quarta-feira, 29 de julho de 2009

O TRÂNSITO QUE PREOCUPA

A cidade de São João Batista não é mais a mesma.
A pacata cidade do interior que guardava calmaria em seu dia a dia com certeza ficou no passado. É apenas uma lembrança já distante.
Os transeuntes que no vai-e-vem diário costumavam cumprimentar uns aos outros, saudar-lhes e até arriscar uma rápida prosa também não existem mais, ou melhor, até existem, mas não transitam mais a pé pelas ruas outrora calmas de São João Batista.
O cavalo, o burro ou até mesmo o jumento que servia de meio de transporte de carga ou montaria daqueles que vinham à antiga vila, desapareceu. Talvez tenham serventia lá na roça, ou são animais esquecidos nas estrebarias. E olha que a cidade nem cresceu tanto, também não renegou a esses animais que tanto contribuíram no transporte da produção agro-extrativista que marcou as décadas de 60, 70 e até os anos 80.
Hoje em tempos de automação quem mudou foram os cavaleiros e seus cavalos. Os cavaleiros se tornaram motoqueiros, enquanto os cavalos são hoje motocicletas. E esta realidade tem sido a preocupação constante daqueles que se aventuram a andar pela principal rua de São João Batista. O espaço da via pública é disputado de forma desigual por pedestres, carros, motocicletas e seus motoqueiros – alguns endiabrados – e por alguns poucos ciclistas e carroceiros. Além de algumas manadas que por falta de opção são vaqueiradas por ali mesmo.
E nesse símbolo de modernidade embarcam muitos. Ou melhor, montam muitos. Os que trocaram as montarias quadrúpedes pelas motorizadas e os que se tornaram passageiros destas. O conturbado trânsito das pequenas cidades, agravado a cada dia por estas e outras particularidades, deve acender urgentemente o sinal verde, sob pena de ver imperar a lei do mais pesado e sucumbirem os mais fracos. E as autoridades constituídas, Prefeitos, Promotores, Juízes e os de bom-senso devem ter mais esta preocupação.

terça-feira, 21 de julho de 2009

UM MARANHÃO PARA TODOS


A governadora Roseana Sarney (foto) em visita a Imperatriz anunciou cerca de 160 milhões de reais em obras que serão realizadas na “Imperosa” e demais municípios da região Tocantina. Como se vê, é acima de tudo mais um gesto de inteligência política praticado pela governadora e seu grupo político, afinal de contas foi em Imperatriz que o seu oponente nas eleições de 2006, o ex-governador Jackson Lago surpreendeu com uma espetacular votação, empurrado pelas lideranças de oposição, como o hoje Prefeito Sebastião Madeira, o mito renascido de Davi Alves Silva, na pessoa do seu filho Davi Alves Filho, eleito Deputado Federal pelo PDT, o ex-prefeito Jomar Fernandes, entre outros.
É sábia a intenção de trabalhar pela próspera região Tocantina, sem dúvida nenhuma. Entretanto é preciso não esquecer as outras regiões tão igualmente importantes, como por exemplo, a Baixada Maranhense, o Alto Turi, o Litoral Norte, a região do Munin, o Alto e Baixo Parnaíba, etc.
Nestas regiões, onde impera a pobreza, a falta de indústrias, a ausência de grandes projetos que possam empregar; onde a agricultura de subsistência ainda é a razão da sobrevivência de milhares de pessoas, também residem milhares de eleitores que acreditam em seus governantes e, não raras vezes, brigam apaixonadamente por seus políticos preferidos.
A governadora Roseana Sarney tem esta admiração. E neste novo momento em que vive o Maranhão, a reciprocidade deve ser a tônica entre o povo e o governo, e vice-versa.
A região da Baixada Maranhense, por exemplo, também espera a sua contemplação.
Rica de muitos recursos naturais, esta região, tão próxima da capital, deve ser pensada como um pólo de desenvolvimento do Estado. Para tanto é preciso que estudos técnicos, feitos com responsabilidade, possam definir quais projetos e obras são viáveis para alavancar o seu desenvolvimento, devendo ser responsabilidade de todos os municípios que compõem a região e, uma prioridade do Estado.

