domingo, 4 de novembro de 2012

Lata d’água na cabeça...




“... Lata d’água na cabeça, lá vai Maria, lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa, pela mão leva a criança
Lá vai Maria...”

Este sambinha dos antigos carnavais foi gravado em 1952 pela cantora Marlene.  Desde então sempre é cantado ou batucado no período carnavalesco. Algum saudosista vez por outra entoa esse “... lata d’água na cabeça”.

Mesmo sendo uma motivação de mais de 70 anos atrás, o enredo continua bastante atual nos dias de hoje em São João Batista. Tudo por conta da alta estiagem que assola o município e da falta de vontade política dos governantes em resolver o problema da falta de água  em nosso município.

Senão vejamos: há mais de 04 (quatro) meses na sede de São João Batista não dá água nas casas. Nem um chiado se ouve nas torneiras. E as pessoas se perguntam: O que é que está acontecendo? Cadê o poder público que não toma uma providência?

Sabe-se que vivemos o milênio da escassez desse líquido tão precioso. E em particular aqui em nosso município, sobretudo na sede, é crescente a demanda populacional. São mais famílias a necessitar da água potável. E o que fez até hoje os governos municipal e estadual para atender a esta demanda? Absolutamente nada, ou quase nada que venha a sanar este drama. Algumas ações ainda que pontuais foram feitas pelos prefeitos ao longo desse tempo, como concertos de bombas, manutenção nos poços, etc. Quem não dá um “prego” mesmo é a Companhia de Saneamento, a fulana CAEMA.

Se na sede a situação é ruim, imagine como não estão os moradores das áreas altas, dos campos, onde a estiagem é mais intensa e a água é mais escassa e nunca fora de boa qualidade. A situação é dramática e requer ação imediata das autoridades.

Um novo estudo técnico do lençol freático, a escavação de novos poços de grande profundidade que possibilite o abastecimento de densas áreas populacionais, e a manutenção e limpeza dos poços já existentes podem ser algumas das providências a serem tomadas imediatamente pela nova administração. Já na área dos campos a construção de novos açudes e barragens, bem como a escavação de tanques, podem ser a solução imediata e paliativa até que projetos mais definitivos sejam concebidos e executados. O certo é que algo precisa ser feito.

Esta situação também deve nos chamar a atenção para  a preservação imediata de áreas verdes e de fontes naturais, vertedouros, alagadiços, etc. E isto deve ser uma preocupação dos novos legisladores municipais, com a devida aquiescência das demais autoridades afeitas à preservação do meio ambiente, inclusive do Ministério Público.

Assim esperamos, para que então “Lata d’água na cabeça”, não seja uma imagem do nosso tempo, mas apenas uma música de outros carnavais.


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