirão. Elegeu-se como o último de sua coligação, emplacando assim o sexto mandato consecutivo, honraria  conseguida por poucos políticos aqui na terrinha. Com feito maior que este só o ex-vereador Santinho Gomes, que teve sete mandatos.

A classe dos pescadores também mandou para a câmara, após sucessivas tentativas, o seu representante. Elegeu o atual presidente do Sindicato dos Pescadores, Dezinho. Aos 62 anos de idade, o mais velho da nova câmara é um experiente em disputas eleitorais. Além de eleger-se também elegeu a sua atual esposa no município vizinho de Cajapió.

Igualmente eleitos os vereadores Louro, que vai para o terceiro mandato, e o Prof. Ivan que estreia no parlamento, tiveram suas votações bastante pulverizadas. Louro manteve suas bases nos povoados Centrinho e São José, enquanto Ivan experimentou a força do poder conveniente e o voto ligado à educação. Rui Serra o outro vereador eleito, sentiu o peso do poder da presidência da Câmara e não teve o mesmo desempenho, se considerarmos a relevância do cargo que exerce na casa legislativa.

De uma forma ou de outra, a câmara está reunida. Deu quórum! Com a palavra os vereadores eleitos...


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