MAIS VERBAS PARA ÔNIBUS ESCOLARES


(Do blog Amigos do Presidente Lula)

O Presidente Lula aumentou o orçamento do Ministério da Educação em R$ 600 milhões para garantir a distribuição, até o fim do ano que vem, de 7.000 ônibus escolares a municípios com áreas rurais.Isso representará um aumento de dez vezes nas compras dos ônibus pelo MEC .

Em 2008, o presidente Lula prometeu aos prefeitos eleitos naquele ano que faria a distribuição dos veículos. Nesta semana, será feito o anúncio da ampliação do programa.

Para comprar 7.000 veículos, o orçamento da Educação será remanejado.
O "Caminho da Escola", como o programa é chamado, existe desde 2007, nos dois últimos anos foram comprados 2.487 ônibus escolares.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A REVOLTA DO QUEBRA-MOLAS

Uma atitude imprudente e isolada de um morador do Bairro Campina, em São João Batista, conhecido pelo apelido de Zico Saburá (ou Zico cara-cortada) quase resulta no maior quebra-pau: a construção de um quebra-molas em plena via (única) de acesso ao centro da cidade.

A construção irregular e fora dos padrões permitidos, quando legalmente autorizadas pelas autoridades competentes, segundo dizem, fora consentida pelo Prefeito Eduardo Dominice.

No dia seguinte à construção do referido quebra-molas, vários acidentes com lesões graves aconteceram no local. Os motoqueiros foram as principais vítimas. Muitos tiveram seus veículos quebrados, enquanto outros deixaram o couro dos cotovelos e dos joelhos no asfalto da pista.

Revoltados com a situação, um grupo de motoqueiros, ciclistas e até moradores próximos, descontentes com o mal-feito, reuniram-se e desfizeram o quebra-molas a base de picaretadas. Entre tanto dise-me-disse em querer saber quem estava com a razão, se o morador que patrocinou a obra, ou os que a destruíram, uma verdade se ouvia: “ O Prefeito permite essas coisas porque ele quase não faz uso das ruas desta cidade, aliás, ele quase não vem ao município” -, diziam os que ali estavam.

Como se vê, o povo tem razão!

terça-feira, 14 de julho de 2009

DOAÇÃO POR ECTOPLASMA...

Do Blog de Hélcio Silva (14/07/09)

Tô ficando doido ou maluquei de vez?!...

Já tivemos no Maranhão notícias da existência de estradas fantasmas desde o tempo do governo Luiz Rocha e massificada no governo Zé Reinaldo. Estamos aí com denúncias de escolas fantasmas, herança do governo balaio de Jackson... E agora leio em alguns blogs que na campanha eleitoral de 2006 houve doação de dinheiro fantasma... Cruz Credo!... Saravá!...

Pela notícia já internacionalizada pela internet, o ex-governador Luiz Rocha doou ao filho Roberto Rocha, em 2006, a importância de 30 mil reais para a sua campanha de reeleição. O ex-governador Luiz Rocha morreu em 2001, como poderia doar 30 mil em 2006, com CPF e tudo? Deixou no testamento já prevendo que o filho disputaria eleição em 2006?... Jamais poderia fazer isso, até porque doação para eleição é um ato presente que obedece o calendário eleitoral. Existe prazo para doação, que tem começo e fim. Não existe, no processo eleitoral, doação presumida.

Se disserem que houve materialização, o fenômeno não é reconhecido pela lei eleitoral, até porque só a pessoa física (ou jurídica) pode fazer doações a candidatos.

