sábado, 2 de junho de 2012

A terceira via, antes da segunda...? É burrice!!


Se bem conheço o espírito jocoso do nosso povo, em algum lugar dos rincões joaninos já terão dito isso: Como uma terceira via, se sequer já fizeram uma segunda via? 

Calma ...! Eu explico! A apologia do fato de que São João Batista precise urgentemente de uma outra via (rua, avenida) que ligue um extremo ao outro da cidade e desafogue a já conturbada e extensa Rua Getúlio Vargas, pode neste instante ser associada à nossa política local. Quero então fazer aqui um paralelismo.

E é nesse campo que caminha a nossa lavra de hoje.  Vejo com certa tristeza que os nossos ditos políticos de agora, não aprenderam nada com a nossa própria história. Falo isto pelo fato de que alguns pré-candidatos a revelia do que havia sido acordado entre eles resolveram, sob a desastrada ideia não sei de quem, a conceber uma terceira via política. 

Nada contra, pois quanto mais somos, melhor disputamos!  Pelo contrário, até defendemos a pluralização da disputa política. O que destoa da lógica é que o surgimento desta terceira via, apenas mostra o quão imaturos e até certo ponto individualistas estão as nossas ditas lideranças políticas. A terceira via seria plenamente viável se surgida há mais tempo. Estaria hoje consolidada. A concepção agora só demonstra inconformismo, além de acender o riso da situação. 

Busquemos então alguns exemplos de nossa história política recente que permitiu a tomada do poder pela disputa política de forma inteligente. Primeiro, quando Dr. Zequinha Soares quis ser Prefeito pela primeira vez e destronar politicamente o velho Chiquitinho, usou de argumentação e astúcia. Arregimentou a velha militância emedebista que somada aos dissidentes da política do então Prefeito Francisco Figueiredo, impulsionado pelos ventos de mudança e pelas manifestações populares organizadas por setores da sociedade civil e venceu as eleições, desfazendo assim uma era de caciquismo político dos Figueiredos e implantando a sua era.

O segundo caso foi quando João Dominice, através do seu filho, Eduardo Dominice, quis chegar ao poder destronando assim, ainda que por pouco tempo, o agora cacique Zequinha Soares. Do mesmo modo, arregimentou forças políticas dissidentes, se moveu o céu, na terra moveu muito mais; prometeu o mundo com fundos, e como uma força titânica colocou o seu rebento no poder. Só que, lá no meio do caminho havia uma pedra. Uma pedra de sal: Zequinha Soares. Só que desta vez de saia e baton!  E assim com a força de um certo alguém, Eduardo tornou-se ex-Prefeito.

Além destes casos que foram exitosos quando imperou o bom-senso,  há também os casos que foram fiascos quando reinou a teimosia. Foi assim com o saudoso Jorge Figueiredo quando quis retornar ao poder por uma terceira via no pleito de 1988. Desta leva um fato positivo foi a inserção de novas forças políticas, como Batista Azevedo, Rico Pinheiro, Gato Dominici, Katié Dominice, Amarildo Pinheiro, Willame Barros, Denis Lindoso, Bil Pinheiro, entre outros.  Igualmente não teve êxito Amarildo Pinheiro, quando em 2008 saiu candidato numa terceira via, contra as forças políticas já pré-estabelecidas.

Agora mais do que antes, se pensava num projeto maior. Somado às novas esperanças. Agregadas com novas forças políticas surgidas nestes novos tempos. Era o tempo de pensar em São João Batista! Era o momento de deixar as vaidades pessoais de lado e pensar com a grandeza dos grandes municipalistas. A nossa terra e o  nosso povo carecem urgentemente de políticas desenvolvimentistas que levadas a cabo possam dar melhores dias à nossa gente. E estas novas forças políticas juntas podem fazer muito por nossa terra. Se quiserem fazer valer suas ideias é hora de um esforço comum.

São João Batista precisa mudar de cara! 

Aqui sim, no plano físico, urge uma segunda , uma terceira ou até uma quarta via.  Sob pena de continuarmos afogados entre os mesmos que transitam a única e já cansada via, plena e metaforicamente falando.

E é assim pensando que lamentamos a desunião da oposição. Que seja então o que Deus quiser!

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