Com a palavra o deputado RobertoRocha para as devidas explicações. O meu blog está à disposção do deputado.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O caos administrativo


Esta é a foto do fato.
É a foto do quotidiano de São João Batista. É literalmente a cara da administração municipal que se tem hoje. Isto para mostrar o que é visível. Agora, aquilo que corre nos entremeios das Secretarias Municipais é coisa de arrepiar os cabelos. Inimaginável.
Vivemos a mais tresloucada das administrações, onde não se vê nenhum projeto concreto de desenvolvimento, seja no campo social ou mesmo de valorização e melhoria dos serviços públicos. Nada. Nada chama a atenção para o governo.
As poucas coisas (das muitas que foram prometidas) que foram feitas até então, não chega nem perto daquilo que foi prometido em palanque. Como se não bastasse o engodo, o Prefeito, apesar de reeleito, continua “um ilustre desconhecido” para a maioria dos joaninos.
Entre quase nada realizado, para quem teve um “tio” como governador do Estado, e que prometera transformar São João Batista num canteiro de obras, o que a administração atual foi capaz de fazer com “certa capacidade” foi a destruição de obras e projetos geradores e promotores de renda, conhecimento e cidadania, a exemplos da “Casa Familiar Rural”, “Projeto de Apicultura / Casa do Mel”, “Projeto de melhoramento de Aves Caipira / Granja”, “Escola de Música Municipal”, “Laboratório de Medicamentos” e o “Centro de Informática”, entre outros, todos dizimados e abandonados pela atual administração.
O caos é tamanho que chega até a ser difícil estabelecer qual Secretaria é mais, ou menos incompetente na execução de suas obrigações institucionais. Seja na Saúde, na Educação, na Administração, na Agricultura, Assistência Social e outras, o que se vê são “aloprados” a comporem “um extenso cordão de puxa-sacos”, que a peso do dinheiro público, cada vez aumenta mais.
Como se vê, hoje, a administração municipal é refúgio de muitos, que perdidos, engrossam as fileiras de um governo que não sabe pra onde vai; que nega direitos, que frustra e que trata seres humanos como meros objetos.
A grande obra da atual administração foi sem dúvida, até agora, empregar o dinheiro público na “compra de falsas lideranças políticas”, como se estivesse a comprar a consciência do bravo povo Joanino. O mais alarmante é que esta inoperância acontece às barbas daqueles que fazem a Lei e a quem cabe exigir o seu cumprimento. Parece que estamos fadados a esse castigo.
Ao que parece e descrente de que tal situação seja revertida, só resta ao povo, assistir à passagem do despótico governo, ou que instâncias superiores da Justiça possam sair em socorro de uma cidade: a minha São João Batista.

domingo, 12 de julho de 2009

ATERRO DA RAPOSA: uma obra que resiste ao tempo.


Já se passaram mais de trinta anos e o aterro da raposa resiste. Na verdade são quase quarenta anos da construção da obra que marcou a administração do ex-prefeito Luiz Figueiredo (foto) que administrou o município de 1969 a 1972.
Era começo da década de setenta. O patriotismo estava em alta, afinal acabávamos de conquistar o tricampeonato mundial de futebol no México. Os militares no poder nos faziam “delicadamente” acreditar no milagre brasileiro.
Por aqui a Arena e o MDB promoviam uma verdadeira diáspora, ao mesmo tempo em que promoviam verdadeiras paixões políticas. Naquele tempo, votava-se por convicção, muito diferente de hoje. As dificuldades também eram muitas, pois os municípios quase não recebiam recursos. Para se chegar a São Luis, tinha que ser por via marítima, através do Porto de Raposa.
Era aí que estava o problema. O acesso pelo campo era difícil e limitado. Só na seca. (Dizem até que tinha caminhão fantasma).

Foi aí que o então prefeito Luiz Figueiredo com determinação reso
lveu construir com “recursos próprios” um aterro que pudesse garantir tráfego permanente durante o ano inteiro. A obra chamava a atenção pela grandiosidade e forma, pois as quadras que formariam o extenso açude foram cavadas no braço e na enxada, e carregadas em cofos. Pouco tinha de maquinário. Mas com muito trabalho foi concluído. De lá pra cá muito também se prometeu, mas bem pouco se realizou.
Com o surgimento das rodovias, o Porto da Raposa perdeu sua função comercial, e o aterro não teve mais a manutenção devida.

Seria hora de repensar uma nova função para o porto de Raposa e recuperar essa grande obra que resiste ao tempo, desafia aos homens, é nossa, e continua a cumprir a sua finalidade

sexta-feira, 10 de julho de 2009

São João Batista e os milhões do FUNDEB


O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -FUNDEB, tem garantido aos municípios do Brasil, em especial do Maranhão, a possibilidade de se fazer uma educação de qualidade. Basta que se veja as cifras que aportam a cada dez dias (10, 20 e 30 de cada mês) nas contas das Prefeituras municipais. Entretanto o que poderia ser a alegria dos profissionais da Educação, cuja Lei do Fundeb destina no mínimo 60% com despesas de pessoal (salários + encargos), é na verdade a alegria dos Prefeitos. Salvo algumas exceções, para não generalizar.
Os ingredientes que adoçam o grande bolo do FUNDEB são compostos por percentuais das seguintes receitas: Fundo de Participação dos Estados – FPE; Fundo de Participação dos Municípios – FPM; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS; Imposto sobre Produtos Industrializados, proporcional às exportações– IPIexp; Desoneração das Exportações (LC nº 87/96); Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações – ITCMD; Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA; Cota parte de 50% do Imposto Territorial Rural-ITR devida aos municípios.
Em valores que variam de acordo com os níveis de ensino oferecidos pelas redes de cada Estado ou município,o Fundeb é a "coqueluche" dos Fundos de Transferências para os municípios.
Aqui em São João Batista não tem sido diferente. Nos dois últimos anos, desde a implantação do Fundeb, a receita deste Fundo quase que quadruplicou. Só nos primeiros seis meses deste ano a Prefeitura de São João Batista já recebeu a generosa quantia de R$ 4.449.669,59 (Quatro milhões, quatrocentos e quarenta e nove mil, seiscentos e sessenta e nove reais e cinquenta e nove centavos).
Esta quantia quase dobra quando se somam os outros Fundos, como FPM - Fundo de Participaçao dos Municípios, que responde por cerca de 40% da receita global, CIDE, ITR e outras fontes de menor porte. As cifras agora chegam a R$ 7.564.877,44 (Sete milhões, quinhentos e sessenta e quatro mil, oitocentos e setenta e sete reais e quarenta e quatro centavos). Este montante até aqui rende uma média de cerca de R$ 1.260,000,00 (Hum milhão e duzentos mil reais), em números redondos.
A grande pergunta é: O que já foi feito, em São João Batista, com tanto dinheiro? Como estão os salários dos professores? Que obras já foram feitas que possam justificar tais despesas já certamente contabilizadas?
Esperamos ter as respostas para os próximos "posts" deste blog.
Se você já tem estas respostas, envie-nos através de comentários.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A idade de ser feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz.

Somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los, a despeito de todas as dificuldade e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores.

Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE, também conhecida como AGORA ou JÁ e tem a duração do instante que passa...

Mário Quintana

Zé Dirceu: Por que a crise do Senado não acaba?

Do blog de José Dirceu:

jose-dirceu020709.jpgBoa pergunta. Será porque os senadores são os principais responsáveis por ela, começando pela Mesa diretora? Além do que, estão quase todos envolvidos. Basta ver a lista dos 37 senadores beneficiados pelos atos secretos, parlamentares de todos os partidos.

Veja-se, como exemplo, o caso Efraim Morais - o todo poderoso ex-1º secretário da Mesa e que sempre integrou este colegiado nos últimos anos. O senador do DEM da Paraíba nomeou quem quis e distribuiu, literalmente, licitações como bem entendeu. Aumentou seu patrimônio e nada! Na enxurrada de denúncias sobre atos secretos e nomeações de familiares e apadrinhados, tudo isso desapareceu, restou só uma figura-alvo, o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP).

Simon Catão

E ato final: o pedido de renúncia de Sarney da presidência do Senado feito pelo senador Pedro Simon (PMDB/RS), que vem agindo com dois pesos e duas medidas. Prega a moralidade na Casa, mas se omite em seu Estado, o Rio Grande do Sul.

Mais do que calar sobre o governo que ajuda a sustentar politicamente no Rio Grande do Sul, o de Yeda Crusius, o apoia e o defende. Simon assim se mantém, mesmo após todas as denúncias de suposta corrupção e desvio de dinheiro público atingindo a própria governadora com episódios como o da compra da mansão em que mora.

Por que esses episódios todos são varridos para baixo do tapete e, na crise, nas denúncias, no escândalo, só resta uma figura, José Sarney? Porque ele é a “cabeça-coroada” da vez, a que a mídia quer porque quer degolar, porque ele apóia o governo do presidente Lula e do PT

segunda-feira, 6 de julho de 2009

São João Batista on line!

Assim será daqui pra frente. Os fatos que geram notícias, os acontecimentos da vida cotidiana que se fazem importantes serão aqui noticiados com uma periodicidade, em princípio semanal, quiça diária. Esta no ar o "BLOG SÃO JOÃO BATISTA ON LINE!"
Tudo dependerá do tempo. Este atroz companheiro de nossa gente, que insiste em nos manter numa eterna calmaria, afinal por aqui nada acontece. Ou melhor não acontecia. Nos últmos tempos temos sido até vítimas de assaltantes de bancos. Em nossos campos , helicópteros em voos rasantes demonstraram a força de uma polícia que, quando bem mandada, prende e arrebenta.
Este "blog", a nova invenção do jornalismo cibernético, tem a missão de contar também os "causos" que marcaram a nossa história. Não temos obviamente a pretensão de arregimentá-lo sozinho, para tanto estamos abertos às colaborações que poderão vir através de comentários ou através de e-mails.
Falaremos de política, cultura, esportes, entretenimento e sobretudo da nossa história. A história desta terra que pôs no mundo tantos e tantos homens e mulheres ilustres, que fazem e levam por este mundo afora a verdadeira saga de ser joanino.
Que Deus nos acompanhe nesta nobre missão. Até breve!

domingo, 5 de julho de 2009

O Passamento do Senador

Era um 24 de junho. Dia da Festa do Padroeiro. Dia de São João. Uma data extremamente comemorativa aqui em São João Batista. Ainda sobre a ressaca de seu aniversário, comemorado no último dia 14, aquela manhã de São João, que chegara com raios de sol trazidos pela calma brisa que soprava das bandas da Raposa, a generosa terra-mãe perdia uma figura impar: era também o dia do passamento do ilustre "senador Mack".
Combalido pelo próprio tempo, recluso à sua Buraçanga, o "senador" não se fez de rogado e atendeu ao convite do criador. Foi com certeza vociferar emblemáticos discursos ao lado de Chiquitinho, Dominice, José Maria Araújo, Jorge Figuieredo e tantos outros, verdadeiramente políticos de mandato da nossa terra..
Senador Mack, ou simplesmente Senador, nasceu e fora batizado com o nome de Nazário. Os demais nomes nunca interessaram ao público em geral. Poucos sabiam. Aliás não interessava muito. Bom mesmo era ver aquela figura impoluta, emoldurando sua república imáginária, fazendo projetos, articulando e até sugerindo em nossa política real. Assim foi na vida. Enfrentou a amargura de nunca ter sido votado, mas acho que por isso também nunca votou. Era notívago. Fazia da madrugada seu manto.
Atualmente recolhido à companhia de alguns parentes já não era mais visto. Mas pôde ainda desfrutar de benefício votado pelos seus pares da alta corte legislativa do país, o Senado: a aposentadoria rural. Para quem se dizia "senador", irmão de políticos importantes e filho de ilustre ex-presidente, Nazário, o nosso "senador", morreu pobre, quase indigente.